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    Planeta Vênus Podcast Ciclo #18 - Mais desmaios, adolescentes fazendo merd* e Revelações

    en-usAugust 12, 2021
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     Fala Terráqueo! Vc está pronto pra essa nova missão? Nesse episódio tocamos no assunto doloroso sobre ser (ou não cringe) e contamos as histórias enviadas pra gente. Deixa nas nossas redes sociais a sua opinião sobre os causos, por favorzinho?


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    Dungeons & Dragons - Honra Entre Rebeldes (2023)

    Dungeons & Dragons - Honra Entre Rebeldes (2023)

    Fala fugitivos tudo certo com vocês?

    É inegável que graças a Stranger Things jogar RPG de mesa se tornou cool entre os jovens, afinal de contas foi através da serie, referenciando criaturas do mundo fantástico de D&D, para denominar os perigos enfrentados por Onze e sua turma, que muitas pessoas tiveram interesse em saber mais sobre essa sub cultura do famigerado "mundo nerd", que é tão interessante e divertida aparentemente. Afinal na citada serie temos ate a exposição de partidas com lances rápidos e jogos de câmera que fazem essas jogatinas parecerem tão intensas e cheias de acontecimentos incríveis, deixando o "publico civil" (o pessoal que não está inserido na cultura nerd) interessados em saber do que se trata, afinal, esse negocio de RPG.

    Não é de se surpreender que alguma produção visse nesse interesse inflamando uma oportunidade de ganhar dinheiro (é claro). Assim nos temos em 2023 uma nova tentativa de emplacar uma franquia tendo como foco os personagens e estereótipos do jogo de interpretações D&D (Dungeons e Dragons), onde uma trupe de aventureiros tem a tarefa de derrotar os perigos de uma terra fantástica em busca de muitos tesouros.

    E nesta terceira tentativa de levar D&D para as telefonas temos um ótimo resultado, se comparado com aquilo que se tentou anteriormente. Talvez graças as influencias dos filmes da Marvel (principalmente Guardiões da Galaxia), temos aqui uma produção com um bom elenco, e com uma historia simples, direta, mas bem divertida em um mundo rico, em cores, criaturas, cenários e principalmente possibilidades de historias a serem contadas, e por mais que nesse filme propriamente dito a historia seja mais simples ele abre a possibilidade de termos um emaranhado de outras historias, inclusive a de um certo grupo de jovens presos nesse mundo fantástico tentando voltar para casa ao seguirem as missões de um certo Mestre dos Magos para tal. 

    Eu mesmo nunca joguei D&D, mas desde os 15 jogo RPG de mesa. Em minha adolescência criávamos sistemas próprios e usávamos fichas adaptadas de Vampiro a Mascara, passei anos inventando historias para jogar com os amigos nas partidas onde usávamos desenhos, dados de 6 lados e muita imaginação, e ter visto nesse filme vários elementos de qualquer partida de RPG foi muito agradável. Acredito que qualquer jogador de RPG irá reconhecer vários elementos, não só do próprio D&D mas de outros RPGs de mesa.

    O que eu mais curti nesse filme foram as coreografias de luta que são muito bem feitas, ágeis e quase sem planos fechados e cortes rápidos, recurso usado para disfarçar a inabilidade dos executores dessas coreografias, algo comum no cinema de ação e criticado fortemente nos filmes de John Wick. Inclusive aqui vale um parêntese: (As coreografias de luta deste filme parecem corresponder ao agrado do publico com sequencias de enfrentamento em planos mais abertos e coreografias mais bem executadas que dão uma impressão acertada de realismo físico, claro que dentro da proposta daquele mundo, que nos deixam empolgados e querendo rever tais cenas. O que me parece já um efeito John Wick nas produções mais atuais, o que é muito bem vindo já que ninguém aguenta mais cenas de lutas com 300 cortes).

    Outra coisa que me agradou foi o uso de efeitos práticos para dar vida as varias criaturas do mundo de D&D e dos RPGs de mundos fantásticos, como homens-passaros, homens-gatos, draconianos, orcs e etc... são todos muito bem feitos. So senti falta dessas criaturas figurando o grupo principal de heróis, seria muito interessante ver um draconiano ou um orc interagindo em um grupo contendo uma druida e uma barbara, torço para que, quem sabe, em um próximo filme termos outros personagens de raças variadas participando como agentes da aventura e não apenas como figurantes ou inimigos. E aqui cabe também apontar a ótima oportunidade de se fazer varios filmes, com grupos diferentes, em historias diferentes, explorando ao maximo tudo que D&D tem a oferecer como possibilidade de historias a serem contadas, sem a necessidade de ficarmos presos a um unico grupo de aventureiros.

