Halo (2022)
About this Episode
Eu não sei qual a intenção da serie Halo, seriado que teve sua primeira temporada veiculada no streaming da paramont, o Paramont +. E quando eu digo "não sei qual a intenção da serie" eu estou formulando esta pergunta sabendo que existem vatias intenções sobre ela, a que está na superficie, seria a de entreter, apenas uma serie de um jogo que tem uma base de fãs consolidada, e ganhar dinheiro é sempre a intenção primordial de toda peça de uma sociedade neo-liberal, como é a americana, disfarçar essas peças de algo mais profundo, pra gerar não só engajamento nas redes (hoje em dia) como tambem uma passação de pano pros empreendimentos de midia e entretenimento é o que faz as obras terem sentido de existir no mundo. E é aqui onde eu quero chegar: eu não sei qual o intuito filosófico por tras da serie Halo (2022), por mais que eu saiba que tudo nela é pensado pra gerar comoção, e posterior engajamento nas redes, para que assim o canal da paramont possa chamar a atenção do publico, que vai assinar o serviço dando mais grana pro canal, e este se viabilizar como um canal de streaming atrativo, que por sua vez gerará mais lucro pros acionistas da Paramont, para que estes tirem mais grana e possam investir em mais conteudos para que a "roda" continue a girar, utilizando-se para tal intento do apelo que a serie de jogos tem. Eu tambem sei que o lado da X-box tem o mesmo intuito, so que consolidando uma serie de jogos como um sucesso transmidia pra tirar mais grana da marca "Halo" e poder lançar mais jogos conquistando mais publico... é sempre grana.
O que me interessa mesmo neste post é "o que a serie Halo quer comunicar", retirando toda a intenção merdadologica da serie, para o quê ela apela, qual o ensinamento ou mensagem ela quer passar, com o intuito de me enganar e me transformar em um usuario engajado de redes sociais falando dela? Qual no fim das contas é a intenção da serie? Pois so os artificios de "apenas entreter" nem sempre vão funcionar, e talvez eu so esteja querendo me desculpar por querer ver algo maior que a serie não tem, e se for este o caso, e se você caro leitor estiver percebendo toda esta introdução como um artificio autoconsiente de "tentar ver algo que não existe" da minha parte, então pode parar de ler este post agora e voltar a seus afazeres, e peço singelas desculpas por faze-lo perder seu tempo. Vou até te dar um paragrafo pra pensar se quer mesmo continuar lendo...
Assim resolvi fazer esse singelo post, pra dizer "o que eu entendi da serie foi" ou "o que eu extrai subjetivamente da serie foi" ou "o que eu interpretei, do que eu vi na serie foi" ou ate melhor "foi assim que a serie me enganou, para que eu pudesse fazer um conteudo vinculado a ela, pra gerar engajamento e dessa forma contribuir para que os planos neo-liberais dos acionistas da Paramont e da X-box fossem bem sussedidos". Você caro leitor que decida.
Voltando a serie Halo, temos um futuro onde a raça humana exploradora (e aqui o conceito de explorar pode ser tanto no sentido de tantar encontrar algo desconhecido, como o de se apropriar de algo que não é seu e tirar proveito de forma predatória porque tem meios para isso) de outros mundos e se depara não so com disputas locais desses recursos, como também com uma raça de alienigenas que quer o fim dos humanos e de tudo que a humanidade representa para esse aliens... no fim o Covenant é uma união militar teocratica de varios alienigenas que odeiam os humanos. Mas é sem motivo? você pode estar se perguntando. Claro que não, eles tem A profecia de que uns serezinhos ai dos confins do universo iam chegar e com sua ganancia iriam destruir toda a vida existente no universo. Mas no fim os Covenants so estão pregando em uma raça a problematica de se ter necessidades ilimitadas e recursos limitados, e fazendo a proteção de seus dominios... não que esse alerta quanto aos seres humanos não seja bem pertinente ne... mas a alegoria do Covenant é fazer questionar a propria humanidade com suas limpezas étinicas pra proteger um pedaço de terra e os recursos que esta terra pode trazer... a humanidade tem um historico vasto e longe de genocidios que tinham como objetivo se apossar de uma "terra prometida" (eu sei que "longo" e "vasto" são sinonimos, to usando pra dar enfaze mesmo). Toda civilização humana ja criou pra si mesmas o selo de "povo escolhido de algo divino", pra justificar massacrar outros humanos menos fortes e se apossar de suas terras, e assim poder explora-lás sem o menos pudor ou peso na consciencia.
