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    Imperatriz Leopoldinense - Esquenta Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro

    pt-brMarch 23, 2010
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    “BRASIL DE TODOS OS DEUSES” Autores: Jeferson Lima – Flavinho - Gil Branco - Me Leva - Guga Intérprete: Dominguinhos do Estácio TERRA ABENÇOADA! MORADA DIVINAL BRILHA A COROA SAGRADA REINA TUPÃ, NO CARNAVAL… VIU NASCER A DEVOÇÃO EM CADA AMANHECER VIU BRILHAR A IMENSIDÃO DE CADA OLHAR NUM PAÍS DA COR DA MISCIGENAÇÃO DE TANTO DEUS, TANTA RELIGIÃO PRO POVO, FELIZ, CULTUAR O ÍNDIO DANÇOU, EM ADORAÇÃO O BRANCO REZOU NA CRUZ DO CRISTÃO O NEGRO LOUVOU OS SEUS ORIXÁS A LUZ DE DEUS É A CHAMA DA PAZ E SOB AS BÊNÇÃOS DO CÉU E O VÉU DO LUAR NAVEGARAM IMIGRANTES DE TÃO DISTANTE, PRA SEMEAR TRAÇOS DE TRADIÇÕES, LAÇOS DAS RELIGIÕES OH, DEUS PAI! ILUMINAI O NOVO DIA GUIAI AO DIVINO DESTINO SEUS PREGRINOS EM HARMONIA A FÉ ENCHE A VIDA DE ESPERANÇA NA INFINITA ALIANÇA TRAZ CONFIANÇA AO CAMINHAR E A GENTE ROMEIRA, VALENTE E FESTEIRA SEGUE A ACREDITAR… A IMPERATRIZ É UM MAR DE FIÉIS NO ALTAR DO SAMBA, EM ORAÇÃO É O BRASIL DE TODOS OS DEUSES! DE PAZ, AMOR E UNIÃO… "Brasil de todos os Deuses" Enredo: Uma terra abençoada! É um Brasil que nasce de homens bem-aventurados, de uma história de dores e de alegrias, que gera um povo miscigenado, criativo e crente no que se tem de mais valor: o poder dos deuses. Seres iluminados, supremos, espirituais ou materiais, sagrados ou profanos, divinos de um Brasil de todos os Deuses. Brilha! A Coroa da Imperatriz Leopoldinense às coroas das divindades... Despertamos da imensidão do nosso Brasil, do “realismo mágico” do Reino de Tupã à nossa criação. Povoado pelo consciente imaginário dos índios brasileiros – os donos da terra; ressoam das matas cantos, louvores, ritos, rancores, paixão e fé. No enredo do meu samba, Tupã é umDeus, genuinamente, “brasileiro”. Ele é a força divina, como no mito guarani da criação, que desce à terra personificado em um manto de luz e cor e cultuado como Deus do Carnaval. É Tupã que une e apresenta os elementos constitutivos das religiões brasileiras e o fenômeno religioso universal do Homem, que crê em Deus, em Olorum, em El, em Alá, em Maomé, em Jeová, em Buda, em Brahma, ou seja, em um Ser Superior. Tupã, de seu trono, tudo vê. No século XVI, treze caravelas de origem portuguesa aportam em terras brasileiras. À primeira vista, tais navegadores, cumprindo um contrato religioso, acreditam tratar-se de um grande monte e chamam-no de Monte Pascoal. Realizam, em 26 de abril de 1500, a primeira missa no Brasil. Desde então, as atitudes e imposições dos homens brancos aos filhos de Tupã, e até mesmo aos negros africanos que, posteriormente, viriam para além-mar na condição de escravos, cultuou-se o cristianismo. A cruz marca o testemunho de fé desses navegadores portugueses, que reconhecem Cristo como “Deus Homem” ou como a encarnação de Deus. Assim, a fé cristã é difundida, chegam as catequeses e a lavoura e, com elas, a exploração do Novo Mundo, desvendado por Seu Cabral. O sopro forte de Tupã vai nos mostrando a nossa formação. Criam-se doutrinas, estórias, mitos e lendas. Sob a inviolável fé cristã, vindos da África Ocidental, os negros africanos trazem, além da dor da escravidão, suas crenças, suas divindades, suas lembranças... de um ritual chamado N’Golo, praticado nas aldeias do sul de Angola, à época do rito da puberdade– que representava a passagem da moça para a condição de mulher. Também aporta, com os negros africanos, o culto dos Orixás – que atuam como intermediários entre o mundo terrestre e o Deus Negro – chamado Olorum ou Olodumaré, o Princípio Criador. O Brasil transcende a um princípio de unidade geral: negros, índios e europeus ganham um só corpo, viram uma só gente, abençoada pelos “deuses brasileiros”. É o despertar poético de uma ardente nação, uma nação, que