    Mas nem tudo são flores, e apesar do filme ser bom, algumas conveniências de roteiro que forçam a historia para frente, me fizeram “torcer meu nariz”, e podem ser vistas como facilitações por quem tem um pouco mais de vivência. Caso eu fosse um garoto de 12 anos esse seria um dos melhores filmes que eu teria visto (rs), mas com não tenho 12 anos, a muitos anos inclusive, essas conveniências me soaram preguiçosas. Entretendo aqui cabe um comentário: algumas dessas facilitações me soaram mais como aquela velha consulta ao mestre, e aqui fica a piscadela a quem jogou RPG alguma vez na vida, pois ao mesmo tempo que algumas dessas facilitações podem ser sugeridas como preguiça dos roteiristas, podem também ser consideradas como referencias a natureza do jogo, onde os personagens tem informações que muitas vezes os jogadores não sabem que eles possuem, e só tem acesso a essas informações com a rolagem dos dados, um mecanismo natural dos RPGs para fazer a historia anda para frente”. Em vários momentos eu senti que a ideia era dar essa impressão, a de que naquele momento, onde os personagens estavam sem caminho certo a seguir, eles juntaram as informações que possuíam e definiram o caminho... logo após uma rolagem de dados que revela tais informações. Se essa era ou não a intenção de seus realizadores eu não posso afirmar com certeza, afinal fico apenas com a impressão que o filme me passou, e é a que relatei.

    Outra coisa que não me agradou foi a previsibilidade do roteiro, principalmente na conclusão, entretanto a sorte do filme é contara com bons atores, que entregam o que precisam entregar, fazendo com quê, mesmo quando os acontecimentos que prevemos chegam não ficam tão ruins quanto poderiam, caso os interpretes não fossem quem são. 

    Outro ponto negativo do filme, e esse não tem escapatoria ou contra argumento, é a falta da sensação de perigo que o filme, em momento algum, siquer se esforça pra por seus protagonistas. Chega a ser infantil o quanto o filme nem se preocupa em passar a sensação de que eles correm algum risco real. Tomando inclusive a decisão de, em certos momentos, incluir outros grupos de personagens, que surgem sem contexto, para sofrerem os destinos tragicos, para nos dar a falsa sensação de perigo, e falha miseravelmente em convencer o expectador, pois ja estamos convictos de que nada acontecerá com os protagonista, e se acontecer, será apenas como mulera dramatica para uma virada... que é exatamente o que acontece (o lance da previsibilidade anda de mãos dadas com essa persepsão de falta de perigo). 

    Assim D&D - Honra Entre Rebeldes, mesmo com seus problemas pontuais, é um ótimo filme pipoca, que garante diversão e uma real possibilidade de termos enfim uma boa franquia de filmes que explorem bem o mundo vasto e fantástico do material fonte.

    NOTA: 8,0 / 10 

    E é isso ai, até semana que vem.

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    Bastidor:
    Não tem nada a dizer sobre a feitura dessa resenha, sendo assim vou fazer propaganda do jogo de tabuleiro que criei, e que tem forte inspiração nos RPGs de mesa que jogava na adolescência.
    CLICA AQUI PRA BAIXAR O MANUAL que já esta configurado para ser impresso em folha A4 e boa diversão.

    Post escrito por Surfista Aluminado







    Portal Rota de Fuga
    en-usApril 16, 2023

    The Last Of Us - 2023

    The Last Of Us - 2023

    Fala fugitivos, tudo bom com todos vocês? Eu espero que sim. 