E é essa discussão que a serie traz, e traz muito bem, mas não é a unica. Pois Halo tem muita coisa a dizer, e enquanto escrevo este post estou lembrando de inumeros outros temas abordados em volta do tema principal, que apesar de se apresentar como o conflito entre duas raças, vai, conforme avança, apresentando muitos questionamentos sobre os atos e as conscequencias que esse conflito pode trazer pra ambas as raças. Como essas duas forças vão tomando atitudes escusas em nome de um "bem maior" mas que calsa sempre tanto maus a um numero tambem exponencial de seres. É na figura do soldado que foi usado a vida inteira, mas que não consegue não seguir sua diretriz ideologica de conflito, que a serie Halo vai nos fazendo questionar a natureza belicosa daquela sociedade e como, até as atitudes dos cientistas teem impressas em seus resultados a dualidade da obstinação cega e da ganancia da humanidade em atingir seus objetivos, todas essas atitudes disfarçadas de uma causa que vai levar "ao bem maior".
Apesar de no começo ter torcido o nariz pro fato de que logo no primeiro episodio o protagonista, um personagem sem rosto, ter retirado o capacete e mostrado sua cara, posso dizer hoje, tendo chegado ao final da serie, que a decisão foi muito da acertada. O ator não é brilhante, mas é muito competente, e por conta disso depois de 3 episodios eu ja estava aceitando que aquele era o rosto daquele Master Chief, que passou de um personagem sem rosto e com a unica personalidade de falar frases de efeito enquanto atira em aliens, á um soldado que se depara com uma verdade deplorável sobre si mesmo e o sistema que o usa, mas que possui também um destino pior, se considerarmos que em seu codigo genetico existe uma chave que o conecta com uma possivel arma de destruição em massa que pode aniquilar não somente os inimigos da humanidade, como tambem a propria humanidade, um peso muito dificil pra ser carregado por um personagem sem rosto. Era preciso dar um rosto a Chief, foi dado o de Pablo Schreiber e este cumpriu bem seu papel.
Mas não tem nada que tenha me impactado mais na serie, do que o final tragico da personagem Makee, interpretada com brilhantismo pela atriz Charlie Murphy, a personagem transita de forma maravilhosa entre ser a antagonista com fortes convicções, posteriormente aquela que questiona tudo aquilo que aprendeu sobre a humanidade sob a otica do Covenant, então ao conhecer um igual abandonar aquelas convicções, e retornar para elas ao ser machucada. E durante todo esse arco a personagem ganha nossa simpatia... principlamente pelo fato de que ela é a vitima de acontecimentos que estão alem dela, e é com um gosto amargo que acompanhamos seu desfecho, pois antes de sua morte sabemos que ela será sacrificada pelo Covenant que a detesta, e sempre a detestou, estava apensa à usando para chegar a seus objetivos. Realmente Makee é a melhor personagem dessa serie, uma pena que não poderá estar presente na, ja confirmada, segunda temporada, ou talvez esteja, quem sabe...
Em determinado ponto o Capitão Jacob Keyes, interpretado por Danny Sapani, fala sobre Makee a Chief, o avisando sobre o cuidado que este deveria ter com aquela, haja vista a moça havia passado uma vida inteira sob tutela do Covenant e desligar anos de uma ideologia era impossivel e não seria como apertar um botão, ao que Chief responde que ele havia conseguido, referenciando-se a um outro momento na serie onde o protagonista, com auxilio de Cortana, havia retirado seu inibidor de sentimentos, e assim passado a ver as coisas alem de so uma ordem que deveria ser cumprida. E é aqui onde a serie acerta novamente: apos esta retorica um acontecimento levam Chief a se sentir traido por Mekee o que o faz cumprir a missão que os verdadeiros culpados de todos os infortunios passados, tanto por Chief, como por Makee, querem que ele complete, saindo assim ilesos e sem punição alguma, afinal, não fossem as atitudes, tanto do capitão Jacob, quanto, e principalmente, da Almirante Margaret Parangosky, interpretada por Shabana Azmi, a situação teria sido resolvida de forma pacifica. E é nesses momentos que Halo me deixou com uma impressão de "critica ao militarianismo", como outro traço da critica a pessoas obstinadas em seguir ordens por um "bem maior".