perante os olhos de Tupã, vê navegar sobre seus mares, navios a vapor trazendo homens, mulheres, velhos e crianças (1870-1930) à nova terra. A viagem marca para sempre a vida dos imigrantes europeus, asiáticos, indianos, americanos, entre outros. Partir assinala o encerramento da origem da sua existência, sublinhado pelo traço genérico comum da ansiedade, estranheza, expectativa da chegada e a reconstrução de uma nova vida em outro país. Até que o processo de imigração viesse a se concretizar, fatos como a visão etnocêntrica (dos nacionais) e a autopercepção do imigrante como estrangeiro contribuíram para reforçar os laços de grupo, os laços familiares e, sobretudo, os laços religiosos. As tradições religiosas dos imigrantes no Brasil fundiram-se a nossa brasilidade. Dos bairros étnicos, judeus, árabes, ortodoxos, japoneses budistas ou xintoístas, alemães protestantes, e até indianos hare krishnas, com suas formas de linguagens, expressões diretas e atuantes, preservam seus mistérios e cultuam seus deuses... Do Judaísmo: “um velho pastor, cansado da fome e da seca, certa vez ouviu uma voz a dizer: Parte da tua terra. Era o Senhor, que propôs guiar aquele homem até um lugar abençoado, onde água e comida nunca faltariam. Em troca, ele deveria adorá-Lo como o único Deus e espalhar pelo mundo uma mensagem de justiça. A proposta era arriscada numa época em que reis exploravam o trabalho de camponeses, invasores ameaçavam cidades-estado e os povos, em busca de proteção, veneravam várias divindades. Mesmo assim, o pastor aceitou o acordo. E foi recompensado por isso. Seu nome era Abraão. Ele sobreviveu a guerras, catástrofes naturais, perseguições. E seus descendentes foram guiados numa longa jornada rumo a Canaã – a Terra Prometida” (Revista Superinteressante, março 2009) A narrativa da aliança entre Deus e Abraão é uma das mais conhecidas da tradição judaico-cristã e, embora nunca tenha sido confirmada historicamente, pode explicar como surgiu a primeira grande religião monoteísta, o Judaísmo. Do Budismo: a essência do pensamento budista focado nas Quatro Nobres Verdades: 1º dor (a vida é cheia de dor); 2º a origem da dor (a dor provém do desejo de experiências sensoriais); 3º sobre a superação da dor (atingir o estágio da nirvana); e 4º o caminho que leva à superação do desejo (o desejo apaga-se quando se segue o “Meio-Caminho”, o sagrado caminho das regras da vida): a pureza da fé; da vontade; da ação; dos meios da existência; da atenção; da memória; e da meditação. Uma filosofia espiritualista de vida baseada integralmente nos profundos ensinamentos do Buda para todos os seres, que revela a verdadeira face da vida e do universo. Do Islamismo: a religião que mais cresce no mundo contemporâneo nasceu na Península Arábica a partir da reflexão de Maomé em torno da multiplicidade de deuses existentes nas tribos da própria península, assim como das religiões petrificadas e presas no formalismo ritualístico, sem a vivificação espiritual desejada e desejável, como o cristianismo ortodoxo grego, o cristianismo romano e o judaísmo. Nos treze séculos que se passaram de sua gênese, a religião congrega hoje mais de 800 milhões de adeptos, unidos pelo sentimento profundo de pertencimento a uma só comunidade. E essa expansão, que continua, é, principalmente, em virtude de um espírito de universalidade que transcende qualquer distinção de raça e permite a cada povo se integrar no Islã, mas, ao mesmo tempo, conservar sua cultura própria. Do Hinduísmo: uma intersecção de valores, filosofias e crenças, derivadas de diferentes povos e culturas. Tem sua origem pelo ano de 1500 a.C. Nasceu a partir dos elementos religiosos dos vencedores (arianos) e vencidos (os autóctones). Provém da experiência humana. Consiste na investigação das profundezas da alma, na reflexão sobre si mesmo, da preocupação em não deixar escapar nada de experiência. O credo fundamental do Hinduísmo é