    A primeira temporada de The Last off Us acabou, e acredito que todos devem ter curtido a serie. 
    Eu não sou diferente, achei a serie muito boa, e o seu final foi otimo. 
    E é sobre esse final que gostaria de falar. É realmente poderosa e cheia de significado a cena onde Ellie diz seu "ok" e a serie se encerra. E muito competente funcionando como, ao mesmo tempo encerramento e gancho pra proxima temporada, assim deixando o espectador livre para escolher se irá ou não continuar acompanhando a historia dos dois protagonistas naquele mundo, e isso eu achei muito respeitoso com a audiencia. É um saco quando a serie faz um gancho homerico pra prender o espectador, muitas vezes cortando a ação no climax apenas para retornar na proxima temporada e nos deixar com uma sensação de enganação, ja que em 100% dos casos o climax é resolvido, como se nada fosse realmente urgente, como parecia nos minutos finais da temporada anterior.


    The Last Of Us não faz isso, ele encerra sua historia da primeira temporada deixando que os acontecimentos possam ou não influenciar numa vindoura temporada, e encerrando a historia de estrada daqueles dois personagens, afinal a histoira que ela queria contar nessa temporada foi concluida com exito, e apesar de ja ter sido confirmada uma segunda temporada, gera no espectador uma vontade de ver o que virá, não porque a serie parou no meio da ação, mas sim pela forma como ela se encerra dramaticamente. Passe o tempo que passar a verdade sempre aparece no fim das contas, e nos deixar curiosos pra sabermos quando essa verdade irá se revelar, e como ela impactará na relação de Ellie e Joel, uma relação inclusive construida a durissimas penas, diga-se de passagem, é muito mais efetivo em despertar no espectador a vontade de seguir para a proxima temporada.


    Um outro ponto em que a serie acerta é na exposição da escolha de Joel em salvar Ellie, mesmo este sabendo que se dependesse dela, a escolha seria certamente se sacrificar pelo bem comum da humanidade, entretanto Joel não suportaria perder aquilo que ele havia acabado de recuperar e que ele pensou em jamais ter novamente: a paternidade.
    Sim Joel recuperou a necessidade irracional e instintiva de criar e cuidar de um outro ser humano, em um projeto longo e penoso, principalmente em um mundo pos apocalipse, para que esse outro carregue e passe adiante os valores e visão de mundo, mas sem garantia alguma de que isso se contretizará.
    E no fim a escolha entre toda a humanidade e Ellie nunca existiu para Joel, haja vista, fica claro que em nenhum segundo siquer ele titubiou em por ela acima de toda a humanidade.
    Não consigo dizer se a escolha de Joel é ou não correta, pois como pai, não posso afirmar que não teria feito o mesmo.

    The Last of Us tem sua primeira temporada completa no HBO Max e apesar de ter visto ela em formato episodico (de um por semana) a serie é otima para maratonar, mas cuidado você pode acabar saindo destruido dela, entretanto vale muito a pena pelas reflexões poderosas as quais a serie propõe.

    NOTA: 9,0 / 10 

    E é isso ai, até semana que vem.

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    Bastidor:
    Eu comecei a fazer essa resenha quando vi o primeiro episodio da serie, e pretendia escrever um post por episódio, entretanto o tempo não foi generoso comigo e acabei não conseguindo lograr exito em minhas pretenções... como sempre.

    Post escrito por Surfista Aluminado









    Portal Rota de Fuga
    en-usApril 15, 2023

    O Balconista - Uma história de vida

    O Balconista - Uma história de vida

     Olá amigos fugitivos, sim, isso é um post meu e o blog não morreu e pensando em como o calvo do Musk vem tratando a plataforma que ele comprou, me arrisco a dizer que vem aí um renascimento dos blogs e newsletter, inclusive algo que casa com a nostalgia dos anos 2000 que está chegando, inclusive eu fiz um post puro suco de nostalgia 2000 (não foi MDM que fez primeiro e sim o Rota, chupa Hell), mas deixando de divagar vamos falar do que importa, o Balconista III, um livro que fecha com chave de ouro aquele sonho de menino que começou em 1994.


    metalinguagem


    Portal Rota de Fuga
    en-usApril 11, 2023

    Pantera Negra - Wakanda Para Sempre (2022)

    Pantera Negra - Wakanda Para Sempre (2022)