Por fim é na figura da Dra. Halsey, interpretada pela belissima Natascha McElhone (quem lembra dela em O Show de Truman?), que a serie usa para consolida seu olhar critico sobre o "bem maior" que pode causar o mau em mesma proporção. Pois a obstinação da Dra. em cumprir seu objetivo, que ao longo da serie vai ficando claro, é o que causa tanta dor e sofrimento aos que à circundam, da filha que ela apenas usa, ao Chief, que é para ela apenas um veiculo para que a humanidade "atinja seu verdadeiro potencial", Halsey vai mostrando o lado podre da ciência, quando esta é utilizada como mecanismo de manutenção de um progressismo predatório, que olha para as qualidades humanas e as vê como imperfeições que atrapalham a nossa especie em atingir "seu verdadeiro potencial", seja lá o que isso for. E é na figura da Dra. que a serie nos mostra o perigo de abandonarmos nossas conficções humanas em nome desse mau maior. Apesar de não termos uma catarse nesta temporada, pois a Dra. Halsey não tem seu fim derradeiro, temos um vislumbre de alguem que é tão vilanesca que, se disfarçando de benfeitora, apenas utiliza-se de uma desculpa favoravel para se sentir melhor, mesmo cometendo as atrocidades que comete. Na Dra. temos um progressismo de direita (sim ele existe), aquele onde em nome do pogresso de toda a humanidade não se vê problema em desmatar florestas, aniquilar rios e exterminar povos inteiros, se for pela desculpa certa a "ciencia" e o progressismo podem ser otimas desculpas para que se cometam atrocidades, sem que haja uma punição, ou questionamento por parte, e para com, os agentes dessas atrocidades. Halsey ainda deve desempenhar mais o papel de vilã, mas espero que a serie continue usando da dualidade pra nos fazer questionar se a personagem é mesmo tão ruim quanto parece ou se ela tem motivos aceitáveis pra ter feito o que fez e faz.
E por ultimo (é serio o post ta acabando) e não menos importante, Cortana, tambem interpretada por Natascha. Cortana é a I.A. que nos jogos se torna uma filha da puta, mas aqui na serie vemos o nascer de Cortana, e sua tragetoria de entender a humanidade atraves dos olhos e sentimentos de Master Cheif, o que dá pra dizer é que cortana ainda não tem tanto destaque quanto gostariamos, mas que nessa temporada ela age bem em ser a tecnologia que ajuda o protagonista a ser melhor. É interessante como a situação onde o protagonista se encontre seja tão ruim ao final da serie que ele não tenha escolha, a não ser se doar ao plano da Dra. Halsey, o que uni o corpo de Cheif com a "mente" de Cortana. Eu particularmente achei muito interessante o paralelo do protagonista que começa como uma arma e vai aos poucos se humanizando, para ao final da serie se tornar uma arma ainda melhor do que era, quando se doa a I.A. Cortana, uma atitude dessesperada para salvar os seus companheiros.
Pra fechar esse post quero falar um pouco das cenas de ação, que são excelentes, nos por em primeira pessoa por uma boa parte dela é algo muito interessante. A serie não tem muitas cenas de ação, mas as que estão lá são otimas. E o ato final da serie é muito bom com uma cena de ação que vai agradar os fãs da franquia de jogos.
E é isso, por fim a Nota para a Serie...
Nota: 8,5 / 10
Valu e até semana que vem!!!
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Dungeons & Dragons - Honra Entre Rebeldes (2023)
Fala fugitivos tudo certo com vocês?
É inegável que graças a Stranger Things jogar RPG de mesa se tornou cool entre os jovens, afinal de contas foi através da serie, referenciando criaturas do mundo fantástico de D&D, para denominar os perigos enfrentados por Onze e sua turma, que muitas pessoas tiveram interesse em saber mais sobre essa sub cultura do famigerado "mundo nerd", que é tão interessante e divertida aparentemente. Afinal na citada serie temos ate a exposição de partidas com lances rápidos e jogos de câmera que fazem essas jogatinas parecerem tão intensas e cheias de acontecimentos incríveis, deixando o "publico civil" (o pessoal que não está inserido na cultura nerd) interessados em saber do que se trata, afinal, esse negocio de RPG.
