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    Ilustríssima Conversa

    A equipe de jornalistas da Ilustríssima, da Folha, entrevista autores de livros de não ficção ou de pesquisas acadêmicas.
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    Episodes (157)

    [DICA] Conheça o Brasil à Vista, podcast de políticas públicas da Folha

    [DICA] Conheça o Brasil à Vista, podcast de políticas públicas da Folha

    Te convidamos a conhecer o Brasil à Vista, podcast da Folha de S.Paulo que vai desfazer os nós das políticas públicas e discutir o futuro do país. A cada semana, os apresentadores Irapuã Santana e Angela Boldrini recebem dois especialistas para debater e pensar em soluções para questões estruturantes da sociedade brasileira, como desigualdade de renda, habitação e racismo. 

    O primeiro episódio estreia nesta quarta-feira (10) e traz a economista Laura Müller Machado e o sociólogo Rafael Osório, do Ipea, em uma conversa sobre a nova cara do Bolsa Família e o futuro do combate à pobreza. 

    Você encontra o Brasil à Vista nas principais plataformas de podcast e no site da Folha.

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BRMay 08, 2023

    Luiz Marques: Capitalismo sem limites acelera crise climática

    Luiz Marques: Capitalismo sem limites acelera crise climática

    Grande parte do que se sabe hoje sobre o aquecimento global já era conhecido no final dos anos 1970, afirma Luiz Marques, professor aposentado do Departamento de História da Unicamp.

    No entanto, o conhecimento científico sobre os mecanismos que provocam o aumento da temperatura do planeta não levou a uma mudança de rumos para mitigar a crise climática que a humanidade vive hoje.

    Muito pelo contrário: nas últimas décadas, lembra o historiador, houve uma aceleração do desmatamento, do uso de combustíveis fósseis e de outros processos que, movidos por um capitalismo globalizado que não é capaz de respeitar os limites do planeta, vem emitindo quantidades colossais de gases de efeito estufa na atmosfera.

    Ao mesmo tempo, os resultados de convenções internacionais para limitar o aquecimento global são extremamente frustrantes, o que faz com que as ações tomadas nos anos 2020 sejam determinantes para o futuro da vida na Terra e as chances de sobrevivência da humanidade.

    Esse é a tese do recém-lançado "O Decênio Decisivo: Propostas para uma Política de Sobrevivência".

    Em sua avaliação, esse desafio existencial deve ser enfrentado abandonando o que se entende hoje por realismo: não mais usar o passado como régua do futuro, não mais apostar em mudanças brandas e graduais. Sobreviver em uma era de colapso socioambiental não exige cautela, diz Marques, mas uma redefinição profunda dos fundamentos da economia e da política que regem nossa vida social.

    Neste episódio, o autor defende a superação do princípio da soberania nacional absoluta e a subordinação da economia capitalista à dimensão ecológica do planeta. Marques também faz uma avaliação da política ambiental brasileira e das contradições que o governo Lula (PT) terá que enfrentar em relação à Amazônia.

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BRApril 29, 2023

    Bela Gil: Trabalho doméstico sem salário não é amor, é escravidão

    Bela Gil: Trabalho doméstico sem salário não é amor, é escravidão

    No clássico "Geografia da Fome", de 1946, Josué de Castro virou pelo avesso o debate sobre o flagelo que assolava milhões de brasileiros. A fome, ele dizia, não pode ser reduzida à falta de alimentos, causada por secas ou outros fenômenos naturais: ela precisa ser vista como uma questão política.

    Quase 80 anos depois, o Brasil enfrenta mais uma vez taxas alarmantes de insegurança alimentar, mas hoje, lembra Bela Gil, a fome não é o único nó quando se pensa em comida.

    O consumo de ultraprocessados vem impulsionando um novo tipo de desnutrição, em um cenário que, para a chef de cozinha, lembra um genocídio silencioso, que afeta pessoas pobres e racializadas com mais força.

    No recém-lançado "Quem Vai Fazer essa Comida", Bela Gil lança um olhar amplo sobre os hábitos alimentares difundidos pelo agronegócio e pela indústria alimentícia.

    O livro se distancia da responsabilização individual e reflete sobre as questões econômicas e sociais que fazem com que a alimentação saudável seja um privilégio para poucos.

    Neste episódio, a autora defende que é preciso revolucionar a produção e o consumo de alimentos e finalmente remunerar o trabalho doméstico, feito principalmente por mulheres, tão essencial para a existência de outras ocupações fora de casa.