    É realmente um feito que Wakanda Forever seja um filme tão bom. Tendo passado pelos "contratempos" que o filme teve, e isso envolve o insistente posicionamento da sua protagonista em, dirante uma pandemia (a do covid19), se mostrar uma antivacina das mais salafrarias, o que pode ter tornado o ambiente de filmagens no minimo complicado, mas aqui ja estou conjecturando. Entretanto posso dizer que para mim esse fato tornou a apreciação do filme um tanto amarga principalmente no começo. Foi bem dificil esquecer dessa presepada da atris, o que fez com que meu esforço pra apreciar o filme de peito aberto fosse maior. Entretanto depois de respiradas profundas e entortadas de cara, toda vez que a personagem aparecia, e um esforço pra esquecer as besteiras que ela tinha feito, consegui abster bastante do que sabia sobre a mesma e me entreguei a trama, e aqui fica um elogio à interprete da Shuri (que não citarei nominalmente em momento algum desta resenha), pois esta não fosse tão boa atriz é de certo que eu não teria conseguido relevar suas presepadas. Assim pude apreciar o filme por aquilo que estava acontecendo dentro da trama, sem interferencia de minha ideologia quanto ao posicionamento antivacina da atriz, o que me levou a amar o filme. É bem provavel que para o grande publico, que desconhece os posicionamentos da desgraçada da atriz, o filme seja ainda melhor, sem essa interferencia da realidade.



    Um outro fato que torna o segundo filme do Pantera Negra um feito, e que não deve ser considerado como "contra tempo", haja vista este fato ser determinante, não so para a trama do filme, como para a relação que o espectador terá com a obra, é a morte do ator que interpretava o personagem principal desta que seria a franquia com a cara de Chadwick Boseman. Uma tristeza que o filme explora, mas não a exaustão, o que me agradou, pois, um pouco mais exagerada essa homenagem e poderia ter ficado de mau gosto, uma exploração excessiva sobre a perda de um talentoso trabalhador, pra gerar lucro sobre a dor. É bom que a Marvel não tenha enveredado por esse caminho, poupando a imagem do ator até o fechamento do longa, que ja começa com o desespero da nova protagonista, Shuri, tentando encontrar alguma cura para a doença terminal do irmão. Busca esta que fracaça e na cena seguinte temos o enterro do rei de Wakanda, o que faz com que a Rainha Ramonda (Angela Basset) assuma o trono, e jogue Shuri em uma tristesa e revolta que a fazem questionar qual seu papel como princesa daquele reino.



    A partir da aceitação da Rainha sobre a morte do filho, a relação entre mãe e filha é explorada, neste filme assim como a relação de pai e filho era mote do primeiro, e com isso podemos abrir varios paralelos entre o primeiro e o segundo filme, onde o tema de legado, quebra da tradição, aceitação da perda, e de como os personagens vão lidar com os desafios de seus tempos, move a trama e exige dos personagens atitudes nem sempre nobres mas necessarias no contexto onde essas atitudes devem ser tomadas. Particularmente eu gostei bastante de como esse filme é feminino, sem ser forçador de barra. Temos a presença majoritariamente de mulheres em cena, são elas que movimentam a trama, os conflitos e as intrigas politicas, sem contar na ação e na pancadaria, seja nas cenas com as dora milage, representadas principalmente na figura de Okoye (Danai Gurira), seja na furtividade e habilidade de Nakia (Lupita Nyong'o, que pelo amor de deus como está linda nesse filme), ou na brutalidade da batalha final em que Shuri, trajando o uniforme de Pantera Negra, não mede a força dos golpes e demonstra real empenho em matar seu adiversario, Namor (Tenoch Huerta). É também atravez da morte de mulheres onde o conflito entre as nações de Talokan e Wakanda, ganham implicações mais impactantes, conflito este que até então eram apenas bravata diplomatica.



    Um filme de heroina negra que nao pode se vender como tal por conta do posicionamento politico, bastante mau carater, da interprete principal. Uma pena que um marco como tal não tenha podido ser promovido da forma que deveria. Por outro lado a promoção se focar como um filme de Wakanda e não so de um super heroi especifico, dá ao espectador a possibilidade de interpretá-lo pelo que é, e por aquilo que acontece na projeção, e não se fiar por algum material promocional. È uma experiencia agradavel a de ver um filme sem interferencia ou norte plantado por materiais promocionais.
    Um filme de sentimentos e legados, de dialogos afiados, de ação crua e brutal. Um filme lindo e cheio de personalidade. Wakanda Para Sempre é um otimo filme e agora está em meu top 3 filmes da marvel e em meu top 2 filmes de super herois. 



    NOTA: 9,5 / 10 

    E é isso ai, até semana que vem.