Não é de se surpreender que alguma produção visse nesse interesse inflamando uma oportunidade de ganhar dinheiro (é claro). Assim nos temos em 2023 uma nova tentativa de emplacar uma franquia tendo como foco os personagens e estereótipos do jogo de interpretações D&D (Dungeons e Dragons), onde uma trupe de aventureiros tem a tarefa de derrotar os perigos de uma terra fantástica em busca de muitos tesouros.
E nesta terceira tentativa de levar D&D para as telefonas temos um ótimo resultado, se comparado com aquilo que se tentou anteriormente. Talvez graças as influencias dos filmes da Marvel (principalmente Guardiões da Galaxia), temos aqui uma produção com um bom elenco, e com uma historia simples, direta, mas bem divertida em um mundo rico, em cores, criaturas, cenários e principalmente possibilidades de historias a serem contadas, e por mais que nesse filme propriamente dito a historia seja mais simples ele abre a possibilidade de termos um emaranhado de outras historias, inclusive a de um certo grupo de jovens presos nesse mundo fantástico tentando voltar para casa ao seguirem as missões de um certo Mestre dos Magos para tal.
Eu mesmo nunca joguei D&D, mas desde os 15 jogo RPG de mesa. Em minha adolescência criávamos sistemas próprios e usávamos fichas adaptadas de Vampiro a Mascara, passei anos inventando historias para jogar com os amigos nas partidas onde usávamos desenhos, dados de 6 lados e muita imaginação, e ter visto nesse filme vários elementos de qualquer partida de RPG foi muito agradável. Acredito que qualquer jogador de RPG irá reconhecer vários elementos, não só do próprio D&D mas de outros RPGs de mesa.
O que eu mais curti nesse filme foram as coreografias de luta que são muito bem feitas, ágeis e quase sem planos fechados e cortes rápidos, recurso usado para disfarçar a inabilidade dos executores dessas coreografias, algo comum no cinema de ação e criticado fortemente nos filmes de John Wick. Inclusive aqui vale um parêntese: (As coreografias de luta deste filme parecem corresponder ao agrado do publico com sequencias de enfrentamento em planos mais abertos e coreografias mais bem executadas que dão uma impressão acertada de realismo físico, claro que dentro da proposta daquele mundo, que nos deixam empolgados e querendo rever tais cenas. O que me parece já um efeito John Wick nas produções mais atuais, o que é muito bem vindo já que ninguém aguenta mais cenas de lutas com 300 cortes).
Outra coisa que me agradou foi o uso de efeitos práticos para dar vida as varias criaturas do mundo de D&D e dos RPGs de mundos fantásticos, como homens-passaros, homens-gatos, draconianos, orcs e etc... são todos muito bem feitos. So senti falta dessas criaturas figurando o grupo principal de heróis, seria muito interessante ver um draconiano ou um orc interagindo em um grupo contendo uma druida e uma barbara, torço para que, quem sabe, em um próximo filme termos outros personagens de raças variadas participando como agentes da aventura e não apenas como figurantes ou inimigos. E aqui cabe também apontar a ótima oportunidade de se fazer varios filmes, com grupos diferentes, em historias diferentes, explorando ao maximo tudo que D&D tem a oferecer como possibilidade de historias a serem contadas, sem a necessidade de ficarmos presos a um unico grupo de aventureiros.
