Género é diferente de sexo: é importante conhecer as diferenças, a biologia não define tudo.
A cultura, sim, cria e fomenta diferenças de género. Bem como as emoções.
É por estas e muito mais razões que ainda há muito caminho por trilhar na igualdade de género.
Ana Markl dá as boas vindas à socióloga Anália Torres, numa nova trilogia de episódios dedicados ao tema da mulher. Ainda se pensa e se ouve que os avanços na igualdade de género já são ‘suficientes’. Mas a realidade é que, se muito já foi conquistado, muito falta por fazer. Ana e Anália vão reforçar aspetos para os quais as atenções já estão viradas (o que não significa que estejam resolvidas) e vão também abordar os mecanismos inconscientes, os viés de raciocínio e tantos ‘pormenores’ invisíveis que necessitam de consciência para que mais mudanças se façam sentir na vida das mulheres. É que as diferenças subtis entre sexo e género ainda fazem muita diferença.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Anália Torres (coord.) (2018) Igualdade de género ao longo da vida: Portugal no contexto europeu. Lisboa, Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Género e idades da vida: educação, trabalho, família e condições de vida em Portugal e na Europa
Género na infância e juventude: educação, trabalho, família e condições de vida em Portugal e na Europa
Género na rush hour of life: trabalho, família e condições de vida em Portugal e na Europa
Género na fase tardia da vida ativa: trabalho, família e condições de vida em Portugal e na Europa
Anália Torres, Sexo e Género: problematização conceptual e hierarquização das relações de género
Caroline Criado Perez (2019) Mulheres Invisíveis. Como os dados configuram o
mundo feito para os homens. Lisboa, Relógio d’ Água,
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
ANÁLIA TORRES
Doutorada em Sociologia, professora catedrática e coordenadora da Unidade de Sociologia no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade de Lisboa. Fundou e dirige o Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG), do ISCSP. Integra a equipa responsável pela aplicação do European Social Survey em Portugal, desde 2002.
É perita nos temas do género, família, casamento, divórcio, relação trabalho/família, proteção de crianças e jovens, assédio moral e sexual, entre outros, criou vários cursos de mestrado e de pós-graduação nestes domínios. As investigações que tem dirigido têm servido de base a mudanças legislativas de que são exemplo a alteração d