    Mande um e-mail para gente no: portalrotadefuga@gmail.com

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    COALIZAÇÃO


    Bastidor:
    Eu comecei a fazer essa resenha quando vi o filme pela primeira vez, em novembro de 2022, entretanto não tive tempo de conclui-la, o que deu tempo do filme sai no Disney Plus, assim eu pude refrescar a a memoria e confirmar minhas impressões sobre ele.

    Post escrito por Surfista Aluminado


    Portal Rota de Fuga
    en-usFebruary 05, 2023

    Eu esperava muito mais de Noites Brutais (2022)

    Eu esperava muito mais de Noites Brutais (2022)

    Eu realmente me interessei em assistir Noites Brutais por conta de todo o burburinho que a internet tem feito desse filme. Certamente o erro foi meu por confiar demais na "internet" essa entidade disgramada que é composta principalmente de pessoas chorando no twitter por tudo, comentários que são basicamente crimes contra a humanidade em portais de noticias clickbait, vídeos ensaios e vlogs de críticos de obras da cultura pop, dançinha em redes sociais de vídeo que estimulam a ansiedade, e mesacasts financiados por fintecs que adoram espalhar o ideário neo-liberal para adolescentes que não trabalham e moram com os pais até os 27 anos, e ficam em fóruns do 4chan pregando o anarcocapitalismo.

    Então la fui eu ver Noites Brutais (Bararian, no original), filme de terror, que pasmem, tem notas altas, tanto da critica, quanto do publico. E aqui fica uma auto critica de leve: talvez eu não tenha entendido a do filme, ou não tenha comprado a ideia dele, e por conta disso não tenha gostado tanto quanto o restante das pessoas que o viram. O filme tem coisas boas, cria tensão de forma bastante eficiente em alguns momentos, em boa medida é tenebroso, mas quando deveria mostrar o porquê de seu titulo, deixa a desejar e derrapa feio naquilo que se propõe, principalmente no final, onde se torna uma galhofa completa e desconectada das melhores partes que o longa vinha apresentando... realmente havia potencial, mas este se perde completamente...


    Ao alugar uma casa no airbnb na cidade de Detroit, uma moça descobre, ao chegar no local, debaixo de uma chuva torrencial, que por um erro da administração do imóvel, a casa também foi alugada, e encontra-se ocupada, por um homem (Bill Skarsgard). Assim uma confusa e desconfiada Tess Marshall (Georgina Campbell), é convencida, com certa relutância, a dividir a estadia daquela noite com aquele cara gente fina, mas misterioso e passivo agressivo em certa medida. A noite corre tranquilamente, mas é no dia seguinte que a coisa começa a ficar mais tenebrosa quando, após a entrevista de emprego que motivou a ida de Tess a cidade, ela acha no porão da casa, uma passagem secreta que dá para um corredor, onde tem um quarto com colchão mofado e uma câmera, fora as marcas de violência na parede. Parece que algo de muito ruim acontecia naquele lugar, mas impulsionada pela curiosidade Tess continua investigando o local, ate que Kiff (Skarsgard) retorna de seu compromisso e a retira de lá. E ignorando completamente as suplicas para irem embora de Tess, Kiff desce ate o porão e acha mais uma passagem secreta que desce ainda mais para o subsolo da propriedade, e aqui o filme até que é competente em nos fazer desconfiar que tudo pode ser um plano do rapaz para levar Tess para uma armadilha, pois a moça, genuinamente interessada em ajudar o rapaz, que se perde nos corredores do subsolo, vai ao seu encontro para ajuda-lo, eis que quando esperamos uma revelação do moço, a de quê na verdade ele é mesmo o grande vilão do filme, somos surpreendidos pela criatura infernal que ataca e mata Kiff esmigalhando sua cabeça contra a parede e no momento em que ela se volta para Tess... o filme nos leva para um outro lugar, e para um outro personagem, é uma quebra curiosa, que me deixou especulando se o filme seria isso de vários protagonistas interagindo com aquela casa aparentemente amaldiçoada... mas não, o filme piora dai para frente, e dá uma desacelerada para dai  no terceiro ato retomar a velocidade novamente e estancar, sem nunca nos mostrar o "barbarismo" to titulo original, nem muito menos as "noites brutais" do titulo em português.

