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retornados
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EP 107 | SOCIEDADE: Retornados - por que não refugiados?
Após a revolução de 1974, chegaram a Portugal milhares de portugueses. Vinham das antigas colónias de África. Alguns tinham nascido em Portugal, outros tantos apenas conheciam a ‘metrópole’ como o lugar de férias ou da família.
Ficaram para sempre com o rótulo de ‘retornados’; e a carga negativa do nome espelhou a forma pouco humana como foram recebidos em Portugal.
O episódio final desta ‘trilogia’, que teve o sociólogo Pedro Góis como ‘dupla’ de Ana Markl, é um retrato deste acolhimento e do pouco que ainda se fala, escreve e documenta sobre o assunto.
É uma memória, um trauma coletivo que deixou marcas nas muitas pessoas que passaram a ser cidadãos de lugar nenhum, mas que tanto de bom trouxeram ao nosso país. Para ouvir com atenção e ficar a refletir na pergunta: como teria sido se, em vez de retornados, os tivéssemos considerado refugiados?
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Retornados:
Portugal e o regresso dos colonos de Angola e Moçambique
“RETORNADOS ou OS RESTOS DO IMPÉRIO”
Integração de imigrantes em Portugal:
Daré, G. O. (2022). Direitos de cidadania dos imigrantes em Portugal. REMHU: Revista
Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 29, 179-192.
https://doi.org/10.1590/1980-85852503880006311
https://www.scielo.br/j/remhu/a/qhrzr93pmy7QtfPDDDqkkGd/
Oliveira, Catarina Reis. Indicadores de Integração de Imigrantes 2022: Relatório Estatístico Anual. Observatório das Migrações, ACM, IP, 2022.
Alto Comissariado para as Migrações
Livros:
O retorno, Dulce Maria Cardoso
A gorda, Isabela Figueiredo
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
PEDRO GÓIS
Pedro Góis, doutorado, mestre e licenciado em Sociologia pela Universidade de Coimbra. È actualmente Professor Associado na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Investigador Sénior do Centro de Estudos Soci