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    Elas com Elas

    O podcast Elas com Elas, da BandNews FM, é um programa semanal que reúne mulheres para debater temas diversos. Um espaço aberto para o diálogo e para discutir vários assuntos sob a perspectiva de quem trabalha, pesquisa ou vivencia os temas. Você vai ouvir entrevistas, conversas, vai descobrir histórias de brasileiras que estão fazendo a diferença para um mundo com mais igualdade. É sobre as vivências coletivas, mas também sobre as individualidades que a gente fala no Elas com Elas.
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    Episodes (121)

    #120 - Solidão ou Solitude?

    #120 - Solidão ou Solitude?
    Quero te fazer uma pergunta: como você se sente quando está sozinha? Mais do que isso: você fica sozinha por escolha? Neste episódio do Elas com Elas, falamos sobre a diferença entre a solidão e a solitude. E discutimos se a solitude, essa capacidade de ficar só de maneira positiva, é viável para todo mundo. Do que depende esta experiência? É uma conquista? Se for, o que vem antes dela? Convidamos mulheres que estudam as velhices, as negritudes e a solidão em si para nos ajudarem a pensar se tem jeito de transformar a solidão em solitude. Isso se aprende? Vem ouvir.
    Elas com Elas
    ptNovember 17, 2021

    #119 - Não sou Heroína, não

    #119 - Não sou Heroína, não
    E se deixássemos as heroínas só para os filmes? Os superpoderes só para os quadrinhos? E se não déssemos conta de tudo? A romantização do “dar conta” está deixando muita gente exausta. Mas de onde vem esse entendimento de que é preciso abraçar o mundo? Será que é uma escolha? Como a estrutura social empurra as mulheres para este lugar de heroínas? E como as políticas públicas (ou a ausência delas) dificultam que elas refutem este rótulo? Muitas perguntas, né? Neste episódio do Elas com Elas tentamos responder algumas delas, conversando com mulheres que trazem para a mesa a reflexão sobre quanto custa ser uma heroína e que benefícios haveria em não ser mais.
    Elas com Elas
    ptOctober 27, 2021

    #118 - Outubro Rosa na Pandemia

    #118 - Outubro Rosa na Pandemia
    O câncer de mama é o que mais incide sobre as brasileiras. O Instituto Nacional do Câncer, o INCA, aponta que só em 2021 devem ser registrados 66 mil novos casos da doença. Quatro em cada cinco casos ocorrem em mulheres com idade a partir de 50 anos, mas o monitoramento é importante também para identificar as exceções. A pandemia trouxe um significado ainda mais urgente ao Outubro Rosa. É que a realização de mamografias, exame que permite o diagnóstico precoce da doença, caiu 45% de janeiro a julho de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior. Neste episódio do Elas com Elas, conversamos sobre os efeitos da pandemia no diagnóstico e no tratamento do câncer de mama, falamos sobre a comunicação entre equipes médicas e pacientes e conhecemos a história de uma mulher que descobriu dois tumores na mama direita em novembro do ano passado, passou pelo tratamento e, na impossibilidade de estar perto da família e dos amigos, ganhou a festa de 50 anos mais criativa de que eu já tive notícia.
    Elas com Elas
    ptOctober 20, 2021

    #117 - Lideranças Negras

    #117 - Lideranças Negras
    Nas empresas brasileiras, menos de 30% dos cargos de liderança são ocupados por pessoas negras. Os dados são do IBGE e mostram uma queda nos últimos anos. Ainda que tenha sido uma redução pequena, quando o percentual já é baixo, qualquer número faz diferença. Em 2018, a população preta ou parda ocupava 29,9% dos cargos gerenciais. Em 2019, o índice caiu para 29,5%. Agora vamos recortar um pouquinho: nas 500 maiores empresas do país, segundo o Instituto Ethos, só 4,7% dos cargos de liderança são ocupados por pessoas negras. Mulheres são apenas 0,5%. A falta de espaço é consequência de uma lista de fatores, que não vou me propor a descrever para não correr o risco de simplificar uma questão pra lá de complexa, reflexo da nossa história, da nossa construção social e dos comportamentos que a gente insiste em reproduzir. Mas convidamos mulheres para falarem sobre o que elas consideram ser estes motivos. Neste episódio do Elas com Elas, olhamos para as lideranças negras tentando, primeiro, ampliar o olhar para a definição de liderança. Além do ambiente corporativo, aquele sobre o qual tantas vezes nos centramos com mais ênfase, quais outros espaços demandam figuras que encabecem movimentos, transformações, processos? Você ouve histórias de mulheres negras que se fizeram lideranças em suas áreas de atuação e compartilham suas trajetórias e suas visões sobre o que precisa mudar para que evoluamos nos números do início, para dar só um exemplo.

