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    Episodes (8)

    Podemos confiar nas sondagens?

    Podemos confiar nas sondagens?

    As sondagens ocupam um lugar de destaque na dinâmica política e mediática, sobretudo em época de eleições. Mas nas últimas legislativas, de acordo com um estudo, os portugueses estiveram pouco ou nada atentos aos seus resultados.

    Qual o papel das sondagens políticas? Somos alheios à sua relevância? Para onde caminha o debate entre especialistas em estudos de opinião pública?

    Os convidados deste episódio são Pedro Magalhães, investigador coordenador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, e Luís Aguiar-Conraria, presidente da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho.

    O programa Da Capa à Contracapa é uma parceria da Fundação Francisco Manuel dos Santos e da Renascença.

    EP 136 | POLÍTICA: Teorias da Conspiração na Política

    EP 136 | POLÍTICA: Teorias da Conspiração na Política

    Há quem acredite que o Homem não foi à Lua. 
    Há quem diga que os grandes líderes mundiais são…répteis alienígenas! 
    São milhares as efabulações acerca da morte de JFK, e outras tantas as que explicam a morte da Princesa Diana. 
    E são muitos os que pensam que o COVID foi inventado de modo a colocar um chip nos nossos organismos… 

    São as tão famosas teorias da conspiração! Qualquer semelhança entre estas e as teorias científicas não é pura coincidência porque não existem mesmo quaisquer semelhanças. Assim explica José Santana Pereira, no início deste episódio gravado ao vivo no grande auditório do ISCTE.

    Em conversa com a Ana Sofia Martins, ambos percorrerão as teorias mais conhecidas, explicando como se criam e disseminam de forma rápida. Sendo este um episódio de Política, não ficará de fora a maneira como as teorias da conspiração estão mais ligadas a certos quadrantes políticos, os efeitos que podem ter nas instituições democráticas e as características que nos tornam algumas pessoas mais permeáveis às mesmas.
     

    REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS

    Butter, Michael, e Peter Knight (eds.) (2020). Routledge Handbook of Conspiracy Theories. Londres: Routledge; 

     Butter, Michael, e Peter Knight (2023). Covid Conspiracy Theories in Global Perspective. Nova Iorque: Taylor & Francis. 

     Merlan, Anna (2019) Republic of Lies: American Conspiracy Theorists and their Surprising Rise to Power. Nova Iorque : Random House; 

     Podcast Teorias da Conspiração, Antena 1. 

    BIOS

    ANA SOFIA MARTINS
    Apresentadora, modelo e atriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais. 

    Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente.

    A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento Casa Nova.

    JOSÉ SANTANA PEREIRA
    José Santana Pereira (Nisa, 1982) é professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE. 

    Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas. 

    Qual o impacto da pandemia nas democracias?

    Qual o impacto da pandemia nas democracias?

    O apoio dos portugueses à democracia não foi significativamente abalado pelo surgimento da pandemia, revela o novo estudo da Fundação. Que impacto real teve a Covid-19 na forma como vivemos a democracia? As respostas da professora de Ciência Política Ana Maria Belchior e o advogado e comentador político Francisco Mendes da Silva. 

    Cafezinho 422 – A política do ódio

    Cafezinho 422 – A política do ódio

    É no discurso público que compartilhamos as informações que, como cidadãos, precisamos para tomar nossas decisões sobre onde aplicar nossos recursos. Sejam eles tempo, dinheiro, energia ou...voto. Quando esse discurso público é tratado como puro entretenimento, dominado por ódio, tretas e pela diversão de ver quem humilha mais, ele deixa de carregar – e compartilhar – as informações que precisamos para orientar nossas vidas. Fica mais fácil para os canalhas aparecerem como os iluminados que sabem todas as respostas. Entendeu?

