Momento da Política - Merval Pereira

Merval Pereira fala sobre a questão envolvendo a Petrobras e o governo Lula. ‘Uma atitude que o governo petista já tinha, de achar que a Petrobras é uma estatal como outra qualquer, que ele pode definir as regras’. Comentarista acrescenta que 'Lula parece que não entende'. Merval explica que o petróleo é uma commodietes que tende a desaparecer. ‘Lula está retrogrado na questão da energia e tem uma visão errada da Petrobras. A Petrobras tem que investir fora do petróleo, virar uma empresa de energia renovável. O Brasil tem tudo para fazer isso. Ser líder no setor’.

Merval Pereira fala sobre a discussão envolvendo o fim da reeleição para cargos no Executivo. A iniciativa tem a oposição de Lula. ‘É um movimento, dentre vários outros, para esvaziar o Poder do Executivo’. Comentarista destaca que essa não é uma discussão prioritária. O tema só está em pauta porque o Congresso está em batalha para se fortalecer e enfraquecer o Executivo. ‘Mais um movimento político que não sei se vai adiante’.

Merval Pereira fala sobre o STF e o Senado em direções diferentes sobre proibição para porte e posse de droga. ‘Esse é um caso típico de conflito entre Poderes’. Merval explica que a legislação deveria ser do Congresso. O Supremo só deveria entrar nessas discussões quando fosse chamado e, também, quando houvesse vácuo de poder. Comentarista destaca que o STF não deveria correr com a decisão, deveria deixar o Congresso se manifestar.

Merval Pereira fala sobre a composição das comissões no Congresso Nacional que está desfavorecendo o governo Lula. Comentarista destaca que o PL tem o controle do Congresso e o PT tenta proteger algumas comissões que afetam a economia para tentar controlar o avanço da oposição. ‘Governo está sem saída. A situação não está nada boa para o PT’. Comentarista ressalta que a esquerda brasileira é muito atrasada. ‘Enquanto eles não se atualizarem, não entenderem que o mundo mudou, vão ficar em minoria. Eles não estão entendendo o que está acontecendo com a sociedade’.

Merval Pereira faz uma análise da pesquisa da Quaest divulgada, nesta quarta-feira. O levantamento aponta que 51% dos entrevistados aprovam o trabalho do presidente. Por outro lado, 46% desaprovam. 3% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

Merval Pereira traz detalhes da pesquisa Quaest sobre a Operação Lava-Jato. 42% dizem que a Lava-jato acabou por ação de políticos para barrar operação, e 25% apontam que houve exageros dos investigadores. ‘Acabaram com a Lava-jato em um evidente movimento de vingança política. Não é possível imaginar que não aconteceu nada’. Comentarista destaca que a sensação que a pesquisa passa é que a população entendeu perfeitamente o que está acontecendo. ‘A população sabe quem é que tem culpa’.

Merval Pereira fala sobre o depoimento de Freire Gomes, ex-comandante do Exército, sobre o roteiro do golpe em curso durante o governo de Bolsonaro. ‘Depoimento tem toda a indicação de que pode fechar o entendimento do que aconteceu’. Feire Gomes falou durante oito horas à Polícia Federal, na condição de testemunha, e validou a investigação. Freire Gomes claramente se colocou de forma contrária ao golpe, mas ficou no comando alegando que tinha que controlar a situação. ‘Um depoimento importante e que, tudo indica, vai levar a conclusão do inquérito com uma série de fatos que colocarão Bolsonaro no centro da conspiração’

Merval Pereira fala sobre reforma eleitoral e a proposta de acabar com a reeleição nos cargos executivos. Seria um mandato só de cinco anos. Associado a isso, a proposta de aumentar o mandato dos deputados para cinco anos e, no caso, dos senadores para dez. Comentarista explica que a prática mostra que, com a reeleição, os governantes começam o primeiro mandato pensando no segundo. ‘A reeleição no Brasil distorce governos e campanhas’.

Merval Pereira fala sobre o uso da Inteligência Artificial na eleição municipal e as regras estabelecidas pelo TSE. Tecnologia pode ser usada, desde que, o candidato informe. Comentarista destaca que o uso adequado da Inteligência Artificial pode baratear o custo da campanha, mas a fiscalização será difícil.