o da existência de um espírito Universal chamado Brahma (alma do mundo). Essa alma do mundo, também chamada de Trimurti, o Deus Trino e Uno, tem esse nome porque acreditavam que ela era: 1. Brahma, o Criados; 2. Vishnu (Krishna), o Conservador; 3 – Shiva, o Destruidor. A religião hindu acredita ainda em muitos deuses. Existem cerca de 33 milhões de deuses. Os sacerdotes hindus afirmam que são apenas representações de diferentes atributos de Brahma ou nomes do mesmo Deus. No destino imaginário da humanidade celebram a vida e percorrem o caminho da verdade. Todos de braços dados e peito aberto em um convívio fraterno, sem ódio nem rancor, da passarela do samba mostram pro mundo que a união entre as crenças é um ato de amor... Entre o sagrado e o profano, Brasil de todos os Deuses é a devoção de cada religião, é a celebração das festas religiosas. Da Festa do Divino, que tem origem nas comemorações portuguesas a partir do século XIV e que no Brasil é marcada pela esperança de uma nova era para o mundo dos homens, com igualdade, prosperidade e boa colheita. Do Reisado, da festa do negro que se faz no Congado, da Cavalhada – a histórica batalha entre cristãos e mouros, das romarias e dos beatos e sua peregrinação pelos caminhos da fé. De um Brasil que vive em harmonia onde deus paga, onde deus cria e convive com o povo brasileiro no seu dia-a-dia: Deus lhe pague! Deus lhe abençoe! Deus é o vosso Pai, Deus é o vosso guia... Vai com Deus! Deus é amor. Graças a Deus! Deus é meu pastor. O encanto toma conta do espírito de Tupã que abençoa o Brasil como o templo da união de todas as crenças. Das matas indígenas ao cristianismo, dos cultos afros às manifestações religiosas, dos imigrantes, da festa da fé ao povo brasileiro. A Imperatriz Leopoldinense é o templo do Brasil, é o Brasil de todos os Deuses – um poema épico, erguido ao longo da nossa história, que pede passagem para contar em “canto e oração” a ação sociocultural de todas as religiões nesse encontro mágico e poético chamado Carnaval. Idéia Original e Carnavalesco: Max Lopes *Fonte: Liesa

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DE PAZ, AMOR E UNIÃO… "Brasil de todos os Deuses" Enredo: Uma terra abençoada! É um Brasil que nasce de homens bem-aventurados, de uma história de dores e de alegrias, que gera um povo miscigenado, criativo e crente no que se tem de mais valor: o poder dos deuses. Seres iluminados, supremos, espirituais ou materiais, sagrados ou profanos, divinos de um Brasil de todos os Deuses. Brilha! A Coroa da Imperatriz Leopoldinense às coroas das divindades... Despertamos da imensidão do nosso Brasil, do “realismo mágico” do Reino de Tupã à nossa criação. Povoado pelo consciente imaginário dos índios brasileiros – os donos da terra; ressoam das matas cantos, louvores, ritos, rancores, paixão e fé. No enredo do meu samba, Tupã é umDeus, genuinamente, “brasileiro”. Ele é a força divina, como no mito guarani da criação, que desce à terra personificado em um manto de luz e cor e cultuado como Deus do Carnaval. É Tupã que une e apresenta os elementos constitutivos das religiões brasileiras e o fenômeno religioso universal do Homem, que crê em Deus, em Olorum, em El, em Alá, em Maomé, em Jeová, em Buda, em Brahma, ou seja, em um Ser Superior. Tupã, de seu trono, tudo vê. No século XVI, treze caravelas de origem portuguesa aportam em terras brasileiras. À primeira vista, tais navegadores, cumprindo um contrato religioso, acreditam tratar-se de um grande monte e chamam-no de Monte Pascoal. Realizam, em 26 de abril de 1500, a primeira missa no Brasil. Desde então, as atitudes e imposições dos homens brancos aos filhos de Tupã, e até mesmo aos negros africanos que, posteriormente, viriam para além-mar na condição de escravos, cultuou-se o cristianismo. A cruz marca o testemunho de fé desses navegadores portugueses, que reconhecem Cristo como “Deus Homem” ou como a encarnação de