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    Geração 70

    Não é um podcast de política ou de economia, nem de artes ou ciência. É uma conversa solta com os protagonistas de hoje que nasceram na década de 70. A geração que está aos comandos do país ou a caminho. Aqui falamos de expectativas e frustrações. De sonhos concretizados e dos que se perderam. Um retrato na primeira pessoa sobre a indelével passagem do tempo, uma viagem dos anos 70 até aos nossos dias conduzida por Bernardo Ferrão.

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    Episodes (33)

    Luis Montenegro: “Eu e Pedro Passos Coelho somos amigos, a nossa relação é muito mais do que trabalho”

    Luis Montenegro: “Eu e Pedro Passos Coelho somos amigos, a nossa relação é muito mais do que trabalho”

    Viveu e cresceu em Espinho. Andou sempre na escola pública. Brincava na rua e com 9 anos ia a pé para as aulas: “até tinha a chave de casa”. foi desde cedo um atleta polivalente, jogou andebol, voleibol e até fez ginástica. Com 16 anos, virou-se para o mar de Espinho e tornou-se nadador-salvador. O pai era mais ligado à política do que a mãe, não esquece a primeira campanha da AD e ainda guarda a sua bandeira e do irmão de um comício. Fez-se militante do PSD aos 18 anos e ganhou visibilidade quando Pedro Passos Coelho o escolheu para líder parlamentar nos tempos da intervenção da Troika. Hoje é candidato a primeiro-ministro e enfrenta a ameaça do crescimento do Chega. E depois de 10 de março, imagina um Governo PSD/Chega? “Não, não imagino”. Luís Montenegro é o convidado de Bernardo Ferrão no Geração 70.

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    Fernando Medina: “A minha mãe sofre. A política é um meio agressivo, ingrato e não dá boa saúde”

    Fernando Medina: “A minha mãe sofre. A política é um meio agressivo, ingrato e não dá boa saúde”

    Nasceu em março de 1973, no Porto. Foi um bebé clandestino. O pai soube do seu nascimento através de um anúncio no jornal “O Século” que dizia: “Perdeu-se um álbum de fotografias no comboio Lisboa-Porto”. Foi uma coisa combinada entre os pais e o sentido da viagem determinava se tinha nascido um menino ou uma menina. Filho de pais comunistas, cresceu no meio da política. A porta grande abriu-se quando foi convidado para trabalhar com António Guterres. Foi o herdeiro de António Costa na Câmara de Lisboa e hoje é um dos seus ministros mais importantes. Afasta a entrada num novo governo e fecha a porta a Lisboa. “A vida anda para a frente” e agora é tempo de regressar aos passeios de bicicleta na Almirante Reis. “Engordei nos últimos tempos. Foram muitas horas fechado no gabinete".

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    José Avillez: “As estrelas Michelin trazem responsabilidade mas continuo a acordar de manhã, a lavar os dentes e ir trabalhar”

    José Avillez: “As estrelas Michelin trazem responsabilidade mas continuo a acordar de manhã, a lavar os dentes e ir trabalhar”

    Sonhou ser carpinteiro, depois arquiteto, mas acabou na cozinha. E com mestria. É trineto do primeiro Conde de Burnay e cresceu na quinta da família reconstruída pelo pai pouco antes de morrer. A mãe ficou viúva aos 34 anos e "nunca mais amou ninguém". Na escola levou “calduços” por se vestir “à betinho”. Quando assumiu a chefia do restaurante Tavares “tudo mudou”. Em poucos anos, construiu um império de restauração com o apoio de uma das famílias mais ricas do país. É o chef português com mais estrelas Michelin. Tem 16 restaurantes e 470 trabalhadores. Nada lhe subiu à cabeça e hoje continua a trabalhar para que os seus sonhos continuem a entrar nos sonhos dos outros. Oiça aqui a entrevista a Bernardo Ferrão.