Merval Pereira fala sobre a questão do cancelamento do pagamento de acordos de leniência da J&F. A Previ não está no acordo de leniência da J&F. Por meio de nota, a Previ informa que o fundo de pensão do Banco do Brasil não têm relação com a história e que está funcionando normalmente.

Merval Pereira destaca que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal começa analisar os recursos contra a decisão do ministro Dias Toffoli, que anulou as provas do acordo de leniência da Odebrecht. Comentarista destaca que é um movimento no Supremo de revisionismo. ‘Uma espécie de revanche contra a operação Lava-jato’. Merval destaca que o que está valendo é a política e não o bom senso.

Merval Pereira faz uma análise da manifestação em apoio a Bolsonaro na Avenida Paulista. ‘O país continua dividido. Um ano de governo Lula não resolveu a situação. Se continuar nessa batida, vai favorecer a direita e, talvez até, a direita mais radical’. Comentarista cita políticos buscando ocupar o espaço de Bolsonaro, que está inelegível. Merval também falou sobre revisões sobre acordos de leniência fechados por empresas na Lava-jato.

Merval Pereira fala sobre a posse de Flavio Dino, no STF, e a especulação sobre o voto do ministro em relação à Lei das Estatais. ‘É possível que o voto dele seja a favor dessa alteração’. Merval destaca que a ideia de reduzir a presença de políticos nas instituições oficiais é uma boa medida.

Merval Pereira fala sobre o depoimento de Bolsonaro e aliados à Polícia Federal. São 14 intimados, incluindo, o ex-presidente. Comentarista destaca a desmoralização que ficou nos meios militares provocada pela tentativa de Bolsonaro fde orçar um golpe das Forças Armadas. ‘Investigações estão mostrando o que a gente desconfiava, uma quebra de hierarquia total’.

Merval Pereira fala sobre os preparativos para o G20. ‘Importante para o Brasil que o Rio seja a capital do G20 este ano. Uma demonstração de força política e Lula vai aproveitar. Espero que não na base do improviso’. Comentarista destaca ainda que a crise com Israel é uma disputa entre os dois países e não ganha uma dimensão internacional. A situação ‘tem importância direta e internamente. Repercussão interna é maior do que a externa’.

Merval Pereira faz uma análise da repercussão na política nacional do pronunciamento de Lula, que comparou a situação em Israel ao Holocausto, episódio em que os nazistas assassinaram mais de 6 milhões de judeus. Comentarista destaca que a fala do presidente fortaleceu a oposição, pois, Bolsonaro era apoiador do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Mais de 100 deputados pedem o impeachment de Lula após o comentário, que foi feito na Etiópia.

Merval Pereira comenta a crise diplomática entre Brasil e Israel. Israel declarou o presidente Lula como "persona non grata" após comparação da crise humanitária em Gaza com o Holocausto. Lula organizou reunião de emergência para discutir a crise.

Merval Pereira fala sobre o roteiro do golpe que vem sendo desarticulado na investigação da Polícia Federal. Há indícios do uso de uma rede de disseminação de notícias falsas com a finalidade de desacreditar todo o processo eleitoral e fomentar o caminho para o golpe. ‘Essa atividade paralela do governo Bolsonaro já era percebida há muito tempo, agora nós ficamos sabendo de informações que só confirmam o que estava acontecendo’. Comentarista alerta que, com a Inteligência Artificial, a situação vai piorar nas próximas eleição. ‘Tem que ter uma regulamentação forte sobre isso’.

Merval Pereira comenta o aumento do protagonismo do STF no jogo político brasileiro. São inúmeros os componentes que transformaram o Supremo em, não apenas uma fonte de soluções, mas também em mais uma interferência política.

Merval Pereira fala sobre a distorção do que seja democracia’. Comentarista cita a postura de militares diante da tentativa de golpe. Mesmo sem aderir ao movimento, a obrigação era denunciar. O Alto Comando Militar não aderiu, mas sabia o que estava acontecendo. ‘A democracia está sendo usada de acordo com interesses pontuais, e não interesses permanentes’.