Deus. Assim, a fé cristã é difundida, chegam as catequeses e a lavoura e, com elas, a exploração do Novo Mundo, desvendado por Seu Cabral. O sopro forte de Tupã vai nos mostrando a nossa formação. Criam-se doutrinas, estórias, mitos e lendas. Sob a inviolável fé cristã, vindos da África Ocidental, os negros africanos trazem, além da dor da escravidão, suas crenças, suas divindades, suas lembranças... de um ritual chamado N’Golo, praticado nas aldeias do sul de Angola, à época do rito da puberdade– que representava a passagem da moça para a condição de mulher. Também aporta, com os negros africanos, o culto dos Orixás – que atuam como intermediários entre o mundo terrestre e o Deus Negro – chamado Olorum ou Olodumaré, o Princípio Criador. O Brasil transcende a um princípio de unidade geral: negros, índios e europeus ganham um só corpo, viram uma só gente, abençoada pelos “deuses brasileiros”. É o despertar poético de uma ardente nação, uma nação, que perante os olhos de Tupã, vê navegar sobre seus mares, navios a vapor trazendo homens, mulheres, velhos e crianças (1870-1930) à nova terra. A viagem marca para sempre a vida dos imigrantes europeus, asiáticos, indianos, americanos, entre outros. Partir assinala o encerramento da origem da sua existência, sublinhado pelo traço genérico comum da ansiedade, estranheza, expectativa da chegada e a reconstrução de uma nova vida em outro país. Até que o processo de imigração viesse a se concretizar, fatos como a visão etnocêntrica (dos nacionais) e a autopercepção do imigrante como estrangeiro contribuíram para reforçar os laços de grupo, os laços familiares e, sobretudo, os laços religiosos. As tradições religiosas dos imigrantes no Brasil fundiram-se a nossa brasilidade. Dos bairros étnicos, judeus, árabes, ortodoxos, japoneses budistas ou xintoístas, alemães protestantes, e até indianos hare krishnas, com suas formas de linguagens, expressões diretas e atuantes, preservam seus mistérios e cultuam seus deuses... Do Judaísmo: “um velho pastor, cansado da fome e da seca, certa vez ouviu uma voz a dizer: Parte da tua terra. Era o Senhor, que propôs guiar aquele homem até um lugar abençoado, onde água e comida nunca faltariam. Em troca, ele deveria adorá-Lo como o único Deus e espalhar pelo mundo uma mensagem de justiça. A proposta era arriscada numa época em que reis exploravam o trabalho de camponeses, invasores ameaçavam cidades-estado e os povos, em busca de proteção, veneravam várias divindades. Mesmo assim, o pastor aceitou o acordo. E foi recompensado por isso. Seu nome era Abraão. Ele sobreviveu a guerras, catástrofes naturais, perseguições. E seus descendentes foram guiados numa longa jornada rumo a Canaã – a Terra Prometida” (Revista Superinteressante, março 2009) A narrativa da aliança entre Deus e Abraão é uma das mais conhecidas da tradição judaico-cristã e, embora nunca tenha sido confirmada historicamente, pode explicar como surgiu a primeira grande religião monoteísta, o Judaísmo. Do Budismo: a essência do pensamento budista focado nas Quatro Nobres Verdades: 1º dor (a vida é cheia de dor); 2º a origem da dor (a dor provém do desejo de experiências sensoriais); 3º sobre a superação da dor (atingir o estágio da nirvana); e 4º o caminho que leva à superação do desejo (o desejo apaga-se quando se segue o “Meio-Caminho”, o sagrado caminho das regras da vida): a pureza da fé; da vontade; da ação; dos meios da existência; da atenção; da memória; e da meditação. Uma filosofia espiritualista de vida baseada integralmente nos profundos ensinamentos do Buda para todos os seres, que revela a verdadeira face da vida e do universo. Do Islamismo: a religião que mais cresce no mundo contemporâneo nasceu na Península Arábica a partir da reflexão de Maomé em torno da multiplicidade de deuses existentes nas tribos da própria península, assim como das religiões petrificadas e presas no formalismo ritualístico, sem a