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    Episódio especial ao vivo com Pedro Nuno Santos: “A minha maior desilusão é o país ainda não ter conseguido reduzir de forma drástica o número de pobres. É o maior fracasso da nossa democracia e temos de tentar resolver isso nos próximos anos”

    pt-PTJanuary 05, 2024
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    Pedro Nuno Santos, líder do PS e que quer ser o próximo primeiro-ministro, nasceu em São João da Madeira em abril de 1977. Deu cedo nas vistas no mundo da política. Começou na associação de estudantes, passou pela JS onde se filiou com 14 anos, foi vereador, deputado e governante. Assumidamente de esquerda, foi crítico da terceira via, herdou aliás do pai, empresário, esse lado mais ideológico e de combate. A mãe era mais conservadora. Faz questão de se apresentar como neto de sapateiro, mas já se passeou de Porsche. Em tempos esteve a marimbar-se para a dívida, mas também está na fotografia do primeiro superavit da democracia. Depois foi a tap, o whatsapp de Alexandra Reis, a habitação e agora os CTT. Cicatrizes que carrega para o seu mais importante desafio: se chegar ao lugar de António Costa diz agora é que é: quer fazer algo decente e de jeito pelo país e pelas pessoas. “Havia sempre muita política em minha casa”. Sobre o passado de José Sócrates e António Costa no PS e os planos de futuro ao lado de Galamba, prefere olhar para o dia de hoje: "cada coisa no seu tempo", diz. Oiça aqui o episódio especial ao vivo no Festival de Podcasts do Expresso

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    Luis Montenegro: “Eu e Pedro Passos Coelho somos amigos, a nossa relação é muito mais do que trabalho”

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    Viveu e cresceu em Espinho. Andou sempre na escola pública. Brincava na rua e com 9 anos ia a pé para as aulas: “até tinha a chave de casa”. foi desde cedo um atleta polivalente, jogou andebol, voleibol e até fez ginástica. Com 16 anos, virou-se para o mar de Espinho e tornou-se nadador-salvador. O pai era mais ligado à política do que a mãe, não esquece a primeira campanha da AD e ainda guarda a sua bandeira e do irmão de um comício. Fez-se militante do PSD aos 18 anos e ganhou visibilidade quando Pedro Passos Coelho o escolheu para líder parlamentar nos tempos da intervenção da Troika. Hoje é candidato a primeiro-ministro e enfrenta a ameaça do crescimento do Chega. E depois de 10 de março, imagina um Governo PSD/Chega? “Não, não imagino”. Luís Montenegro é o convidado de Bernardo Ferrão no Geração 70.

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    Fernando Medina: “A minha mãe sofre. A política é um meio agressivo, ingrato e não dá boa saúde”

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    Nasceu em março de 1973, no Porto. Foi um bebé clandestino. O pai soube do seu nascimento através de um anúncio no jornal “O Século” que dizia: “Perdeu-se um álbum de fotografias no comboio Lisboa-Porto”. Foi uma coisa combinada entre os pais e o sentido da viagem determinava se tinha nascido um menino ou uma menina. Filho de pais comunistas, cresceu no meio da política. A porta grande abriu-se quando foi convidado para trabalhar com António Guterres. Foi o herdeiro de António Costa na Câmara de Lisboa e hoje é um dos seus ministros mais importantes. Afasta a entrada num novo governo e fecha a porta a Lisboa. “A vida anda para a frente” e agora é tempo de regressar aos passeios de bicicleta na Almirante Reis. “Engordei nos últimos tempos. Foram muitas horas fechado no gabinete".