    AJ (Justin Long) é um ator bonachão que vê sua carreira e vida pessoal ir pelo ralo após uma denuncia de estupro por parte de uma colega. Em determinado ponto um amigo de AJ o questiona se tem fundamento as acusações, mas é respondido por AJ que ele foi apenas "muito insistente", mas que o ato, de sua perspectiva, havia sido consensual (é sempre assim né). Então temos AJ logo em seguida descobrindo as passagens secretas que levam ao subsolo e... medindo a propriedade para ver se conseguiria algum valor a mais caso vendesse o recém adquirido imóvel, e aqui o filme brinca com uma questão ate interessante: de como algo que para as mulheres pode ser sinonimo de perigo real, para os homens é apenas tratado como algo que pode servir de benesse a eles. Mas calma, antes que você ache que isso é feito de uma forma interessante, fique tranquilo, nesse momento da projeção você já deve, ou estar torcendo pela morte do imbecil, pela burrice apresentada, ou entediado querendo ver alguma coisa que dê um mínimo de medo. O que acaba por não acontece, já que o máximo que acontece com AJ, é ser capturado pela "montra" e jogado numa cela onde reencontramos Tess... só para sermos levados a um flashback que serve apenas para desacelerar novamente a trama e dar uma contextualizada, mas de forma muito capenga, sobre a historia da casa, e que será revelada mais a frente no filme, e que vai estraga-lo completamente, mas calma vamos chegar lá, até porque, nesse flashback temos apenas um cara dando um rolé e agindo como um possível assassino serial, e aqui eu fiquei com uma forte impressão de que talvez o roteiro do filme traria uma outra explicação para a criatura, mas que por algum motivo não foi explorada, talvez pelo tempo que o longa levaria para explicar melhor a existência da "monstra", de qualquer forma a resolução é tenebrosa, mas não de um jeito bom, já chegaremos lá.

    Voltando a AJ e Tess, e vemos a moça tentar acalmar um assustado rapaz que por pura histeria e confusão faz exatamente o contrario do que Tess aconselha, no caso tomar um leitinho materno talhado e nojento, o que desencadeia a fúria da Monstra, que tira AJ da jaula e o leva ao um outro quarto, dando a Tess a chance de escapar para pedir ajuda. Durante a fuga de Tess, AJ consegue se safar das garras da Monstra e chega a um quarto onde a própria criatura não ousa se aproximar. E ao explorar este quarto AJ se depara com a figura do homem que acompanhamos no flashback, envelhecido e deitado numa cama, com uma tv ligada no canal de vídeo e varias fitas cassetes nas estantes ao redor. Ao dar play na fita que estava para tocar, AJ descobre toda a verdade sobre aquele senhor e como imaginamos ele é uma espécie de serial killer, que ao ser confrontado por AJ, se mata. Enquanto isso Tess tenta alertar as autoridades policiais sobre uma pessoa correndo perigo de morte dentro daquela casa, entretanto em uma cena nada sutil os policiais apenas acham que ela é uma drogada qualquer e que está alucinando. Então a moça munida agora de muita raiva por ter sido chamada de louca, pega um carro e atropela a Monstra quando esta sai da casa em busca de Tess, acreditando ter matado a criatura Tess entra na casa em busca de ajudar AJ, apenas para levar um tiro deste imbecil que mesmo portando uma lanterna atira primeiro em Tess e pergunta depois quem é, serio a cena é ridícula e o filme poderia realmente ter acabado nesse show de burrice, mas calma que seus realizadores queriam mais.

    Ao constatar que se tratava de Tess, AJ tenta ajudar a moça e leva-la para o hospital, entretanto os dois protagonistas constatam que o carro não está em possibilidade de uso, e que a Monstra sumiu do local onde Tess a havia atropelado, claro. Neste momento os dois são auxiliados pelo mendigo do bairro (Jaymes Butler), que ate já tinha aparecido em certa altura do filme gritando para Tess não entrar na casa, coisa que a moça àquela altura, obviamente faz, afinal quem vai dar ouvidos a uma pessoa toda suja, fedorenta e esfarrapada ne Tess... viu como é ruim estar do outro lado, otária. Enfim, de qualquer forma o mendigo amigo leva AJ e Tess para seu abrigo para que os três passem a noite la e pela manhã possam ir a um hospital, já que, segundo o mendigo, durante a noite a Montra sai para dar um passeio, mas tem medo do sol e pela manhã se recolhe na casa. E é aqui que a revelação mais IDIOTA, num filme já repleto de gente burra, é feita: o veio serial killer la, costumava sequestrar mulheres e teve filhas com as filhas de suas filhas... sim, soro do super soldado o cacete, incesto é a melhor forma de termos super força meus amigos... PUTAQUEPARIU!!! E se por um acaso você já esta achando isso uma merda, calma que a explicação do mendigo é GE-NI-AL: "ele arrastava mulheres para la, e começou a fazer filhos com elas, e filhos com seus filhos, e quando você faz uma copia de uma copia o que sai é aquilo lá".