vivificação espiritual desejada e desejável, como o cristianismo ortodoxo grego, o cristianismo romano e o judaísmo. Nos treze séculos que se passaram de sua gênese, a religião congrega hoje mais de 800 milhões de adeptos, unidos pelo sentimento profundo de pertencimento a uma só comunidade. E essa expansão, que continua, é, principalmente, em virtude de um espírito de universalidade que transcende qualquer distinção de raça e permite a cada povo se integrar no Islã, mas, ao mesmo tempo, conservar sua cultura própria. Do Hinduísmo: uma intersecção de valores, filosofias e crenças, derivadas de diferentes povos e culturas. Tem sua origem pelo ano de 1500 a.C. Nasceu a partir dos elementos religiosos dos vencedores (arianos) e vencidos (os autóctones). Provém da experiência humana. Consiste na investigação das profundezas da alma, na reflexão sobre si mesmo, da preocupação em não deixar escapar nada de experiência. O credo fundamental do Hinduísmo é o da existência de um espírito Universal chamado Brahma (alma do mundo). Essa alma do mundo, também chamada de Trimurti, o Deus Trino e Uno, tem esse nome porque acreditavam que ela era: 1. Brahma, o Criados; 2. Vishnu (Krishna), o Conservador; 3 – Shiva, o Destruidor. A religião hindu acredita ainda em muitos deuses. Existem cerca de 33 milhões de deuses. Os sacerdotes hindus afirmam que são apenas representações de diferentes atributos de Brahma ou nomes do mesmo Deus. No destino imaginário da humanidade celebram a vida e percorrem o caminho da verdade. Todos de braços dados e peito aberto em um convívio fraterno, sem ódio nem rancor, da passarela do samba mostram pro mundo que a união entre as crenças é um ato de amor... Entre o sagrado e o profano, Brasil de todos os Deuses é a devoção de cada religião, é a celebração das festas religiosas. Da Festa do Divino, que tem origem nas comemorações portuguesas a partir do século XIV e que no Brasil é marcada pela esperança de uma nova era para o mundo dos homens, com igualdade, prosperidade e boa colheita. Do Reisado, da festa do negro que se faz no Congado, da Cavalhada – a histórica batalha entre cristãos e mouros, das romarias e dos beatos e sua peregrinação pelos caminhos da fé. De um Brasil que vive em harmonia onde deus paga, onde deus cria e convive com o povo brasileiro no seu dia-a-dia: Deus lhe pague! Deus lhe abençoe! Deus é o vosso Pai, Deus é o vosso guia... Vai com Deus! Deus é amor. Graças a Deus! Deus é meu pastor. O encanto toma conta do espírito de Tupã que abençoa o Brasil como o templo da união de todas as crenças. Das matas indígenas ao cristianismo, dos cultos afros às manifestações religiosas, dos imigrantes, da festa da fé ao povo brasileiro. A Imperatriz Leopoldinense é o templo do Brasil, é o Brasil de todos os Deuses – um poema épico, erguido ao longo da nossa história, que pede passagem para contar em “canto e oração” a ação sociocultural de todas as religiões nesse encontro mágico e poético chamado Carnaval. Idéia Original e Carnavalesco: Max Lopes *Fonte: Liesa

    União da Ilha do Governador - esquenta

    União da Ilha do Governador - esquenta
    “DOM QUIXOTE DE LA MANCHA, O CAVALEIRO DOS SONHOS IMPOSSÍVEIS” Autores: Grassano – Gabriel Fraga – Márcio André Filho – João Bosco – Arlindo Neto – Gugu das Candongas – Marquinhus do Banjo – Barbosão – Ito Melodia – Léo da Ilha Intérprete: Ito Melodia VOLTOU A ILHA DELIRA O POVO DE ALEGRIA NESSA FOLIA SOU FIDALGO, SOU LEITOR CAVALEIRO SONHADOR MEU MUNDO É DE MAGIA VOU CAVALGAR NO ROCINANTE MEU ESCUDEIRO É SANCHO PANÇA SE DULCINÉIA É MEU AMOR QUEM EU SOU? SOU DOM QUIXOTE DE LA MANCHA O GIGANTE MOINHO ME VIU DEU NO PÉ O POVO GRITA..OLÉ NESSE FEITIÇO TEM CASTANHOLA A BATERIA HOJE DEITA E ROLA VESTI A FANTASIA, FUI À LUTA VENCI MANADAS, REBANHOS FIZ DE UMA BACIA, MEU ELMO DE GLÓRIAS MEUS LIVROS SE PERDERAM PELA HISTÓRIA ENFIM, FUI VENCIDO PELO BRANCA LUA VOLTEI PRA CASA ESQUECENDO AS