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    Episódio especial ao vivo com Pedro Nuno Santos: “A minha maior desilusão é o país ainda não ter conseguido reduzir de forma drástica o número de pobres. É o maior fracasso da nossa democracia e temos de tentar resolver isso nos próximos anos”

    Episódio especial ao vivo com Pedro Nuno Santos: “A minha maior desilusão é o país ainda não ter conseguido reduzir de forma drástica o número de pobres. É o maior fracasso da nossa democracia e temos de tentar resolver isso nos próximos anos”

    Pedro Nuno Santos, líder do PS e que quer ser o próximo primeiro-ministro, nasceu em São João da Madeira em abril de 1977. Deu cedo nas vistas no mundo da política. Começou na associação de estudantes, passou pela JS onde se filiou com 14 anos, foi vereador, deputado e governante. Assumidamente de esquerda, foi crítico da terceira via, herdou aliás do pai, empresário, esse lado mais ideológico e de combate. A mãe era mais conservadora. Faz questão de se apresentar como neto de sapateiro, mas já se passeou de Porsche. Em tempos esteve a marimbar-se para a dívida, mas também está na fotografia do primeiro superavit da democracia. Depois foi a tap, o whatsapp de Alexandra Reis, a habitação e agora os CTT. Cicatrizes que carrega para o seu mais importante desafio: se chegar ao lugar de António Costa diz agora é que é: quer fazer algo decente e de jeito pelo país e pelas pessoas. “Havia sempre muita política em minha casa”. Sobre o passado de José Sócrates e António Costa no PS e os planos de futuro ao lado de Galamba, prefere olhar para o dia de hoje: "cada coisa no seu tempo", diz. Oiça aqui o episódio especial ao vivo no Festival de Podcasts do Expresso

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    Adolfo Mesquita Nunes: “Quando nasci apanhei a decadência dos negócios da família. As conversas eram sobre hipotecas, dívidas e despedimentos”

    Adolfo Mesquita Nunes: “Quando nasci apanhei a decadência dos negócios da família. As conversas eram sobre hipotecas, dívidas e despedimentos”

    Viveu na Covilhã, na casa dos avós, até ir para a faculdade em Lisboa. A família tinha uma fábrica têxtil, império construído pelo bisavô Adolfo de quem herdou o nome. A fábrica foi a glória e a desgraça da família. "Chegámos a ter tudo. A minha família, numa só geração, passou da pobreza para um grande conforto financeiro". Foram “tempos duros” e chegou a desejar “nunca" ter um negócio. É apaixonado por política desde pequeno e a família, quando se junta no Natal, vai desde o CDS ao MRPP. Adolfo Mesquita Nunes deixou marcas como deputado do CDS e secretário de Estado do Turismo. Em 2021 rasgou o cartão de militante, regressou à advocacia e à terra onde cresceu para ser vereador. Hoje não quer voltar à política ativa: “Não tenho saudades". 

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    Padre Afonso Seixas-Nunes: "Achei que tinha encontrado a mulher da minha vida, mas ela achou o contrário e disse-me que tinha vocação para era ser padre"

    Padre Afonso Seixas-Nunes: "Achei que tinha encontrado a mulher da minha vida, mas ela achou o contrário e disse-me que tinha vocação para era ser padre"

    Não é um padre comum porque os jesuítas são “diferentes”. Tem 5 licenciaturas, é doutorado e especialista em Inteligência Artificial em contexto de guerra. Nunca tinha pensado ser padre, teve os seus “namoricos” de adolescente e até achou que tinha encontrado a "mulher da sua vida". Não vive em Portugal há 18 anos e confessa que deixou de votar depois do processo contra José Sócrates. Nesta conversa com Bernardo Ferrão, fala sobre a evolução da Igreja, partilha as conversas que teve com homossexuais e reflete como o “fraco investimento” na Educação em Portugal já ultrapassa fronteiras: “Os alunos portugueses já não são bem vistos”.

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    Pedro Penim: “A menos que o próximo Governo seja de extrema direita e me queira fora do teatro, não acho que o meu lugar esteja em risco"

    Pedro Penim: “A menos que o próximo Governo seja de extrema direita e me queira fora do teatro, não acho que o meu lugar esteja em risco"

    Deixou o curso de Arquitetura para se dedicar ao teatro e muitos o conhecem dos programas Clube Disney e Art Attack. Em criança ia com o pai aos comícios do MDP e tinha na ponta da língua os cancioneiros da Revolução. Quando foi nomeado diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II assumiu a orientação sexual: “Não sei o que é o lobby gay. Não faço lobby por nenhum movimento e acusaram-me de não querer heterossexuais no teatro. Não há coisa mais ridícula”. É casado e tem uma filha, nascida de uma gravidez de substituição no Canadá. Nesta conversa com Bernardo Ferrão, faz o retrato de um país a “várias velocidades” e fala ainda do risco “real” do crescimento da extrema direita

