Quando pesquisamos a verdadeira origem do Natal, somos levados por caminhos que nos colocam diante de rituais e deuses pagãos. E constatamos que Jesus Cristo foi colocado numa festa que nada tinha haver com o seu nascimento. Esta festividade tem sua origem fixada no paganismo. Era um dia consagrado à celebração do “Sol Invicto”. A história do Natal, portanto, começa pelo menos sete mil anos antes do nascimento de Jesus. É tão antiga quanto a civilização e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para luz: o “renascimento” do Sol. Num tempo em que o homem deixava de ser um caçador errante e começava a dominar a agricultura, a volta dos dias mais longos significava a certeza de colheitas no ano seguinte. E então era só festa. Mas nem por isso a moderna história do Natal deixa de ter importância para aqueles que estudam os mistérios da natureza. O verdadeiro simbolismo de Natal oculta transcendentes mistérios que apresento aqui sob três aspectos: o aspecto astrológico, o aspecto histórico e o aspecto místico. Os textos dos próximos 5 capítulos é uma livre tradução do livro “O Natal e a Páscoa na tradição iniciática”, do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov (1900-1986), filósofo e Mestre Espiritual, que nasceu na Bulgária em 1900. Em 1937 foi para França onde viveu e se dedicou ao ensino durante quase cinqüenta anos. Foi discípulo do mestre búlgaro Peter Deunov (1864-1944), que foi o fundador da Fraternidade Branca Universal. Narração de Sérgio Mello