    Leia a transcrição do episódio em folha.com/32w05ef4

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Laila Mouallem

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BRApril 15, 2023

    Javier Montes: Luz del Fuego, queer e protofeminista, é bússola para superar intolerância

    Javier Montes: Luz del Fuego, queer e protofeminista, é bússola para superar intolerância

    Durante cinco anos, no final dos anos 1940 e começo dos anos 1950, Luz del Fuego causou alvoroço na entrada do Baile de Gala do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A regra do Carnaval é subverter as regras, mas tudo tem limite.

    Durante cinco anos, a dançarina desceu do seu conversível, subiu a escadaria do teatro —algumas vezes carregando uma das suas jiboias, algumas vezes besuntada em óleo, mas sempre completamente nua— e foi barrada pelos porteiros.

    Em 1952, para a surpresa de todos, Del Fuego chegou fantasiada de noiva e pôde entrar no baile. O traje de mulher que se rendeu aos bons costumes não era mais que uma fantasia. Dentro do teatro, ela sacou duas pistolas e começou a atirar para o teto, causando um verdadeiro pandemônio entre os convidados.

    O escritor espanhol Javier Montes, autor de um livro recém-lançado sobre Luz del Fuego, escolheu essa cena para apresentar aos leitores a dançarina, naturista, guerrilheira urbana ou performer.

    São muitas as possibilidades para se referir a ela —em comum, todas parecem estar à frente do tempo em que Luz del Fuego viveu. A falta de palavras para defini-la, diz Montes, correspondeu a uma dificuldade em enxergá-la, o que explica o seu apagamento em vida e depois de seu assassinato, em 1967.

    Neste episódio, Montes fala sobre o pioneirismo de Luz del Fuego em várias frentes: ela fundou o primeiro clube naturista da América Latina, em uma ilhota na baía de Guanabara, e tentou criar um partido com o lema "menos roupa e mais pão!".

    Foi também uma protofeminista e uma protoqueer, afirma o autor, e incorporou com naturalidade, em sua vida, questões de gênero e sexualidade dissidentes que ainda hoje despertam ódio e preconceito.

    Veja fotos de Luz del Fuego e da ilha do Sol em folha.com/z4qenm1t

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BRMarch 25, 2023

    Paulo Arantes: Mesmo sem projeto, Lula terá sucesso se frear extrema direita

    Paulo Arantes: Mesmo sem projeto, Lula terá sucesso se frear extrema direita

    Paulo Arantes, professor sênior de filosofia da USP, se notabilizou por suas análises críticas das contradições do capitalismo brasileiro e da arquitetura política concebida pelo lulismo.

    Agora, no terceiro mês do terceiro mandato de Lula, ele diz que nunca foi tão a favor de um governo. Em sua avaliação, o presidente tem pouca margem para fazer algo diferente das políticas dos governos anteriores do PT, sintetizadas por ele na ideia de redução de danos.

    Neste episódio, ele diz não ter certeza que Lula vai conseguir chegar ao fim do ano no Planalto ou cumprir todo o mandato e que seu governo já terá tido sucesso se for capaz de adiar um eventual retorno da extrema direita ao poder.

    Arantes acaba de lançar em livro um ensaio publicado no início dos anos 2000, "A Fratura Brasileira do Mundo", que trata do debate sobre a brasilianização dos países desenvolvidos.

    Leia a transcrição do episódio em folha.com/51tds08o

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BRMarch 11, 2023

    Especial de 5 anos: Eliane Brum e Maria Rita Kehl

    Especial de 5 anos: Eliane Brum e Maria Rita Kehl

    O Ilustríssima Conversa, o primeiro podcast da Folha, acaba de completar cinco anos.

    Desde a estreia, em fevereiro de 2018, 123 episódios foram publicados. Se você nos acompanha, sabe que o universo do podcast é amplo: já passaram pelo programa autoras e autores para falar sobre as contradições do sistema político brasileiro, o desmatamento da Amazônia e a crise climática, estudos de gênero e sexualidade, a política de drogas e o racismo, entre muitos outros temas.

    Para comemorar os primeiros cinco anos no ar, este episódio especial recebe duas escritoras que já participaram do podcast: a psicanalista Maria Rita Kehl, entrevistada em janeiro de 2019, e a jornalista Eliane Brum, convidada em novembro de 2021.

    Brum e Kehl falam sobre as transformações do Brasil nos últimos anos e discutem os primeiros movimentos do governo Lula (PT).

