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    Valeria Luiselli

    pt-BRJuly 04, 2016
    What was the main topic of the podcast episode?
    Summarise the key points discussed in the episode?
    Were there any notable quotes or insights from the speakers?
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    Were there any points particularly controversial or thought-provoking discussed in the episode?
    Were any current events or trending topics addressed in the episode?

    About this Episode

    A escritora mexicana Valeria Luiselli, autora de A história dos meus dentes e Rostos na multidão, entre outros, conversou com a poeta Alice Sant'Anna sobre o clássico Pedro Páramo, de Juan Rulfo. Ao reler o livro no final da adolescência, quando morava na Índia, ficou impressionada ao encontrar ali um autor capaz de romper e fragmentar o tempo.

    Recent Episodes from Batuta na Flip

    Maureen Bisilliat

    Maureen Bisilliat
    Na Flip 2019, Maureen Bisilliat relançou um de seus livros mais importantes, Sertões: luz & trevas, editado agora pelo IMS. Mas a fotógrafa nascida na Inglaterra (e que hoje atua mais como documentarista) foi além em sua conversa na Casa do IMS, em Paraty. Falou, por exemplo, de "A arte de perder", como chama o diário em que reuniu fotos, desenhos e textos. Baseada nele, a coordenadora de comunicação do IMS, Marília Scalzo, deu à sua entrevista com Maureen o título  "Luto, caos e criação". Também falou de fotojornalismo. Ela foi uma das principais fotógrafas da revista Realidade, numa equipe em que também estava Claudia  Andujar. Contou que não tinha claras preocupações políticas à época e que admira os fotógrafos mais jovens que demonstram essas preocupações hoje. Comentou as influências das obras de Euclides da Cunha (matéria-prima de Sertões: luz & trevas), Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade em seu trabalho e na sua maneira de ver o Brasil. E disse que continua sentindo necessidade de trabalhar sempre. "Até a palavra lazer é difícil de eu compreender." O acervo de Maureen Bisilliat está todo no IMS. Parte dele está na exposição Escrever com a imagem e ver com a palavra - Fotografia e literatura na obra de Maureen Bisilliat, na Pequena Galeria do IMS Rio, de 9 de novembro de 2019 a 23 de fevereiro de 2020.

    Kalaf Epalanga

    Kalaf Epalanga
    Kalaf Epalanga, nascido em Angola em 1978 e hoje vivendo entre Lisboa e Berlim, ficou conhecido à frente da banda Buraka Som Sistema. Hoje também é um escritor que desperta interesse cada vez maior. Em 2018, a editora Todavia lançou no Brasil Também os brancos sabem dançar. Em 2019, tornou-se colunista da revista de livros "Quatro Cinco Um". O Portugal de hoje foi um dos temas de sua participação na Casa do IMS na Flip, onde conversou com o diretor artístico do IMS, João Fernandes. Ele foi imigrante clandestino e se diz fruto da "Lisboa de agora", que não é mais a de símbolos como o pastel de Belém e o vinho do Porto. As feições da capital portuguesa são internacionais e, sobretudo, africanas. Um personagem fascinante sobre o qual discorre é Zé da Guiné, capturado quando criança na Guiné-Bissau e que se fixou em Lisboa. A música é outro tema importante da conversa, além do Brasil.  "O Brasil é muito maior do que o problema que está acontecendo agora", afirmou. Ouvem-se aqui apenas as falas de Kalaf. A voz de João Fernandes não pôde ser captada por microfone.    

    Grada Kilomba e Stephanie Borges

    Grada Kilomba e Stephanie Borges
    Grada Kilombo, que se define como "artista interdisciplinar", é portuguesa e vive em Berlim. Diz que, por mais que goste de vir ao Brasil, vê no país um caso de "colonialismo bem-sucedido". Ela se espanta com os prédios em que há porta da frente e porta dos fundos, "para os corpos não se encontrarem". E nos quais uma pessoa fica boa parte do dia atrás de uma mesa apertando um botão para abrir e fechar portas. "Isso é inconcebível em Berlim. São serviços de humilhação: limpar o lixo, servir o café, abrir a porta do elevador. É algo anterior ao colonialismo. É escravatura", afirmou na Casa do IMS, em entrevista à poeta e tradutora brasileira Stephanie Borges. Autora de Memórias da plantação (Cobogó), ela ressaltou que "racismo não tem nada a ver com moralidade, mas com responsabilidade".