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    Ana Brito e Cunha: "Tive momentos de 'egotrip' mas a família nunca me diferenciou por ser atriz. Sempre tive os pés na terra"

    Ana Brito e Cunha: "Tive momentos de 'egotrip' mas a família nunca me diferenciou por ser atriz. Sempre tive os pés na terra"

    Tem Espírito Santo no nome mas “escondeu” o apelido durante anos porque o “país é muito preconceituoso”. Foi para Espanha com dias de vida e atravessou a fronteira escondida numa alcofa “como se fosse roupa suja”. Estávamos no Verão Quente. Na família era tratada como “Ana caracoletos”, tem 47 primos e sabe o nome de todos. Faz agora 30 anos de carreira. Quem não se lembra do seu Jardim da Celeste? Ouça aqui a entrevista com Bernardo Ferrão

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    António Zambujo: “Portugal anda a duas velocidades: a Norte noto sempre outro dinamismo e poder de iniciativa; de Lisboa para sul, sinto que as coisas estão a regredir, que as prioridades foram trocadas”

    António Zambujo: “Portugal anda a duas velocidades: a Norte noto sempre outro dinamismo e poder de iniciativa; de Lisboa para sul, sinto que as coisas estão a regredir, que as prioridades foram trocadas”

    Aos 48 anos, António Zambujo é um dos maiores autores e intérpretes contemporâneos da música e da língua portuguesa, com uma carreira firmada em palcos nacionais e internacionais. Nesta entrevista a Bernardo Ferrão, fala sobre as origens alentejanas, a carreira musical, o preconceito em relação aos maiores sucessos do seu repertório e ainda os músicos com quem gostaria de vir um dia a cantar. Oiça aqui o podcast Geração 70.

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    Ana Bacalhau: “Os meus pais perderam o emprego aos 40 anos. Foi dramático, um trauma mesmo. Eu tinha 13 anos”

    Ana Bacalhau: “Os meus pais perderam o emprego aos 40 anos. Foi dramático, um trauma mesmo. Eu tinha 13 anos”

    Cresceu em Benfica numa casa onde cabia toda a família - os pais, avós, bisavó e até o gato. Em criança, gostava de comer e começou a ganhar peso antes de entrar na primária. A avó passou fome na infância e para ela “era uma alegria ver a netinha comer.” O excesso de peso e o apelido Bacalhau tornaram-na um "alvo fácil". Sofreu bullying e ainda hoje vive com as “marcas”. A música não era a primeira opção, mas o ‘Grunge’ e o Slash puseram-na a cantar e a tocar guitarra. Ana Bacalhau é a nova convidada de Bernardo Ferrão, as críticas ao país que agora “chora” pela falta de professores”, os tempos dos Deolinda e da Troika: "Eu quis dar aulas mas a minha geração não foi utilizada. Estávamos a mais."

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    Ricardo Araújo Pereira: “A minha avó só falava de política quando faltava a luz à hora da novela e culpava os comunistas”

    Ricardo Araújo Pereira: “A minha avó só falava de política quando faltava a luz à hora da novela e culpava os comunistas”

    Nasceu três dias depois do 25 de Abril. É filho de trabalhadores da TAP e em criança passava as férias com a avó na casa de campo da família. Sempre gostou de fazer rir os outros e hoje é a “inclinação para o humor" que lhe paga as contas. Nesta conversa com Bernardo Ferrão, recorda a infância, fala sobre a família e não esquece o “lamaçal” político em que vivemos: “Este Governo já estava minado.” E a relação com Marcelo Rebelo de Sousa e a queixa-crime de que foi alvo? “Os meus pais disseram-me: ‘realmente, abusaste’.”

