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    Anjos, Arcanjos e Querubins

    pt-brApril 28, 2011
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    Marcos Asas recitando o poema "Anjos, Arcanjos e Querubins", escrito nos distantes idos de 1998, se não me engano. Outros poemas, lá no blog: marcosasas.wordpress.com

    Recent Episodes from Marcos Asas' Podcast

    Juhareiz Correya em Voz Alta

    Juhareiz Correya em Voz Alta
    Os olhos do poeta me investigam acima de qualquer suspeita. são olhos fogo acesso fogo morto os ombros magros e firmes suportam o meu peso e de todos os homens do bar das ruas das famílias do meretrício da igreja da prefeitura eu falo mas eu gostaria de saber o que ele deseja que eu diga realmente. Suas mãos afiladas movem-se na mesma cadência dos cubos de rum gelo tilim tilim no copo, o poeta estende-se na minha frente como um campo largo e canta o hino nacional com um sorriso falso, o poeta tem no rosto um céu limpo e me diz: todos esses anos não escondem um país de merda, o balcão do bar é de merda, as mesas do bar são de merda, os homens fedem as ruas fedem as casas os cinemas as intenções fedem e eu sou um rato miserável porque não sei gritar até me arrancarem os pulmões. Alguém passa assoviando o poeta se afoga no copo de rum olhos fogo aceso fogo morto mãos afiladas o tronco as pernas os braços estouram-lhe e o poeta angustiado derruba as paredes do bar, agita o teto do bar para o alto, eu espero um dia alguém se aproximar e dizer, você é poeta? quem foi que disse que você é poeta? que autoridade te reconheceu e te permitiu ser poeta? a que sociedade você pertence? e o poeta não sabe que os poetas são presos e espancados e seviciados e mortos neste lugar inocente. Nem sabe que é mais indesejável que um ladrão vulgar. Nem sabe que preparam sua derrota em uma folha de papel ofício timbrado do governo. Cogumelos gigantes levantam-se dos seus sapatos e a multidão de medíocres não sabe escolher uma admiração com os aplausos preparados para um palhaço sem tomate no nariz de gravata, estampa brilhante na televisão. Nem preciso contar a história, as histórias dos jogadores de futebol que são heróis no meu país alegre, por um gol se faz um herói no meu país alegre! e aqui o poeta espreme um pouco de angústia entre cubos de gelo e se afoga em rum falso sem hino nacional para alegrar as noites do meretrício da igreja quando as casas e os cinemas fecham e os homens fedem Juhareiz Correya

    Minha Medicina é Luta

    Minha Medicina é Luta
    Normalmente escrevo sobre assuntos outros que não os diretamente relacionados ao meu trabalho. Mas, no fim da faculdade, quando a gente mergulha de cabeça num cotidiano cheio de pessoas em sofrimento, tragédias, pequenos (e grandes) milagres, situações revoltantes e aviltantes, momentos onde se revelam o pior e o melhor dos bichos humanos, foi justamente aí que pari esse poema. Tenho muito carinho por ele, mais até por sua dimensão política que pela estética. É meu grito, meu manifesto ético-político, meu juramento hipocrático particular. Leia o poema em www.marcosasas.wordpress.com

    Sina de Palavras

    Sina de Palavras
    Recitar esse poema foi quase uma sina de palavras não ditas. Começava a gravar e o carro da garagem do prédio dava partida. Nova tentativa, e a sorte, comovida fazia passar um avião. Outra e eu gaguejava. Na seguinte, alguém gritava descendo as escadas. Depois de vinte tentativas, consegui fotografar o som do poema em Voz Alta.

    Já vai tarde!

    Já vai tarde!
    Recitando um poema cheio de anti-romantismo. É o discurso amoroso em que o enamorado, cansado das idealizações e intocabilidades típicas do amor romântico, deseja (e idealiza) outro tipo de amor, que se pega com as mãos.

    O Avesso do Verso

    O Avesso do Verso
    Recitando o poema "O Avesso do Verso": O Avesso do Verso De uma coisa, Mulher Pode ter certeza: De hoje em diante você não volta mais Para a lista dos meus temas. Você não merece poemas. Você, Meu Bem, só merece o avesso do verso. E terás, o meu avesso mais perverso, O meu mais profundo silêncio… marcosasas.wordpress.com

    Mercado de São José

    Mercado de São José
    Leitura do poema "Mercado de São José". Esse é um mercado público centenário do Recife, que fica numa parte de comércio antigo da cidade e que ainda hoje é tão cheia de gente que uma imagem das ruas de comércio de Hong Kong ajuda a descrever. Mais poemas no blog: marcosasas.wordpress.com
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