    https://fundacaotidesetubal.org.br/tag/plataforma-alas/
    Elas com Elas
    ptOctober 13, 2021

    #116 - Autonomia Corporal

    #116 - Autonomia Corporal
    Quase metade das mulheres não têm autonomia sobre os próprios corpos. Isso significa que elas não têm liberdade para decidir sobre relações sexuais, uso de anticoncepcionais, procedimentos médicos, casamento e outros temas que passam pelos corpos. Esta conclusão está em um levantamento do Fundo de Populações das Nações Unidas divulgado em 2021. O relatório “Meu Corpo me Pertence” aponta para violações de todos os tipos à autonomia corporal: desde mutilações genitais até a falta de acesso a informações sobre métodos contraceptivos. Neste episódio do Elas com Elas, trazemos o debate da autonomia corporal a partir de um caso brasileiro: a demanda de planos de saúde e postos de saúde para que maridos autorizem mulheres casadas a colocarem o DIU, Dispositivo Intrauterino, um contraceptivo reversível, ou seja, que pode ser retirado.

    Disque ANS (para denúncias) - 0800 701 9656
    Elas com Elas
    ptOctober 06, 2021

    #115 - Pobreza Menstrual

    #115 - Pobreza Menstrual
    Dia 14 de setembro foi uma data importante para as pessoas que menstruam no Brasil: o Senado aprovou o projeto que prevê a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes dos ensinos Fundamental e Médio, para mulheres em situação de vulnerabilidade e para mulheres presas. A intenção é combater a pobreza ou precariedade menstrual, que é a falta de acesso a produtos de higiene, infraestrutura, informação e outros itens necessários ao período da menstruação. Iniciativas regionais – leis municipais ou estaduais – já existem, mas não há ainda uma política nacional para evitar que 30% da população brasileira, ou os 60 milhões de pessoas que menstruam, precisem usar jornal, miolo de pão, pedaços de pano ou até folhas de árvores durante o período que se repete mensalmente. Desde 2014, a Organização das Nações Unidas considera o acesso à higiene menstrual um direito que precisa ser tratado como uma questão de saúde pública e de direitos humanos. Mas é difícil pensar em políticas públicas quando o tema é tabu: quantas vezes você ouviu a palavra menstruação em público, em uma conversa aberta, sem eufemismos ou risadinhas? A pobreza menstrual é tema deste episódio do Elas com Elas.
    Elas com Elas
    ptSeptember 29, 2021

    #114 - Arte, Cultura e Saúde Mental

    #114 - Arte, Cultura e Saúde Mental
    Uma pesquisa realizada pelo Itaú Cultural e pelo Instituto Datafolha mostrou que as atividades culturais deram uma ajuda e tanto para a saúde mental durante a pandemia: filmes, peças de teatro, clubes do livro e outros eventos, ainda que virtuais, melhoraram o clima nas casas, entre as famílias, e aliviaram os sentimentos de tristeza e de solidão. 54% das pessoas que responderam a pesquisa falaram da arte como companheira, abrandando o isolamento; 45% viram no acesso à cultura um alívio do estresse. 44% mencionaram uma melhora geral da qualidade de vida. E não é de hoje que arte e cultura baseiam os pilares de cuidados com a saúde mental. Atividades artísticas compõem, inclusive, o histórico de tratamentos e abordagens possíveis na assistência a quem tem doenças mentais graves. Neste episódio do Elas com Elas, é sobre esta combinação que vamos falar. As conversas que você vai ouvir aqui estão divididos em dois eixos, que vão se intercalar: as profissionais de saúde, que vão explicar a arte e a cultura no contexto do enfrentamento de quadros como depressão, ansiedade e outras doenças; e as profissionais das artes, que vão falar da saúde mental no contexto do acesso a exposições, a filmes, a livros e a espetáculos variados.

    https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/noticias/2020/dezembro/mapa-interativo-facilita-pesquisa-de-servicos-de-saude-mental-no-sus

    Mapa Saúde Mental - https://mapasaudemental.com.br/

    CVV, Centro de Valorização da Vida – Telefone 188/ https://www.cvv.org.br/
    Elas com Elas
    ptSeptember 22, 2021