     

     

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    Zita Martins: “Há cientistas com 50 anos e sem emprego fixo. Só conseguimos competir em Ciência se garantirmos qualidade de vida aos melhores”

    Zita Martins: “Há cientistas com 50 anos e sem emprego fixo. Só conseguimos competir em Ciência se garantirmos qualidade de vida aos melhores”

    Quanto tempo levará uma viagem dos estúdios da SIC até Marte? Zita Martins sempre gostou de olhar para o céu e perceber o que se passava “lá em cima.” Juntou a química ao espaço e aproveitou as “muitas coisas que caem do céu” para tentar descobrir se há vida extraterreste no Sistema Solar. E é no que acredita. Estudou na escola pública e depois no Instituto Superior Técnico. Viveu lá fora e trabalhou na NASA, mas voltou para Portugal para "devolver todo o investimento que o meu país fez em mim." Zita Martins é a nova convidada do Geração 70. Ouça a entrevista com a astrobióloga e consultora do Presidente da República para a Ciência, Inovação e Transição Digital

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    Sandra Tavares da Silva: “A minha mãe, por ser suíça e casada com um militar, foi perseguida pela PIDE. Achavam que era espia”

    Sandra Tavares da Silva: “A minha mãe, por ser suíça e casada com um militar, foi perseguida pela PIDE. Achavam que era espia”

    Nasceu em 1971, nos Açores, onde o pai estava destacado como Oficial da Marinha. Começou a pisar uvas muito cedo, ajudava o avô na vindima. Já foi considerada pelo Financial Times uma das “melhores enólogas do mundo”. Formou-se em agronomia e fez mestrado em enologia, em Itália. Pelo meio, foi jogadora profissional de voleibol e desfilou como modelo nas passarelas de Milão. Nesta conversa com Bernardo Ferrão, recorda a infância na quinta da família, os momentos de aflição que viveu durante o Verão Quente e a perseguição que fizeram à mãe - “sempre que ia à Suíça e regressava era interrogada durante horas no aeroporto.”

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    Clara Raposo: “Os nossos salários são curtos em comparação com outros da Europa. Investimos na Educação e os jovens vão para fora”

    Clara Raposo: “Os nossos salários são curtos em comparação com outros da Europa. Investimos na Educação e os jovens vão para fora”

    É “vice” de Mário Centeno no Banco de Portugal, mãe de duas filhas universitárias e já considerada “uma das portuguesas mais poderosas nos negócios”. Diz que nunca programou nada para chegar onde chegou: a vida foi acontecendo. Fala rápido e sempre com um sorriso. Aprendeu em Londres, onde se doutorou em Finanças e deu aulas em Oxford, que não deve deixar de dar a sua opinião e que ela deve ser respeitada. Foi a primeira mulher presidente do ISEG. Numa conversa com Bernardo Ferrão, aponta para a importância do Ensino Superior (ainda significa melhores salários) e de como Portugal está a exportar conhecimento.

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    David Fonseca: “Ganhei muito dinheiro com o 1º disco. Tornei-me uma vedeta nacional, mas continuava em casa dos meus pais”

    David Fonseca: “Ganhei muito dinheiro com o 1º disco. Tornei-me uma vedeta nacional, mas continuava em casa dos meus pais”

    Criou os Silence 4 depois de desistir do curso de Design. Saiu de Lisboa e regressou a casa dos pais em Leiria e não tinha nada para fazer. David Fonseca arrastava-se de esplanada em esplanada. “Entrei na música por tédio”, mas rapidamente chegou aos tops das rádios. “Ganhei muito dinheiro, cheguei a vender 240 mil cópias, números absurdos para os dias que correm”. Os pais só se aperceberam do sucesso do filho quando o viram no programa do Herman. O rapaz dos Marrazes era “vedeta nacional”, com “fotografias nos restaurantes”. Hoje a sua terra “virou dormitório” e o país “estagnou”. “Parece que estamos sempre a dar a volta ao quarteirão dos problemas”. Ouça aqui a entrevista com Bernardo Ferrão no Geração 70

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    Isabel Abreu: “Na 4ª classe, depois da escola, fazia teatrinhos à porta do supermercado. Chamavam-me doutora pequenina”

    Isabel Abreu: “Na 4ª classe, depois da escola, fazia teatrinhos à porta do supermercado. Chamavam-me doutora pequenina”

    Alentejana, atriz, feminista e filha de médicos da pequena vila de Arronches. Isabel Abreu sempre quis representar e fazer cinema, a mãe chamava-lhe “teatreira.” Foi à porta do supermercado da aldeia que conseguiu a tão desejada Barbie que a mãe odiava - um “estereótipo de mulher.” Politicamente assume-me “uma mulher em luta” que se desiludiu com a geringonça. Fala sobre o “caos social” que “todos” estamos a viver. Ouça aqui a entrevista com Bernardo Ferrão