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    José Avillez: “As estrelas Michelin trazem responsabilidade mas continuo a acordar de manhã, a lavar os dentes e ir trabalhar”

    José Avillez: “As estrelas Michelin trazem responsabilidade mas continuo a acordar de manhã, a lavar os dentes e ir trabalhar”

    Sonhou ser carpinteiro, depois arquiteto, mas acabou na cozinha. E com mestria. É trineto do primeiro Conde de Burnay e cresceu na quinta da família reconstruída pelo pai pouco antes de morrer. A mãe ficou viúva aos 34 anos e "nunca mais amou ninguém". Na escola levou “calduços” por se vestir “à betinho”. Quando assumiu a chefia do restaurante Tavares “tudo mudou”. Em poucos anos, construiu um império de restauração com o apoio de uma das famílias mais ricas do país. É o chef português com mais estrelas Michelin. Tem 16 restaurantes e 470 trabalhadores. Nada lhe subiu à cabeça e hoje continua a trabalhar para que os seus sonhos continuem a entrar nos sonhos dos outros. Oiça aqui a entrevista a Bernardo Ferrão.

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    Episódio especial ao vivo com Pedro Nuno Santos: “A minha maior desilusão é o país ainda não ter conseguido reduzir de forma drástica o número de pobres. É o maior fracasso da nossa democracia e temos de tentar resolver isso nos próximos anos”

    Episódio especial ao vivo com Pedro Nuno Santos: “A minha maior desilusão é o país ainda não ter conseguido reduzir de forma drástica o número de pobres. É o maior fracasso da nossa democracia e temos de tentar resolver isso nos próximos anos”

    Pedro Nuno Santos, líder do PS e que quer ser o próximo primeiro-ministro, nasceu em São João da Madeira em abril de 1977. Deu cedo nas vistas no mundo da política. Começou na associação de estudantes, passou pela JS onde se filiou com 14 anos, foi vereador, deputado e governante. Assumidamente de esquerda, foi crítico da terceira via, herdou aliás do pai, empresário, esse lado mais ideológico e de combate. A mãe era mais conservadora. Faz questão de se apresentar como neto de sapateiro, mas já se passeou de Porsche. Em tempos esteve a marimbar-se para a dívida, mas também está na fotografia do primeiro superavit da democracia. Depois foi a tap, o whatsapp de Alexandra Reis, a habitação e agora os CTT. Cicatrizes que carrega para o seu mais importante desafio: se chegar ao lugar de António Costa diz agora é que é: quer fazer algo decente e de jeito pelo país e pelas pessoas. “Havia sempre muita política em minha casa”. Sobre o passado de José Sócrates e António Costa no PS e os planos de futuro ao lado de Galamba, prefere olhar para o dia de hoje: "cada coisa no seu tempo", diz. Oiça aqui o episódio especial ao vivo no Festival de Podcasts do Expresso

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    Adolfo Mesquita Nunes: “Quando nasci apanhei a decadência dos negócios da família. As conversas eram sobre hipotecas, dívidas e despedimentos”

    Adolfo Mesquita Nunes: “Quando nasci apanhei a decadência dos negócios da família. As conversas eram sobre hipotecas, dívidas e despedimentos”

    Viveu na Covilhã, na casa dos avós, até ir para a faculdade em Lisboa. A família tinha uma fábrica têxtil, império construído pelo bisavô Adolfo de quem herdou o nome. A fábrica foi a glória e a desgraça da família. "Chegámos a ter tudo. A minha família, numa só geração, passou da pobreza para um grande conforto financeiro". Foram “tempos duros” e chegou a desejar “nunca" ter um negócio. É apaixonado por política desde pequeno e a família, quando se junta no Natal, vai desde o CDS ao MRPP. Adolfo Mesquita Nunes deixou marcas como deputado do CDS e secretário de Estado do Turismo. Em 2021 rasgou o cartão de militante, regressou à advocacia e à terra onde cresceu para ser vereador. Hoje não quer voltar à política ativa: “Não tenho saudades". 

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    Padre Afonso Seixas-Nunes: "Achei que tinha encontrado a mulher da minha vida, mas ela achou o contrário e disse-me que tinha vocação para era ser padre"

    Padre Afonso Seixas-Nunes: "Achei que tinha encontrado a mulher da minha vida, mas ela achou o contrário e disse-me que tinha vocação para era ser padre"

    Não é um padre comum porque os jesuítas são “diferentes”. Tem 5 licenciaturas, é doutorado e especialista em Inteligência Artificial em contexto de guerra. Nunca tinha pensado ser padre, teve os seus “namoricos” de adolescente e até achou que tinha encontrado a "mulher da sua vida". Não vive em Portugal há 18 anos e confessa que deixou de votar depois do processo contra José Sócrates. Nesta conversa com Bernardo Ferrão, fala sobre a evolução da Igreja, partilha as conversas que teve com homossexuais e reflete como o “fraco investimento” na Educação em Portugal já ultrapassa fronteiras: “Os alunos portugueses já não são bem vistos”.