    Quando a busca pelos defeitos nos cega para as qualidades, quando a histeria para defender ou demonizar um lado nos cega paras complexidades, quando a animosidade destrói o respeito, nos tornamos reféns dos que se aproveitam da política do ódio.

    Semana passada fiz um post com um brilhante trecho de um texto de Gustavo Bertoche nas Iscas Intelectuais do Portal Café Brasil. Ele encerra uma reflexão sobre a quem interessa a política do ódio com este comentário:

    "Como podemos não ser meros peões no jogo das elites político-burocráticas? Talvez por meio do silêncio, quando todos à nossa volta gritam; da reflexão, quando todos à nossa volta se recusam a pensar; da ironia, quando todos à nossa volta querem crer; da galhofa, quanto todos à nossa volta levam a sério as palavras de ordem; e da coragem da solidão, quando todos à nossa volta desejam ardentemente participar do rebanho."

    Entendeu? Não seguindo a maioria só porque é maioria. Não seguindo a moda só porque é moda. Não repetindo o grito de guerra só porque é o da patota. Não assumindo que, porque foi publicado em todo lugar, é verdade. Não acreditando que aquele comentarista, ou este aqui, só porque está no rádio, na TV ou no Youtube, é o dono da verdade.  

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    Cafezinho 327 – A cascata da disponibilidade

    Cafezinho 327 – A cascata da disponibilidade

    O psicólogo e economista Daniel Khaneman, em seu livro Rápido e Devagar, descreve como funciona a Cascada da Disponibilidade:

    “... é uma cadeia de eventos auto sustentável, que pode se iniciar com matérias na imprensa sobre um evento de pequena importância, até provocar pânico e ações governamentais em alta escala.

    Em algumas ocasiões, uma matéria na imprensa sobre algum risco, captura a atenção de um segmento do público, que se torna atento e preocupado. Essa reação emocional se transforma numa história por si mesma, provocando cobertura adicional da imprensa, que por sua vez produz mais preocupação e envolvimento.

    Esse ciclo é algumas vezes acelerado deliberadamente por “empreendedores da disponibilidade”, indivíduos ou organizações que trabalham para assegurar um fluxo contínuo de notícias alarmantes. O perigo é cada vez mais exagerado, conforme a mídia compete por manchetes apelativas. Cientistas e outros que tentam acalmar o medo e repulsa crescentes, recebem pouca atenção, a maioria hostil: qualquer um que afirme que o perigo é exagerado é imediatamente suspeito de associação com teorias da conspiração ou interesses escusos.

    O assunto torna-se politicamente importante porque está nas mentes de todos, e a resposta do sistema político é guiada pela intensidade do sentimento popular. A cascata da disponibilidade redefine prioridades. Outros riscos e outras formas pelas quais os recursos públicos poderiam ser aplicados para o bem comum, caem para um segundo plano.”

    Daniel Khaneman escreveu isso num livro lançado em 2011, falando de um conceito que surgiu em 1999.

    Qualquer semelhança com o que estamos vivendo hoje, não é mera coincidência.

     

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    Cafezinho 314 – Punguistas intelectuais

    Cafezinho 314 – Punguistas intelectuais

    Compreender as intenções implícitas de um escritor, provoca em mim um imenso prazer intelectual. Mas é preciso gostar de ler, ter curiosidade e prazer de pensar para transformar o exercício da leitura e interpretação em algo prazeroso e nutritivo.

    Para nosso azar, dezenas de indicadores mostram que a maioria absoluta dos leitores no Brasil é composta por incapazes. Basta uma frase entre aspas proferida por uma “autoridade”, mesmo que retirada do contexto; uma estatística elaborada por alguma entidade; uma sucessão de números torturados ou um rótulo estrategicamente repetido e pronto: da mentira brota uma “verdade”.

    No final dos anos 90, na primeira vez que lidei com o conceito das verdades-mentiras, fiquei tentado a chamar essas coisas de “ventiras”. Mas eu preferi “merdades” que têm mais a ver. As merdades são ferramentas para convencimento de quem não consegue ligar causas com consequências. De quem não sabe pensar.