AVENTURAS O TEMPO FICOU COM MEUS IDEAIS QUIMERAS SÃO IMORTAIS A ILHA VEM CANTAR MAIS UM SONHO IMPOSSÍVEL... SONHAR! QUEM É QUE NÃO TEM, UMA LOUCA ILUSÃO E UM QUIXOTE NO SEU CORAÇÃO Enredo: "Num lugar da Mancha, de cujo nome não quero lembrar-me, vivia um fidalgo. Tinha em casa uma ama e uma sobrinha. Orçava em idade, o nosso fidalgo, pelos cinquenta anos. Era rijo de compleição, seco de carnes, enxuto de rosto, madrugador e amigo da caça... É pois de saber, que este fidalgo, nos intervalos que tinha de ócio, que eram muitos, se dava a ler livros de cavalaria com tanto empenho e prazer, e era tanta paixão por essas histórias, que chegou a vender parte de suas terras para comprar livros de Cavalaria. O que mais admirava era os "Os quatro de Amadis de Gaula", primeiro livro de cavalaria que se imprimiu na Espanha. E o pobre cavaleiro foi perdendo o juízo. Sua imaginação foi tomada por tudo o que lia nos livros - feitiçarias, contendas, batalhas, desafios, amores e disparates inacreditáveis. Foi assim que acudiu-lhe a mais estranha idéia , que jamais ocorrera a outro louco nesse mundo. Pareceu-lhe conveniente fazer-se cavaleiro andante, em busca de aventuras e viver tudo o que havia lido sobre o assunto". Assim começa a saga de um cavaleiro que se tornou imortal. Escrito por Miguel de Cervantes, a princípio era uma crítica aos romances de cavalaria. Porém sua importância foi além dos limites que imaginara. É considerado o primeiro romance da era moderna e escolhido como o melhor livro já escrito até os dias de hoje. Voltando ao nosso herói, ele escolheu um nome, Quixote de la Mancha, batizou seu magro cavalo de Rocinante, tomou um vizinho, lavrador pobre e bastante simplório, como seu fiel escudeiro. E para cavaleiro andante nada mais lhe faltava a não ser uma dama. Foi então que se lembrou de uma aldeã por quem já fora enamorado, embora ela nunca tenha sabido, chamada Aldonza Lorenzo. Pôs-lhe então o nome de Dulcinéia del Toboso. Assim, armado e montado em Rocinante, acompanhado pelo escudeiro Sancho Pança montando seu burrico russo, Dom Quixote resolve sair em busca de aventuras, que devo dizer não foram poucas. Investiu contra os moinhos de ventos, achando que eram gigantes, obra do grande feiticeiro Fristão, tomou rebanho de ovelhas por exércitos inimigos, e fez o mesmo com uma manada de touros. De um barbeiro, levou-lhe a bacia dourada, pois achava que era o elmo de Mambrino, colocou-a na cabeça e esta bacia passou a fazer parte de sua indumentária enferrujada e antiga, pertencente a seu bisavô. Enquanto Dom Quixote se aventura pelo mundo, sua sobrinha, ajudada por amigos, resolve destruir todos os livros de cavalaria dele e bloqueia a porta do seu escritório, para parecer que esta sumira como que por encantamento. No afã de leva-lo de volta para casa, o noivo da moça se disfarça de cavaleiro da Branca Lua e desafia Quixote para um torneio. Caso ele perdesse, teria que se refugiar em casa por um período de um ano, esquecendo-se das aventuras de cavaleiro andante. Quixote é vencido por seu oponente e, como era fidalgo de palavra, volta para casa, para júbilo de todos, e aos poucos vai recobrando a sensatez e esquecendo-se das aventuras do grande D. Quixote de la Mancha. "Quixote encanta pela loucura da luta por ideais dos quais a razão desistiu. Os humanistas domesticados pela razão cínica viraram técnicos em acomodação". Quixote, como Cervantes, foi-se em agitação criativa e penúria material. Quatro séculos após a sua vinda, restam o quixotesco de anedota, frases divertidas, fugaz admiração. Do ideal, apenas a glória do derrotado. Venceu o pragmatismo de Sancho. Mas vale a pena ler, quimeras são sempre divertidas, a infância ou a loucura ainda mora na essência das nossas almas quixotescas... "Sonhar, Mais um sonho impossível Lutar Quando é fácil ceder Negar quando a regra é vender... Voar num limite improvável Tocar o inacessível chão". Rosa Magalhães Carnavalesca *fonte: Liesa