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    José Luís Peixoto: o menino da catequese que virou anarquista. E que foi contra o McDonald’s

    José Luís Peixoto: o menino da catequese que virou anarquista. E que foi contra o McDonald’s

    Nasceu em Galveias em 1974. Filho tardio e mimado pelas irmãs mais velhas como “se fosse um bebé”. Sempre mergulhou nas “culturas mais rebeldes” da sua geração. Aos 17 anos, “sonhava com um socialismo ideal” e assumia-se como anarquista. Como jovem escritor transformou José Saramago em personagem de romance. "O que nos aproximava era a escrita e o Alentejo. As tatuagens, os piercings e a música pesada era algo do outro mundo para ele.” José Luís Peixoto é o novo convidado do podcast “Geração 70”. Numa conversa com Bernardo Ferrão, fala sobre o interior abandonado, sobre seu o lado mais solitário e “individualista”, e sobre o gosto pela “música pesada”, que o tornam um escritor diferente. “Sou um homem que fez um caminho eclético e fora de todas as caixas.” Ouça a entrevista

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    Sérgio Sousa Pinto: “Não sou opositor do PS, limito-me a ser um deputado à moda antiga. Sou livre”

    Sérgio Sousa Pinto: “Não sou opositor do PS, limito-me a ser um deputado à moda antiga. Sou livre”

    Nasceu em 1972. Em criança viveu na casa dos avós e andou na escola dos "meninos de esquerda”. Era um miúdo que tinha um interesse quase “aberrante” pela política e em adolescente “meteu na cabeça” que era comunista. A ruptura com o PCP acabaria por acontecer no liceu, virou a página e apontou ao PS - o partido dos pais e de Mário Soares. Não faz uma análise positiva da política e dos partidos. Sérgio Sousa Pinto, o político “livre" e à “moda antiga”, voz incómoda dentro do PS - com “ângulos retos” e “arestas bicudas” - é o novo convidado do Geração 70

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    Bárbara Bulhosa: "Aos 50 descobri que o meu pai esteve na ocupação da RTP, no 25 de Abril. Foi quando ouvi pela primeira vez a voz dele"

    Bárbara Bulhosa: "Aos 50 descobri que o meu pai esteve na ocupação da RTP, no 25 de Abril. Foi quando ouvi pela primeira vez a voz dele"

    Nasceu em 1972, em Lisboa. Ainda não tinha seis anos quando o pai morreu. Era militar. A mãe, Bióloga e professora no Liceu, voltou depois a casar. Foi da mãe e do padrasto que recebeu a herança da esquerda: "chamavam-nos esquerdalhas e tínhamos orgulho nisso!". Cresceu numa casa cheia de livros e a paixão pela leitura vem desde pequena. Foi diretora da Bulhosa e em 2005 fundou a Tinta-da-China, “sem dinheiro e sem autores”. Responsabiliza o Estado pelos maus hábitos de leitura em Portugal, mas orgulha-se de ter um Presidente que "dá exemplo, que lê e que gosta de livros". Acredita que a “herança democrática” ficou e que a “democracia está bem entranhada” nos portugueses, mas lembra os “riscos" da extrema direita. Bárbara Bulhosa é a nova convidada de Bernardo Ferrão, no podcast Geração 70.

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    Pêpê Rapazote: “A democracia portuguesa é uma desilusão. É preciso fazer uma limpeza”

    Pêpê Rapazote: “A democracia portuguesa é uma desilusão. É preciso fazer uma limpeza”

    Nascido em 1970 e dono de uma voz inconfundível, é um dos atores nacionais que mais cartas tem dado fora de Portugal. Em entrevista a Bernardo Ferrão, Pedro de Matos Fernandes, mais conhecido como Pêpê Rapazote, fala sobre a paixão pela arquitetura, os desafios na arte da representação e as fortes raízes familiares. “Vivi até muito tarde em casa dos meus pais e não vivi mais porque não dava, quer dizer, se quisesse viver mais e com outra pessoa teria de lhe perguntar: não te queres juntar aos meus pais? Eu adorava os meus pais e achei que a minha vida ia acabar se se desfizesse este núcleo familiar. Estes últimos tempos foram muito violentos com a doença da minha mãe e a morte do meu pai”. Ouça aqui a entrevista no podcast Geração 70

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