    E quando o mendigo diz que a Monstra nunca entraria naquele esconderijo, o que acontece? Sim, obviamente que ela entra quebrando parede e os caralhos, arranca o braço do mendigo amigo e o surra com seu proprio braço, dando inicio a uma perseguição a Tess e AJ, que apesar de estar armado é um completo idiota e fica carregando Tess e a arma pra cima e pra baixo.

    Os dois sobem num silo e dai pra frente a galhofa vai de 0 a 100 muito rápido, AJ solta a arma antes de atirar, e no desespero joga Tess do topo do silo, o que obriga a Monstra a se jogar e salvar a moça caindo por baixo pra amortecer a queda desta, numa cena incrivelmente bizarra e mau feita... nessa hora eu já estava me questionando se barbaro não era a burrice dos personagens desse filme e de seus realizadores, ou se brutal era a minha paciência em acompanhar aquele filme ate o final... Então AJ desce o silo e vai implorar o perdão da Tess que esta recobrando a consciência, já que deve ser super compreensivo ser usada de sacrifício para um idiota poder escapar ileso ne, pois bem, a Monstra também não morreu e pega AJ, enfia os dedos nos seus olhos e abre a cabeça do idiota no meio, e nessa hora eu já vibrei.


    Então para concluir o que ja tava ruim, a Monstra vai bem para pertinho de Tess, que ta toda escangotada no chão, e fica chamando a moça de "bebe". Tess pega a arma que AJ soltou ao ser morto, posiciona o cano no rosto da criatura e puxa o gatilho... sobem os créditos... e eu fiquei feliz do filme terminar, mas triste ao mesmo tempo, já que esse final poderia ter sido muito melhor se a arma não tivesse mais bala momento que Tess puxa o gatilho, ficando pra audiência a duvida do que teria acontecido, ate que apareceria uma cena pós créditos com a Monstra dando leite do peito para um cadáver da principal, ai sim seria foda...

    "Mas Surfista, o filme tem varias analogias de como o mundo é oprecivo com as mulheres e como mesmo tentando ajudar os homens as mulheres sempre acabam se ferindo injustamente". Isso é uma afirmação verdadeira, entretanto no filme é tanta gente burra, fazendo coisas de gente burra que eu ja tava era torcendo pra todo mundo morrer logo pro filme acabar.

    Ei ei , mas vocês sabiam que "Barbarian" é escrito com as mesmas letras de "Airbnb"?


    E é isso, desinteressante e com um gore de filme de terror de shopping center, atuações até razoáveis, mas com personagens burros ao extremo, com roteiro que começa bem mas degringola para uma galhofada sem igual, e uma explicação de origem pra criatura tão absurda que a gente tem vontade de parar o filme faltando 13 minutos pro termino, Noites Brutais tinha uma ótima oportunidade pra comunicar através do terror a ideia dos seus realizadores, sobre a opressão que o mundo masculino joga nas costas das mulheres, entretanto o filme derrapa feio nos minutos finais, sem contar as insistentes brecadas de ritmo, parecendo sempre tentar acalmar a audiência quando a coisa parecia que ia engrenar. Falta gore, falta realismo nas atitudes dos personagens, falta uma conclusão melhor, falta uma explicação no mínimo pensada para a origem da criatura... sobra desinteresse e sono, em um filme que de bárbaro só tem a burrice de seus personagens e de brutal a paciência que a audiência precisa ter para não desistir de continuar vendo quando se percebe que nada de muito interessante vai sair dali.