    Unidos da Tijuca - ensaio técnico 24.01.2010

    Unidos da Tijuca - ensaio técnico 24.01.2010
    Vai chegar... Há anos a Unidos da Tijuca persegue e sonha com o título de Campeã do Grupo Especial do Carnaval Carioca. Este ano, Paulo Barros volta à escola e desenvolve um enredo proposto para ele no Orkut, por um niterioense. O enredo chama-se É segredo! Bruno Ribas interpreta o samba, ritmado pela bateria de Mastre Casagrande. Giovana e Marquinhos formam o casal de Mestre Sala e Porta Bandeira. SAMBA – ENREDO: É SEGREDO! AUTORIA: JULIO ALVES, MARCELO E TOTONHODesvendar esse mistério É caso sério, quem se arrisca a procurar O desconhecido, no tempo perdido Aquele pergaminho milenar São cinzas na poeira da memória E brincam com a imaginação Unidos da tijuca, não é segredo eu amar você Decifrar, isso eu não sei dizer São coisas do meu coração Eu quero ver esse lugar Que o próprio tempo acabou de esquecer Meu deus, por onde vou procurar Será que alguém pode me responder Quem some na multidão Esconde a sua verdade Imaginação, o herói jamais revela a identidade Será o mascarado Nesse bailado um folião? A senha, o segredo da vida A chave perdida é o “x” da questão Cuidado, o que se vê pode não ser… Será? Ao entender é melhor revelar No sonho do meu carnaval Pare pra pensar, vai se transformar Ou esconder até o final? É segredo, não conto a ninguém Sou tijuca, vou além O seu olhar, vou iludir A tentação é descobrirCaptação e fotos Valéria del CuetoProdução del Cueto - assessoria e produção* agradecimentos à Liesa e Riotur

    Imperatriz Leopoldinense - Esquenta do ensaio técnico 23.01.10

    Imperatriz Leopoldinense - Esquenta do ensaio técnico 23.01.10
    A Imperatriz Leopoldinense tem um dos melhores sambas desta safra. Depois de decadas com a Rosa Magalhães de carnavalesca, o Max Nunes, que era da Mangueira, assumiu a escola de Ramos. Levou gente nova e chamou antigos leopolinenses de volta. A Rainha da Bateria de Mestre Marconi é Luisa Brunnet. Uma rainha de verdade, de vestido longo! A distribuição dos instrumentos está um pouco diferente das outras escolas. O enredo deste caranval é BRASIL DE TODOS OS DEUSES, No esquenta, só músicas do bloco Cacique de Ramos que, em dezembro, quando fez 49 anos, foi declarado patrimônio imaterial do Rio. Normalmente, o esquenta dura uns 15 minutos. No da Imperatriz, foram 32 só de gravação. Teve uma hora que eu não aguentava mais segurar o gravador acima das cabeças, pra não misturar muito o som, mas valeu a pena!Outro detalhe interessante é que Maria Helena, porta bandeira tradicionalíssima da verde e branco, vai sair representando alguma entidade muito importante. No ensaio de ontem, ela estava possuida, e várias pessoas faziam uma coreografia ao redor dos rodopios dela, que não vai estar com um estandarte, pelo que pude observar.No final, as coisas embolaram um pouco, mas valeu a pena, todo mundo sabe que a Imperatriz é uma escola ultra disciplinada e com este samba... "Brasil de todos os Deuses" Autores: Jeferson Lima, Flavinho, Gil Branco, Me Leva e Guga TERRA ABENÇOADA! MORADA DIVINAL BRILHA A COROA SAGRADA REINA TUPÃ, NO CARNAVAL... VIU NASCER A DEVOÇÃO EM CADA AMANHECER VIU BRILHAR A IMENSIDÃO DE CADA OLHAR NUM PAÍS DA COR DA MISCIGENAÇÃO DE TANTO DEUS, TANTA RELIGIÃO PRO POVO, FELIZ, CULTUAR O ÍNDIO DANÇOU, EM ADORAÇÃO O BRANCO REZOU NA CRUZ DO CRISTÃO O NEGRO LOUVOU OS SEUS ORIXÁS A LUZ DE DEUS É A CHAMA DA PAZ E SOB AS BÊNÇÃOS DO CÉU E O VÉU DO LUAR NAVEGARAM IMIGRANTES DE TÃO DISTANTE, PRA SEMEAR TRAÇOS DE TRADIÇÕES, LAÇOS DAS RELIGIÕES OH, DEUS PAI! ILUMINAI O NOVO DIA GUIAI AO DIVINO DESTINO SEUS PREGRINOS EM HARMONIA A FÉ ENCHE A VIDA DE ESPERANÇA NA INFINITA ALIANÇA TRAZ CONFIANÇA AO CAMINHAR E A GENTE ROMEIRA, VALENTE E FESTEIRA SEGUE A ACREDITAR... A IMPERATRIZ É UM MAR DE FIÉIS NO ALTAR DO SAMBA, EM ORAÇÃO É O BRASIL DE TODOS OS DEUSES! DE PAZ, AMOR E UNIÃO...