Mas nem tudo são flores, e apesar do filme ser bom, algumas conveniências de roteiro que forçam a historia para frente, me fizeram “torcer meu nariz”, e podem ser vistas como facilitações por quem tem um pouco mais de vivência. Caso eu fosse um garoto de 12 anos esse seria um dos melhores filmes que eu teria visto (rs), mas com não tenho 12 anos, a muitos anos inclusive, essas conveniências me soaram preguiçosas. Entretendo aqui cabe um comentário: algumas dessas facilitações me soaram mais como aquela velha consulta ao mestre, e aqui fica a piscadela a quem jogou RPG alguma vez na vida, pois ao mesmo tempo que algumas dessas facilitações podem ser sugeridas como preguiça dos roteiristas, podem também ser consideradas como referencias a natureza do jogo, onde os personagens tem informações que muitas vezes os jogadores não sabem que eles possuem, e só tem acesso a essas informações com a “rolagem” dos dados, um mecanismo natural dos RPGs para fazer a historia “anda para frente”. Em vários momentos eu senti que a ideia era dar essa impressão, a de que naquele momento, onde os personagens estavam sem caminho certo a seguir, eles juntaram as informações que possuíam e definiram o caminho... logo após uma rolagem de dados que revela tais informações. Se essa era ou não a intenção de seus realizadores eu não posso afirmar com certeza, afinal fico apenas com a impressão que o filme me passou, e é a que relatei.
Outra coisa que não me agradou foi a previsibilidade do roteiro, principalmente na conclusão, entretanto a sorte do filme é contara com bons atores, que entregam o que precisam entregar, fazendo com quê, mesmo quando os acontecimentos que prevemos chegam não ficam tão ruins quanto poderiam, caso os interpretes não fossem quem são.
Outro ponto negativo do filme, e esse não tem escapatoria ou contra argumento, é a falta da sensação de perigo que o filme, em momento algum, siquer se esforça pra por seus protagonistas. Chega a ser infantil o quanto o filme nem se preocupa em passar a sensação de que eles correm algum risco real. Tomando inclusive a decisão de, em certos momentos, incluir outros grupos de personagens, que surgem sem contexto, para sofrerem os destinos tragicos, para nos dar a falsa sensação de perigo, e falha miseravelmente em convencer o expectador, pois ja estamos convictos de que nada acontecerá com os protagonista, e se acontecer, será apenas como mulera dramatica para uma virada... que é exatamente o que acontece (o lance da previsibilidade anda de mãos dadas com essa persepsão de falta de perigo).
Assim D&D - Honra Entre Rebeldes, mesmo com seus problemas pontuais, é um ótimo filme pipoca, que garante diversão e uma real possibilidade de termos enfim uma boa franquia de filmes que explorem bem o mundo vasto e fantástico do material fonte.
NOTA: 8,0 / 10
The Last Of Us - 2023
NOTA: 9,0 / 10
O Balconista - Uma história de vida
Olá amigos fugitivos, sim, isso é um post meu e o blog não morreu e pensando em como o calvo do Musk vem tratando a plataforma que ele comprou, me arrisco a dizer que vem aí um renascimento dos blogs e newsletter, inclusive algo que casa com a nostalgia dos anos 2000 que está chegando, inclusive eu fiz um post puro suco de nostalgia 2000 (não foi MDM que fez primeiro e sim o Rota, chupa Hell), mas deixando de divagar vamos falar do que importa, o Balconista III, um livro que fecha com chave de ouro aquele sonho de menino que começou em 1994.
metalinguagem |
Pantera Negra - Wakanda Para Sempre (2022)
NOTA: 9,5 / 10
De Volta aos 15 me deu vontade de ter 15 anos novamente (Review)
Eu esperava muito mais de Noites Brutais (2022)
Eu realmente me interessei em assistir Noites Brutais por conta de todo o burburinho que a internet tem feito desse filme. Certamente o erro foi meu por confiar demais na "internet" essa entidade disgramada que é composta principalmente de pessoas chorando no twitter por tudo, comentários que são basicamente crimes contra a humanidade em portais de noticias clickbait, vídeos ensaios e vlogs de críticos de obras da cultura pop, dançinha em redes sociais de vídeo que estimulam a ansiedade, e mesacasts financiados por fintecs que adoram espalhar o ideário neo-liberal para adolescentes que não trabalham e moram com os pais até os 27 anos, e ficam em fóruns do 4chan pregando o anarcocapitalismo.
Então la fui eu ver Noites Brutais (Bararian, no original), filme de terror, que pasmem, tem notas altas, tanto da critica, quanto do publico. E aqui fica uma auto critica de leve: talvez eu não tenha entendido a do filme, ou não tenha comprado a ideia dele, e por conta disso não tenha gostado tanto quanto o restante das pessoas que o viram. O filme tem coisas boas, cria tensão de forma bastante eficiente em alguns momentos, em boa medida é tenebroso, mas quando deveria mostrar o porquê de seu titulo, deixa a desejar e derrapa feio naquilo que se propõe, principalmente no final, onde se torna uma galhofa completa e desconectada das melhores partes que o longa vinha apresentando... realmente havia potencial, mas este se perde completamente...