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    Pedro Penim: “A menos que o próximo Governo seja de extrema direita e me queira fora do teatro, não acho que o meu lugar esteja em risco"

    Pedro Penim: “A menos que o próximo Governo seja de extrema direita e me queira fora do teatro, não acho que o meu lugar esteja em risco"

    Deixou o curso de Arquitetura para se dedicar ao teatro e muitos o conhecem dos programas Clube Disney e Art Attack. Em criança ia com o pai aos comícios do MDP e tinha na ponta da língua os cancioneiros da Revolução. Quando foi nomeado diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II assumiu a orientação sexual: “Não sei o que é o lobby gay. Não faço lobby por nenhum movimento e acusaram-me de não querer heterossexuais no teatro. Não há coisa mais ridícula”. É casado e tem uma filha, nascida de uma gravidez de substituição no Canadá. Nesta conversa com Bernardo Ferrão, faz o retrato de um país a “várias velocidades” e fala ainda do risco “real” do crescimento da extrema direita

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    Ana Brito e Cunha: "Tive momentos de 'egotrip' mas a família nunca me diferenciou por ser atriz. Sempre tive os pés na terra"

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    Tem Espírito Santo no nome mas “escondeu” o apelido durante anos porque o “país é muito preconceituoso”. Foi para Espanha com dias de vida e atravessou a fronteira escondida numa alcofa “como se fosse roupa suja”. Estávamos no Verão Quente. Na família era tratada como “Ana caracoletos”, tem 47 primos e sabe o nome de todos. Faz agora 30 anos de carreira. Quem não se lembra do seu Jardim da Celeste? Ouça aqui a entrevista com Bernardo Ferrão

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    António Zambujo: “Portugal anda a duas velocidades: a Norte noto sempre outro dinamismo e poder de iniciativa; de Lisboa para sul, sinto que as coisas estão a regredir, que as prioridades foram trocadas”

    António Zambujo: “Portugal anda a duas velocidades: a Norte noto sempre outro dinamismo e poder de iniciativa; de Lisboa para sul, sinto que as coisas estão a regredir, que as prioridades foram trocadas”

    Aos 48 anos, António Zambujo é um dos maiores autores e intérpretes contemporâneos da música e da língua portuguesa, com uma carreira firmada em palcos nacionais e internacionais. Nesta entrevista a Bernardo Ferrão, fala sobre as origens alentejanas, a carreira musical, o preconceito em relação aos maiores sucessos do seu repertório e ainda os músicos com quem gostaria de vir um dia a cantar. Oiça aqui o podcast Geração 70.

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    Ana Bacalhau: “Os meus pais perderam o emprego aos 40 anos. Foi dramático, um trauma mesmo. Eu tinha 13 anos”

    Ana Bacalhau: “Os meus pais perderam o emprego aos 40 anos. Foi dramático, um trauma mesmo. Eu tinha 13 anos”

    Cresceu em Benfica numa casa onde cabia toda a família - os pais, avós, bisavó e até o gato. Em criança, gostava de comer e começou a ganhar peso antes de entrar na primária. A avó passou fome na infância e para ela “era uma alegria ver a netinha comer.” O excesso de peso e o apelido Bacalhau tornaram-na um "alvo fácil". Sofreu bullying e ainda hoje vive com as “marcas”. A música não era a primeira opção, mas o ‘Grunge’ e o Slash puseram-na a cantar e a tocar guitarra. Ana Bacalhau é a nova convidada de Bernardo Ferrão, as críticas ao país que agora “chora” pela falta de professores”, os tempos dos Deolinda e da Troika: "Eu quis dar aulas mas a minha geração não foi utilizada. Estávamos a mais."

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