    Mangueira - Ensaio técnico Sapucaí

    Mangueira - Ensaio técnico Sapucaí
    A verde e rosa foi a segunda agremiação a realizar seu ensaio técnico no domingo 06.12 Domingo de futebol e samba. Maraca lotado e, na Sapucaí, a abertura dos ensaios técnicos das escolas de samba para o Carnaval 2010. O anúncio de Ricardo Cravo Albin, a fala do presidente Ivo Meireles, o esquenta propriamente dito... *O audio, fotos e vídeo de Valéria del Cueto para o Sem Fim... ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA “Mangueira é música do Brasil” “VAI PASSAR” NESSA AVENIDA MAIS UM SAMBA POPULAR MANGUEIRA ATÉ “PARECE UM CÉU NO CHÃO” É MÚSICA VESTIDA DE EMOÇÃO COM NOTAS E ACORDES REFLETIU EM SUAS CORES O ORGULHO DO BRASIL NAS ONDAS DO RÁDIO, DE NORTE A SUL VIAJEI NO SONHO DOURADO EMBARQUEI PARECE MAGIA! VAI MINHA INSPIRAÇÃO “NUM DOCE BALANÇO A CAMINHO DO MAR” VEM ME TRAZER A CANÇÃO PRO MUNDO SE ENCANTAR TANTAS EMOÇÕES NA VERDE-E-ROSA BRILHAM AS ESTRELAS IMORTAIS "BATE OUTRA VEZ" UMA SAUDADE LEMBRO DOS ANTIGOS FESTIVAIS UM VERSO ME LEVOU DO ROCK À JOVEM GUARDA FUI “CAMINHANDO E CANTANDO” AO LUAR “COM A TROPICÁLIA NO OLHAR” ATRÁS DO TRIO EU QUERO VER O BAILE COMEÇAR E A NOITE ADORMECER “O SOL NASCERÁ”, AS CORTINAS IRÃO SE FECHAR “FOLHAS SECAS” VIRÃO E O SHOW VAI CONTINUAR MEU CORAÇÃO É VERDE E ROSA DESCENDO O MORRO, EU VOU A MÚSICA, ALEGRIA DO POVO CHEGOU, A MANGUEIRA CHEGOU

    Cubango - Abertura dos ensaios técnicos na Sapucaí - Esquenta

    Cubango - Abertura dos ensaios técnicos na Sapucaí  - Esquenta
    A Cubango abriu os ensaios técnicos no Sambódromo carioca, dia 6 de dezembro. Milton Cunha, o carnavalesco da escola trouxe para a avenida o enredo Os loucos da praia chamada saudade' Autores: Sardinha, Carlinhos da Penha, Junior Duarte, Diego Nicolau, Dílson Marimba e Raphael Prates O TRONO ENLOUQUECEU ESSA EPOPÉIA DECIFRE OU LHE DEVORA O PALÁCIO SE ERGUEU NO TOQUE DO MARQUÊS E O MONARCA NESSA ZORRA DEITA E ROLA INSANO QUE SOU, VIAJEI E VI A BELEZA MAQUIAR A CLAUSURA OS LOUCOS DE PEDRA FAZENDO A HISTÓRIA CAMISAS DE FORÇA TOLINDO MEMÓRIAS E A NOVA BANANA, TREMENDA BADERNA MAIS DOIDO É O POVO OU QUEM TE GOVERNA? TÁ LOTADO DE MALUCO... FECHOU! ASSOMBRADO, O ARTISTA PINTOU JÁ É HORA DA VIRADA NESSE SURTO IMAGINÁRIO!!! TÔ POR CONTA DO CENÁRIO, SOU UM LOUCO SONHADOR RENASCE DAS CINZAS PRA VIDA BOSSA NOVA, UM HINO CONTRA A OPRESSÃO EM UMA NUDEZ INCONTIDA DA DURA QUE DITA, SANGRANDO A NAÇÃO CLAREIA MINERVA ASSANHADA ERGUI A BANDEIRA NAS DIRETAS JÁ PRA VER MEU PAÍS MAIS FELIZ DE CARA PINTADA, EU FUI PROTESTAR E O MEU BRASIL PINEL DESPERTA PRA FOLIA SAMBANDO NO RAIAR DE UM NOVO DIA É MAIS QUE PAIXÃO, BEIRANDO A LOUCURA VESTI VERDE E BRANCO, NINGUÉM ME SEGURA CUBANGO ENCANTA E TRAZ LIBERDADE AOS LOUCOS DA PRAIA CHAMADA SAUDADE
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