AJ (Justin Long) é um ator bonachão que vê sua carreira e vida pessoal ir pelo ralo após uma denuncia de estupro por parte de uma colega. Em determinado ponto um amigo de AJ o questiona se tem fundamento as acusações, mas é respondido por AJ que ele foi apenas "muito insistente", mas que o ato, de sua perspectiva, havia sido consensual (é sempre assim né). Então temos AJ logo em seguida descobrindo as passagens secretas que levam ao subsolo e... medindo a propriedade para ver se conseguiria algum valor a mais caso vendesse o recém adquirido imóvel, e aqui o filme brinca com uma questão ate interessante: de como algo que para as mulheres pode ser sinonimo de perigo real, para os homens é apenas tratado como algo que pode servir de benesse a eles. Mas calma, antes que você ache que isso é feito de uma forma interessante, fique tranquilo, nesse momento da projeção você já deve, ou estar torcendo pela morte do imbecil, pela burrice apresentada, ou entediado querendo ver alguma coisa que dê um mínimo de medo. O que acaba por não acontece, já que o máximo que acontece com AJ, é ser capturado pela "montra" e jogado numa cela onde reencontramos Tess... só para sermos levados a um flashback que serve apenas para desacelerar novamente a trama e dar uma contextualizada, mas de forma muito capenga, sobre a historia da casa, e que será revelada mais a frente no filme, e que vai estraga-lo completamente, mas calma vamos chegar lá, até porque, nesse flashback temos apenas um cara dando um rolé e agindo como um possível assassino serial, e aqui eu fiquei com uma forte impressão de que talvez o roteiro do filme traria uma outra explicação para a criatura, mas que por algum motivo não foi explorada, talvez pelo tempo que o longa levaria para explicar melhor a existência da "monstra", de qualquer forma a resolução é tenebrosa, mas não de um jeito bom, já chegaremos lá.
Voltando a AJ e Tess, e vemos a moça tentar acalmar um assustado rapaz que por pura histeria e confusão faz exatamente o contrario do que Tess aconselha, no caso tomar um leitinho materno talhado e nojento, o que desencadeia a fúria da Monstra, que tira AJ da jaula e o leva ao um outro quarto, dando a Tess a chance de escapar para pedir ajuda. Durante a fuga de Tess, AJ consegue se safar das garras da Monstra e chega a um quarto onde a própria criatura não ousa se aproximar. E ao explorar este quarto AJ se depara com a figura do homem que acompanhamos no flashback, envelhecido e deitado numa cama, com uma tv ligada no canal de vídeo e varias fitas cassetes nas estantes ao redor. Ao dar play na fita que estava para tocar, AJ descobre toda a verdade sobre aquele senhor e como imaginamos ele é uma espécie de serial killer, que ao ser confrontado por AJ, se mata. Enquanto isso Tess tenta alertar as autoridades policiais sobre uma pessoa correndo perigo de morte dentro daquela casa, entretanto em uma cena nada sutil os policiais apenas acham que ela é uma drogada qualquer e que está alucinando. Então a moça munida agora de muita raiva por ter sido chamada de louca, pega um carro e atropela a Monstra quando esta sai da casa em busca de Tess, acreditando ter matado a criatura Tess entra na casa em busca de ajudar AJ, apenas para levar um tiro deste imbecil que mesmo portando uma lanterna atira primeiro em Tess e pergunta depois quem é, serio a cena é ridícula e o filme poderia realmente ter acabado nesse show de burrice, mas calma que seus realizadores queriam mais.