    As convidadas também defendem a responsabilização de Jair Bolsonaro (PL) pela tragédia humanitária do povo yanomami e refletem sobre os caminhos possíveis para transformar a alienação e o negacionismo em ação política concreta.

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BRFebruary 25, 2023

    João Moreira Salles: Boi toma lugar da floresta na cultura da Amazônia

    João Moreira Salles: Boi toma lugar da floresta na cultura da Amazônia

    "Quando eu cheguei, aqui não tinha nada." João Moreira Salles conta que os colonos que encontrou no Pará repetiam essa frase com frequência, o que mostra, para ele, como a ocupação da Amazônia por forasteiros aconteceu contra a floresta.

    Esse nada precisava ser preenchido por uma ordem já conhecida, adestrada e cartesiana, como os pastos e a monocultura de soja.

    Neste episódio, o autor de "Arrabalde" afirma que o Brasil perdeu a soberania da Amazônia durante o governo Bolsonaro (PL), com o avanço do crime organizado, e que, sem uma ação incisiva do Estado, os produtores que cumprem a lei sempre perderão para as atividades ilegais.

    Moreira Salles também aponta que o país nunca incorporou a Amazônia ao seu imaginário nacional. Para ele, o agronegócio não é só uma atividade econômica, mas um modo de estar no mundo de boa parte da população da região.

    Vazia de floresta, a cultura hegemônica da Amazônia tem como pilares, hoje, o boi, as picapes 4x4 e a música sertaneja, o que cria, em sua avaliação, um entrave imenso à preservação do bioma.

    Leia a transcrição do episódio em folha.com/e7guochk

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BRFebruary 11, 2023

    Ailton Krenak: Tragédia yanomami mostra que clube da humanidade não é para todos

    Ailton Krenak: Tragédia yanomami mostra que clube da humanidade não é para todos

    Ailton Krenak não acredita na concepção de que todas as pessoas são iguais e todos fazemos parte de uma humanidade abstrata.

    Para o intelectual, as múltiplas formas de violência que os povos originários enfrentam desde o início da colonização são uma prova de que o clube dos humanos com os mesmos direitos definitivamente não é para todos.

    Os yanomamis —que vivem hoje uma crise profunda depois de quatro anos de avanço do garimpo ilegal e de recusa do governo Bolsonaro em manter políticas de saúde e garantir a integridade da terra indígena— são vistos como parte de uma sub-humanidade, ele diz.

    O escritor, um dos mais importantes líderes indígenas da história do país e autor do best-seller "Ideias para Adiar o Fim do Mundo" e de "A Vida Não É Útil", lançou no fim de 2022 "Futuro Ancestral". O novo livro propõe que o futuro, visto como uma ilusão criada pelos brancos e ocidentais, depende hoje de uma reconexão com as memórias da Terra e com o legado dos nossos antepassados.

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BRJanuary 28, 2023

    União pela democracia mostra que saída é pela política, dizem autores

    União pela democracia mostra que saída é pela política, dizem autores

    Só a política, dizem Gabriela Lotta e Pedro Abramovay, pode construir soluções para as questões estruturais e para as crises do presente do país.

    Autores de "A Democracia Equilibrista: Políticos e Burocratas no Brasil", Lotta e Abramovay se contrapõem à ideia de que as políticas públicas devem ser desenhadas por técnicos do Estado o mais longe possível dos políticos eleitos.

    Eles argumentam que servidores públicos não são politicamente neutros e não têm legitimidade para tentar governar o país —e, se seguirem por esse caminho, podem impor suas visões de mundo sem promover um debate qualificado com a sociedade, fragilizando a democracia.

    Os pesquisadores criticam o corporativismo de carreiras de elite do funcionalismo e apontam os danos produzidos por governantes que agem ignorando os fatos e os subsídios dos burocratas.

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BRJanuary 14, 2023

    Felipe Loureiro: EUA e Rússia voltam a se ver como ameaça existencial

    Felipe Loureiro: EUA e Rússia voltam a se ver como ameaça existencial

    No último episódio do ano, o podcast recebe Felipe Loureiro, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP e organizador de “Linha Vermelha” (Editora da Unicamp).

    A coletânea, com 16 capítulos, aborda diferentes aspectos da Guerra da Ucrânia, desde os antecedentes históricos da invasão russa até os principais desdobramentos do conflito no sistema internacional.

    Loureiro fala sobre as reações que a guerra despertou na extrema direita e em parte da esquerda ao redor do mundo, avalia as posições que o Brasil adotou e argumenta que, do ponto de vista das relações entre os Estados Unidos e a Rússia, a invasão da Ucrânia é um ponto de virada.