    E o que tem de espalha-merdades por aí...

    Ser capaz de detectar as merdades deveria ser a preocupação número um de quem lê. É o que eu chamo de leitor capaz. E quem escreve deveria usar as palavras com honestidade, sabendo o que está escrevendo e deixando claro onde quer chegar. É o escritor honesto.

    Admitindo que o escritor honesto tenha também conteúdo pertinente, teremos quatro composições possíveis:

    Um escritor honesto com um leitor capaz, mudam o mundo.

    Um escritor honesto com um leitor incapaz, causa frustração.

    Um escritor desonesto com um leitor capaz, dá em irrelevância.

    E um escritor desonesto com um leitor incapaz, dá em histeria, ignorância e tribunais em redes sociais.

    Pois é… Das quatro combinações, apenas uma vale a pena: o leitor capaz com o escritor honesto, a que pode mudar o mundo.

    Olha, basta ter dois neurônios para perceber a imensa quantidade de escritores desonestos, os espalhadores de merdades, fazendo a cabeça de leitores incapazes através dos mais diversos meios de divulgação.

    São punguistas intelectuais, que já não lidam com merdades.

    O nome da moda é fake news.

    Que é a mesma merda.

     

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    Versão do Youtube você encontra em bit.ly/lucianonoyoutube

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    Cafezinho 308 – O Crachá do Bozó

    Cafezinho 308 – O Crachá do Bozó

    “Difícil é lidar com donos da verdade. Não há dúvida de que todos nós nos apoiamos em algumas certezas e temos opinião formada sobre determinados assuntos. Isso é inevitável e necessário. Se somos, como creio que somos, seres culturais, vivemos num mundo que construímos a partir de nossas experiências e conhecimentos. Há aqueles que não chegam a formular claramente para si o que conhecem e sabem, mas há outros que, pelo contrário, têm opiniões formadas sobre tudo ou quase tudo. Até aí nada demais. O problema é quando o cara se convence de que suas opiniões são as únicas verdadeiras e, portanto, incontestáveis. Se ele se defronta com outro imbuído da mesma certeza, arma-se um barraco.

    De qualquer maneira, se se trata de um indivíduo qualquer que se julga dono da verdade, a coisa não vai além de algumas discussões acaloradas, que podem até chegar a ofensas pessoais. O problema se agrava quando o dono da verdade tem lábia, carisma e se considera salvador da pátria. Dependendo das circunstâncias, ele pode empolgar milhões de pessoas. (...) As pessoas necessitam de verdades e, se surge alguém dizendo as verdades que elas querem ouvir, adotam-no como líder ou profeta e passam a pensar e agir conforme o que ele diga (...) não cansamos de nos espantar com a reação, às vezes sem limites, a que as pessoas são levadas por suas convicções. E isso me faz achar que um pouco de dúvida não faz mal a ninguém. (...) prefiro os homens tolerantes, para quem as verdades são provisórias, fruto mais do consenso que de certezas inquestionáveis.”

    Esse é um trecho do texto O Benefício da Dúvida, escrito pelo poeta Ferreira Gullar lá em 2006. Cai como uma luva nestes dias de donos da verdade em cada post, cada tuíte, cada matéria de jornal, não é?

    Não se engane, viu? Esses donos da verdade só são donos da própria ignorância. E ao bradar “ciência, ciência, ciência!”, tornam-se prestidigitadores de palavras e dados. Eles usam a pobre ciência como aquele crachá do Bozó, o inesquecível personagem de Chico Anísio, criando uma pandemia de ignorância emocional. Não se discutem fatos, mas interpretações. A verdade depende de quem diz. Tudo virou torcida.

    Como muitos têm lábia, carisma e se consideram salvadores da pátria, é por isso mesmo que são perigosos.

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