Ao constatar que se tratava de Tess, AJ tenta ajudar a moça e leva-la para o hospital, entretanto os dois protagonistas constatam que o carro não está em possibilidade de uso, e que a Monstra sumiu do local onde Tess a havia atropelado, claro. Neste momento os dois são auxiliados pelo mendigo do bairro (Jaymes Butler), que ate já tinha aparecido em certa altura do filme gritando para Tess não entrar na casa, coisa que a moça àquela altura, obviamente faz, afinal quem vai dar ouvidos a uma pessoa toda suja, fedorenta e esfarrapada ne Tess... viu como é ruim estar do outro lado, otária. Enfim, de qualquer forma o mendigo amigo leva AJ e Tess para seu abrigo para que os três passem a noite la e pela manhã possam ir a um hospital, já que, segundo o mendigo, durante a noite a Montra sai para dar um passeio, mas tem medo do sol e pela manhã se recolhe na casa. E é aqui que a revelação mais IDIOTA, num filme já repleto de gente burra, é feita: o veio serial killer la, costumava sequestrar mulheres e teve filhas com as filhas de suas filhas... sim, soro do super soldado o cacete, incesto é a melhor forma de termos super força meus amigos... PUTAQUEPARIU!!! E se por um acaso você já esta achando isso uma merda, calma que a explicação do mendigo é GE-NI-AL: "ele arrastava mulheres para la, e começou a fazer filhos com elas, e filhos com seus filhos, e quando você faz uma copia de uma copia o que sai é aquilo lá".
Os dois sobem num silo e dai pra frente a galhofa vai de 0 a 100 muito rápido, AJ solta a arma antes de atirar, e no desespero joga Tess do topo do silo, o que obriga a Monstra a se jogar e salvar a moça caindo por baixo pra amortecer a queda desta, numa cena incrivelmente bizarra e mau feita... nessa hora eu já estava me questionando se barbaro não era a burrice dos personagens desse filme e de seus realizadores, ou se brutal era a minha paciência em acompanhar aquele filme ate o final... Então AJ desce o silo e vai implorar o perdão da Tess que esta recobrando a consciência, já que deve ser super compreensivo ser usada de sacrifício para um idiota poder escapar ileso ne, pois bem, a Monstra também não morreu e pega AJ, enfia os dedos nos seus olhos e abre a cabeça do idiota no meio, e nessa hora eu já vibrei.
Então para concluir o que ja tava ruim, a Monstra vai bem para pertinho de Tess, que ta toda escangotada no chão, e fica chamando a moça de "bebe". Tess pega a arma que AJ soltou ao ser morto, posiciona o cano no rosto da criatura e puxa o gatilho... sobem os créditos... e eu fiquei feliz do filme terminar, mas triste ao mesmo tempo, já que esse final poderia ter sido muito melhor se a arma não tivesse mais bala momento que Tess puxa o gatilho, ficando pra audiência a duvida do que teria acontecido, ate que apareceria uma cena pós créditos com a Monstra dando leite do peito para um cadáver da principal, ai sim seria foda...
"Mas Surfista, o filme tem varias analogias de como o mundo é oprecivo com as mulheres e como mesmo tentando ajudar os homens as mulheres sempre acabam se ferindo injustamente". Isso é uma afirmação verdadeira, entretanto no filme é tanta gente burra, fazendo coisas de gente burra que eu ja tava era torcendo pra todo mundo morrer logo pro filme acabar.
Ei ei , mas vocês sabiam que "Barbarian" é escrito com as mesmas letras de "Airbnb"?
E é isso, desinteressante e com um gore de filme de terror de shopping center, atuações até razoáveis, mas com personagens burros ao extremo, com roteiro que começa bem mas degringola para uma galhofada sem igual, e uma explicação de origem pra criatura tão absurda que a gente tem vontade de parar o filme faltando 13 minutos pro termino, Noites Brutais tinha uma ótima oportunidade pra comunicar através do terror a ideia dos seus realizadores, sobre a opressão que o mundo masculino joga nas costas das mulheres, entretanto o filme derrapa feio nos minutos finais, sem contar as insistentes brecadas de ritmo, parecendo sempre tentar acalmar a audiência quando a coisa parecia que ia engrenar. Falta gore, falta realismo nas atitudes dos personagens, falta uma conclusão melhor, falta uma explicação no mínimo pensada para a origem da criatura... sobra desinteresse e sono, em um filme que de bárbaro só tem a burrice de seus personagens e de brutal a paciência que a audiência precisa ter para não desistir de continuar vendo quando se percebe que nada de muito interessante vai sair dali.