    As duas potências, afirma, hoje se veem como ameaças à sua existência, trazendo de volta uma rivalidade que multiplica a tensão na arena internacional e pode significar um recuo da globalização como se conhece hoje.

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BRDecember 17, 2022

    Denise Ferreira da Silva: Não há modernidade sem violência racial

    Denise Ferreira da Silva: Não há modernidade sem violência racial

    Por que as mortes de pessoas pretas, autorizadas ou cometidas pelo Estado, não causam uma crise ética?

    Denise Ferreira da Silva conta que essa é a pergunta fundamental que tentou elaborar em sua pesquisa de doutorado, que deu origem a "Homo Modernus: para uma Ideia Global de Raça", editado recentemente no Brasil.

    Professora da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, a autora escava no livro o pensamento filosófico pós-iluminista que talhou uma concepção de sujeito moderno —branco, europeu, considerado portador de uma razão universal— e, ao lado da ciência do século 19, produziu uma representação dos "outros raciais" —asiáticos, negros e indígenas—, vistos como dotados de mentes inferiores e presas à natureza.

    Neste episódio, ela diz que a violência racial nunca foi um desvio da modernidade, mas sua pedra angular, e, por isso, o capitalismo, as instituições do Estado e o pensamento social têm uma raiz colonial.

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BRDecember 03, 2022

    Letícia Cesarino: Extrema direita não pode jogar sozinha nas redes

    Letícia Cesarino: Extrema direita não pode jogar sozinha nas redes

    A antropóloga Letícia Cesarino defende que, para analisar o mundo digital, é preciso se afastar tanto de uma visão neutra quanto de uma visão determinista da tecnologia.

    Em "O Mundo do Avesso", ela analisa os vieses políticos que a infraestrutura técnica das plataformas carrega, favorecendo a extrema direita e o conspiracionismo.

    A autora sustenta, a partir da literatura da cibernética, que a ação conjunta de humanos e máquinas faz desmoronar o paradigma liberal em que todas as pessoas são consideradas membros com direitos iguais de uma comunidade.

    No lugar do princípio da universalidade, ganha força um modelo bifurcado, em que os extremos têm proeminência no debate público e o reconhecimento do outro só é possível no interior de um grupo coeso—enquanto as pessoas de fora, vistas como inimigas, causam indignação e repulsa.

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BRNovember 19, 2022

    Roberto Moura: Como candomblé e samba forjaram a cultura popular carioca

    Roberto Moura: Como candomblé e samba forjaram a cultura popular carioca

    "Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro", publicado no início dos anos 1980, se tornou um dos livros pioneiros a olhar para as raízes africanas da cultura popular carioca.

    A obra, relançada pela Todavia, reconstitui as condições de vida de africanos escravizados e negros libertos na antiga capital, de meados do século 19 às primeiras décadas do século 20, especialmente da comunidade baiana da cidade.

    Tratava-se de uma vida subalterna, que ia da brutalização à extrema vitalidade, escreve o cineasta Roberto Moura, e ganhava coesão com a capoeira, o candomblé e o samba, expressões culturais que se tornaram bases da ideia de brasilidade.

    Neste episódio, o autor discute a paisagem cultural da Pequena África e apresenta a trajetória de Ciata (1854-1924), filha de Oxum, rainha do Carnaval e do samba e dona de uma casa que abrigava as festas mais importantes da comunidade e se transformou no celeiro de uma geração pródiga de músicos, como Pixinguinha, Donga e João da Baiana.

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BRNovember 05, 2022

    O futuro da desigualdade no Brasil, com Pedro Ferreira de Souza

    O futuro da desigualdade no Brasil, com Pedro Ferreira de Souza

    O futuro da desigualdade no Brasil é o tema do quarto episódio da série especial do Ilustríssima Conversa que discute o que vem pela frente em questões importantes da conjuntura atual.

    O convidado deste episódio, Pedro Ferreira de Souza, é doutor em sociologia pela UnB (Universidade de Brasília) e autor de "Uma História da Desigualdade: a Concentração de Renda entre os Ricos no Brasil (1926-2013)", vencedor de dois prêmios Jabuti em 2019.

    Na conversa, o pesquisador diz que houve aumento da desigualdade de renda durante as ditaduras que o país viveu, mas que os períodos democráticos não tiveram eficácia semelhante na direção contrária, falhando em enfrentar a concentração de renda no topo da pirâmide.