    Jorge Coli e Hélio de Seixas Guimarães

    Jorge Coli e Hélio de Seixas Guimarães
    Na mesa "Visões de Canudos", na Casa do IMS, Jorge Coli, professor de história da arte da Unicamp, dissecou Os sertões, para ele "o maior livro da nossa literatura". As ideias racistas de Euclides da Cunha não sobreviveram à "inteligência das mãos" do escritor, que produziu um livro de extrema beleza, com uma poética particular e que denunciou o massacre cometido pelo Exército contra os sertanejos. Antes, Hélio de Seixas Guimarães, professor do departamento de letras da USP, mostrou como Machado de Assis e Olavo Bilac, escrevendo do Rio de Janeiro, abordaram a Guerra de Canudos entre 1893 e 1897. Enquanto Bilac reproduziu nas crônicas a ideia corrente de que a população do vilarejo era um bando de fanáticos (e deu a Antônio Conselheiro uma lista de adjetivos ofensivos), Machado, sem perder a sutileza, fez um "protesto contra a perseguição que se está fazendo à gente de Antônio Conselheiro". Ainda vinculou a guerra à ordem capitalista internacional, previu que um livro surgiria para eternizá-la e fez uma pergunta mais atual do que nunca: "O que nos ficará depois da vitória da lei?". A mediação foi de Guilherme Freitas, idealizador e apresentador do podcast Sertões: histórias de Canudos.

    Angela Alonso e Heloisa Starling

    Angela Alonso e Heloisa Starling
    A exposição Conflitos, que esteve nas sedes do IMS em 2017 e 2018, buscou desmontar a ideia, que não se ampara na realidade, de um país pacífico. Consultoras da mostra e participantes do livro que a acompanhou, a socióloga Angela Alonso (USP) e a historiadora e cientista política Heloisa Starling (UFMG) reforçaram a proposta na mesa "Brasil de conflito em conflito", na Casa do IMS. Segundo Alonso, na história brasileira "a gente encontra pólvora e sangue". E o assunto foi atualizado para 2019. "Eu tenho a sensação de um país caindo em pedaços", afirma Starling. A conversa foi mediada por Heloisa Espada, curadora de Conflitos.

    Ailton Krenak e Aparecida Vilaça

    Ailton Krenak e Aparecida Vilaça
    "O mundo não é só uma constatação, ele é uma possibilidade", afirmou o líder indígena, ambientalista e escritor Ailton Krenak na Casa do IMS. Ele e a antropóloga Aparecida Vilaça destacaram, na mesa "Diante do fim do mundo", os aprendizados que os povos indígenas oferecem a quem está presente na vida deles. Aparecida, autora de Paletó e eu - Memórias de meu pai indígena (Todavia), relatou no encontro sua convivência com o homem do povo wari que a adotou como filha. Ailton falou da importância da convivência com o outro e da diversidade, que estão entre suas Ideias para adiar o fim do mundo, título de seu livro mais recente. Foi impossível, porém, alertar para o perigo que os grupos indígenas correm no governo Bolsonaro. Ailton chegou a falar do risco de novos genocídios, como o que ocorreu no passado com os Yanomami, cuja vida foi retratada pela fotógrafa Claudia Andujar. A mediação da conversa foi de Ricardo Teperman, editor da Companhia das Letras.    

    Lilia Moritz Schwarcz

    Lilia Moritz Schwarcz
    Na mesa "Sobre o autoritarismo brasileiro", mesmo título de seu livro (Companhia das Letras), a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz detalhou, em entrevista a Paulo Roberto Pires, o quanto é falso o mito da democracia racial no Brasil. Foi o último país a abolir a escravidão e aqui ficaram 4,8 milhões de africanos. Também vêm desde sempre a desigualdade social e o autoritarismo. Ela analisa como chegamos a uma "democradura", conceito que usa para classificar o governo Bolsonaro, além do de Donald Trump nos EUA e outros. Lilia ressalta a importância de Marielle Franco e, embora muito preocupada com o "silêncio da sociedade", demonstra esperança: "Não estamos com essa batalha perdida".

    Gabriela Wiener

    Gabriela Wiener
    Outras vidas que não a minha, de Emmanuel Carrère, foi o ponto de partida da conversa da escritora e jornalista peruana Gabriela Wiener com a jornalista Marília Scalzo. A autora de Sexografias falou sobre o magnetismo exercido sobre ela pela mistura entre ficção e jornalismo, que refletiria uma confusão e uma indecisão próprias da vida.

    Benjamin Moser

    Benjamin Moser
    Benjamin Moser, biógrafo de Clarice Lispector, conversou com o poeta Eucanaã Ferraz sobre "A hora da estrela", o último livro publicado em vida pela escritora. Apontando o que o romance tem de singular e universal, ele criticou quem busca engajamento político e destacou um aspecto pouco comentado de sua narrativa: o humor.
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