Vale a pena assistir O Enfermeiro da Noite? (Com spoiler, mas poxa, é um caso real, vc já sabe o que acontece nessa história)
Olar, galera!
Estou aqui novamente, esse site nunca viu tanta periodicidade vinda de mim eu estou até orgulhosa.
Essa semana eu estou aqui pra falar
sobre uma das novidades do Netflix, o filme “O Enfermeiro da Noite”(The Good Nurse), baseado na história real do assassino
em série Charles Cullen, também conhecido como “Anjo da Morte”. Basicamente
Charles se aproveitava da sua condição de enfermeiro nos hospitais onde trabalhou,
para injetar medicamentos em doses nocivas nos pacientes da UTI e eles vinham a
óbito. Quando você assiste o filme conhecendo a história real, não tem muita
coisa que consiga te prender no filme, a não ser que a produção seja muito boa
e as cenas te levem pra um lugar emocionante durante os acontecimentos, mas não
é o caso de “Enfermeiro da Noite” da Netflix. As cenas são bem básicas e até pra quem não
conhece a história, tudo é construído de forma que seja bem previsível.
O papel de Charles é feito pelo
Eddie Redmayne (Lembra dele da série de filmes Animais Fantásticos? Ele também
fez A Garota Dinamarquesa, e a Teoria de Tudo), que pra mim foi uma escolha
muito boa pro papel pois Eddie tem a aparência física bem similar a de Charles,
além de ser um mega ator. Charles divide o protagonismo do filme com Amy Loughren,
interpretada por Jessica Chastain (Histórias Cruzadas, Interestelar e outros
filmes muito bons), que é sua parceira no dia a dia de trabalho no hospital, juntos
eles atuam no turno da noite na UTI do Hospital. A escolha desses dois atores foi
o que mais me chamou atenção e me motivou a ver o filme, mas no final, fiquei
sentindo que caí numa armadilha, a produção não tem nada de interessante e
quando colocamos a história real comparada ao filme, houve muita coisa que foi
cortada que poderia trazer um “algo a mais” pro filme, então, acho que a
Netflix tentou surfar no finzinho de toda hype de “Dhammer – Um Canibal
Americano” que também conta a história de um assassino em série e foi uma
grande sucesso.
Pra não dizer que foi um total
desperdício, digamos que o filme escancara o que nós já sabemos (e sempre
fazemos memes inclusive): O sistema de saúde americano é caro e só sobrevive
quem tem dinheiro mesmo.
Outra reflexão que fica muito forte no filme é que a gente não pode botar a mão no fogo por todo mundo, por mais que a gente acredite conhecer bem, nem baseado na sua profissão, pois como um cara que escolhe trabalhar cuidando de pessoas doentes, uma profissão que exige muita dedicação, tanto física quanto psicológica, pode ser capaz de colocar a vida de seus pacientes em risco? É possível, afinal, assassinos são assassinos.
Se bem que a gente conhece muita enfermeira que posta foto com jaleco toda bela com legenda "Enfermagem por amor" mas quando a gente chega passando mal no postinho ela te atende com essa cara aqui:
Charles não foi o único a ter essa ideia, aqui no Brasil, no Rio de Janeiro, temos um caso parecidíssimo. Edson Izidoro
Guimarães era assistente de enfermeiro e atuava da mesma forma no Hospital
Salgado Filho (Méier) e eu não vou entrar em muitos detalhes sobre esse caso
pra não me prolongar, mas vou recomendar um dos episódio do Podcast Café com
Crime, chamado O Enfermeiro da Morte, vale a pena conferir.
Então galera, aprendemos que:
- Nem todo filme com atores bons serão bons também
- Valorizem e defendam o SUS
- Não acredite em todo mundo, por mais bonzinho que te pareça
Afinal, vale a pena assistir O Enfermeiro da Noite?
Minha resposta é SIM, VALE A
PENA, mas seria legal conferir outros conteúdos para se aprofundar na história,
como por exemplo, o documentário “Em Busca do Enfermeiro da Noite” que também
está no Netflix, tem duração de 1 hora e 30 minutos, e te dá bastante
informação sobreo caso, se você for interessado em true crime quanto eu , vai
achar legal saber os pormenores dos acontecimentos.