    NOTA: 4,0 / 10 







    Portal Rota de Fuga
    en-usNovember 15, 2022

    Vale a pena assistir O Enfermeiro da Noite? (Com spoiler, mas poxa, é um caso real, vc já sabe o que acontece nessa história)

    Vale a pena assistir O Enfermeiro da Noite? (Com spoiler, mas poxa, é um caso real, vc já sabe o que acontece nessa história)

     Olar, galera!

    Estou aqui novamente, esse site nunca viu tanta periodicidade vinda de mim eu estou até orgulhosa.

    Essa semana eu estou aqui pra falar sobre uma das novidades do Netflix, o filme “O Enfermeiro da Noite”(The Good Nurse), baseado na história real do assassino em série Charles Cullen, também conhecido como “Anjo da Morte”. Basicamente Charles se aproveitava da sua condição de enfermeiro nos hospitais onde trabalhou, para injetar medicamentos em doses nocivas nos pacientes da UTI e eles vinham a óbito. Quando você assiste o filme conhecendo a história real, não tem muita coisa que consiga te prender no filme, a não ser que a produção seja muito boa e as cenas te levem pra um lugar emocionante durante os acontecimentos, mas não é o caso de “Enfermeiro da Noite” da Netflix.  As cenas são bem básicas e até pra quem não conhece a história, tudo é construído de forma que seja bem previsível.

    O papel de Charles é feito pelo Eddie Redmayne (Lembra dele da série de filmes Animais Fantásticos? Ele também fez A Garota Dinamarquesa, e a Teoria de Tudo), que pra mim foi uma escolha muito boa pro papel pois Eddie tem a aparência física bem similar a de Charles, além de ser um mega ator. Charles divide o protagonismo do filme com Amy Loughren, interpretada por Jessica Chastain (Histórias Cruzadas, Interestelar e outros filmes muito bons), que é sua parceira no dia a dia de trabalho no hospital, juntos eles atuam no turno da noite na UTI do Hospital. A escolha desses dois atores foi o que mais me chamou atenção e me motivou a ver o filme, mas no final, fiquei sentindo que caí numa armadilha, a produção não tem nada de interessante e quando colocamos a história real comparada ao filme, houve muita coisa que foi cortada que poderia trazer um “algo a mais” pro filme, então, acho que a Netflix tentou surfar no finzinho de toda hype de “Dhammer – Um Canibal Americano” que também conta a história de um assassino em série e foi uma grande sucesso.

    Pra não dizer que foi um total desperdício, digamos que o filme escancara o que nós já sabemos (e sempre fazemos memes inclusive): O sistema de saúde americano é caro e só sobrevive quem tem dinheiro mesmo.

    Outra reflexão que fica muito forte no filme é que a gente não pode botar a mão no fogo por todo mundo, por mais que a gente acredite conhecer bem, nem baseado na sua profissão, pois como um cara que escolhe trabalhar cuidando de pessoas doentes, uma profissão que exige muita dedicação,  tanto física quanto psicológica, pode ser capaz de colocar a vida de seus pacientes em risco? É possível, afinal, assassinos são assassinos.

    Se bem que a gente conhece muita enfermeira que posta foto com jaleco toda bela com legenda "Enfermagem por amor" mas quando a gente chega passando mal no postinho ela te atende com essa cara aqui:


     Charles não foi o único a ter essa ideia, aqui no Brasil, no Rio de Janeiro,  temos um caso parecidíssimo. Edson Izidoro Guimarães era assistente de enfermeiro e atuava da mesma forma no Hospital Salgado Filho (Méier) e eu não vou entrar em muitos detalhes sobre esse caso pra não me prolongar, mas vou recomendar um dos episódio do Podcast Café com Crime, chamado O Enfermeiro da Morte, vale a pena conferir. 

    Então galera, aprendemos que:

    • Nem todo filme com atores bons serão bons também
    • Valorizem e defendam o SUS
    • Não acredite em todo mundo, por mais bonzinho que te pareça

    Afinal, vale a pena assistir O Enfermeiro da Noite?

    Minha resposta é SIM, VALE A PENA, mas seria legal conferir outros conteúdos para se aprofundar na história, como por exemplo, o documentário “Em Busca do Enfermeiro da Noite” que também está no Netflix, tem duração de 1 hora e 30 minutos, e te dá bastante informação sobreo caso, se você for interessado em true crime quanto eu , vai achar legal saber os pormenores dos acontecimentos.


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    en-usNovember 13, 2022
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