    O convidado também apontou medidas que podem contribuir para o Brasil ser menos desigual e discutiu os entraves políticos que dificultam o combate dos privilégios do 1% ou do 5% mais rico do país.

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

    Para se aprofundar

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BROctober 29, 2022

    Celso R. de Barros: Se Lula vencer, PT terá que encabeçar acordo que rejeitou

    Celso R. de Barros: Se Lula vencer, PT terá que encabeçar acordo que rejeitou

    Se Lula derrotar Bolsonaro, o PT terá que cumprir um papel completamente novo em sua história, sustenta o sociólogo Celso Rocha de Barros.

    Em seus primeiros anos, o partido fez uma aposta arriscada: se recusou a participar da "democratização pelo alto", a concertação política liderada pelo PMDB logo depois do fim da ditadura, e preferiu investir na "democratização por baixo", reunindo dissidentes do regime militar, movimentos sociais, setores do catolicismo progressista e sindicatos.

    Hoje, diante do esfacelamento da democracia brasileira, o PT terá que agir de uma maneira semelhante ao PMDB dos anos 1980, afirma.

    Barros, doutor pela Universidade de Oxford, servidor federal e colunista da Folha, examina, o percurso do partido em "PT, uma História". Para o sociólogo, o enraizamento na sociedade civil permitiu ao partido resistir a todos os reveses que o sistema político brasileiro enfrentou nos últimos anos e, mesmo com a Operação Lava Jato, o impeachment de Dilma Rousseff e a prisão de Lula, se manter eleitoralmente competitivo.

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BROctober 22, 2022

    Christian Lynch: Para Bolsonaro, perder para Lula é deixar de ser escolhido de Deus

    Christian Lynch: Para Bolsonaro, perder para Lula é deixar de ser escolhido de Deus

    O populismo radical não é um médico que quer curar a doença que a democracia enfrenta, é um parasita que explora a fraqueza da doente pra se multiplicar, escreve Christian Lynch, coautor de "O Populismo Reacionário".

    O livro disseca o populismo radical de direita, de Trump e Bolsonaro, e aponta que eles promovem uma cruzada contra todos que sejam vistos como inimigos do "povo verdadeiro" por não se submeter ao messias 

    Professor de pensamento político brasileiro na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Lynch discute neste episódio o imaginário e os métodos de ação do presidente e analisa a conjuntura eleitoral do país. 

    O pesquisador afirma que Lula permanece o favorito da disputa e que, embora pareça certo que Bolsonaro vá contestar os resultados das eleições, ele e seus apoiadores têm menos força para instaurar o caos que se costuma imaginar.

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BROctober 08, 2022

    O futuro da Amazônia, com Ane Alencar

    O futuro da Amazônia, com Ane Alencar

    O futuro da Amazônia é o tema do terceiro episódio da série especial do Ilustríssima Conversa que discute o que vem pela frente em questões importantes da conjuntura atual.

    A convidada deste episódio, Ane Alencar, é geografa pela UFPA (Universidade Federal do Pará), doutora em recursos florestais e conservação pela Universidade da Flórida e diretora de Ciência do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).

    Na conversa, a pesquisadora ressalta que o desmatamento, hoje impulsionado pelo crime organizado, vem se aproximando cada vez mais do coração da Amazônia e diz que a possibilidade de Jair Bolsonaro (PL) perder as eleições e um novo governo voltar a coibir a destruição da floresta pode estar levando os criminosos a partirem para o tudo ou nada.

    Para Alencar, é preciso que um eventual novo presidente promova um choque de governança logo de imediato, retirando invasores de terras públicas e dando um sinal de que a grilagem não será mais tolerada.

    • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
    • Edição de som: Raphael Concli

    Para se aprofundar

    Eduardo Sombini indica

    • "Tempo Quente", podcast da Rádio Novelo comandado pela jornalista Giovana Girardi sobre o que o Brasil tem feito em tempos de emergência climática
    • "A Terra É Redonda (Mesmo)", podcast da revista piauí apresentado por Bernardo Esteves e, nesta segunda temporada, por Natalie Unterstell, que trata de temas relacionados à política ambiental e à crise climática que o Brasil vai ter que enfrentar
    • O futuro da política ambiental do Brasil, com Suely Araújo, segundo episódio da série especial do Ilustríssima Conversa sobre o futuro que discute as 'boiadas' de Bolsonaro e as principais medidas para uma nova agenda climática para o país.

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    Ilustríssima Conversa
    pt-BROctober 01, 2022
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