    #113 - A Democratização do Acesso à Saúde Mental

    #113 - A Democratização do Acesso à Saúde Mental
    Não é a primeira vez que o Elas com Elas abre a roda para esta conversa: a da saúde mental. Não só no episódio #83, que fala sobre a depressão, ou no #78, sobre prevenção ao suicídio. Em tantos outros temas, o cuidado e a assistência com a integralidade da saúde passam por esta mesa. É que, ainda que a pandemia tenha evidenciado a urgência em enfrentar as doenças mentais, este era um desafio anterior à disseminação do coronavírus. Talvez agora agravado, é verdade, mas já vivíamos, como país, ranqueados entre os primeiros no mundo na lista de doenças como depressão e ansiedade. Ainda engatinhamos em virar uma chave importante, a de reconhecer o acesso à saúde mental como um direito. Os que elaboram e executam políticas públicas ainda negligenciam o tema, e nós, cidadãs e cidadãos, ainda nos sentimos pouco à vontade para cobrar e até para procurar os serviços de assistência na área. Há gargalos na informação, na comunicação, no serviço, propriamente, e em tantos outros pontos que bloqueiam a democratização do acesso à saúde mental, tema deste episódio. Discutir esta democratização é bem mais do que falar em números. O acesso passa por ação, reflexão e revisão.

    Em episódios anteriores, o Elas com Elas descreveu e analisou as possibilidades de cuidado no SUS, o Sistema Único de Saúde. A rede de assistência começa na atenção básica e têm como importante porta de entrada os Centros de Atenção Psicossociais, os CAPS, que trabalham com foco no atendimento a quem tem doenças mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas. Na descrição do episódio, você encontra o link para um mapa que o Ministério da Saúde desenvolveu, listando os estabelecimentos da Rede de Assistência Psicossocial no país.

    Aqui, vamos trazer outros recortes para a discussão, refletindo sobre nossos principais desafios para a democratização do acesso e contando sobre quem atua na sociedade civil para ampliar esta abertura. Um reforço que vale sempre fazer e que você vai ouvir nesta primeira entrevista é que o trabalho de organizações e pessoas físicas não substitui, nem desobriga, o poder público de atuar.

    https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/noticias/2020/dezembro/mapa-interativo-facilita-pesquisa-de-servicos-de-saude-mental-no-sus

    Mapa Saúde Mental - https://mapasaudemental.com.br/

    CVV, Centro de Valorização da Vida – Telefone 188/ https://www.cvv.org.br/
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    ptSeptember 15, 2021

    #112 - Contrate Grávidas

    #112 - Contrate Grávidas
    A maternidade e a carreira já foram pauta aqui no Elas com Elas – separadamente e juntas. Na ocasião em que abordamos este encontro, falamos sobre a lei que garante estabilidade às mulheres que engravidam por até cinco meses após o parto. Mas a conversa mostrava que a disposição das empresas ia só até aí mesmo. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas, feito com 247 mil mulheres, apontou a demissão de metade das mulheres que engravidaram até dois anos depois de terem um filho. Neste episódio, vamos voltar ao tema pegando gancho em uma campanha que estimula as empresas a contratarem mulheres grávidas. A ideia é gerar uma transformação cultural, fazer entender que maternidade e carreira não são concorrentes e que a maternidade ativa – bem como a paternidade ativa – são contribuições sociais imensuráveis.
    Elas com Elas
    ptSeptember 08, 2021

    #111 - A Tecnologia no Combate à Violência contra Mulheres

    #111 - A Tecnologia no Combate à Violência contra Mulheres
    Neste episódio do podcast Elas com Elas, falamos sobre o uso da tecnologia para combater a violência contra as mulheres. Na pandemia, recursos que só podiam ser adotados presencialmente passaram a ter caminhos virtuais. Junto com a adequação dos serviços oferecidos pelo Estado, plataformas de organizações da sociedade civil, de todas as regiões brasileiras, criaram ferramentas para a prevenção e o combate à violência, à distância. Aquelas que já tinham projetos virtuais ampliaram e intensificaram a atuação para atender o crescente número de vítimas, consequência do maior tempo em casa com seus agressores. Aqui você vai ouvir mulheres que ajudam outras mulheres. Além de contarem sobre as inciativas das quais fazem parte, elas explicam como a tecnologia pode ser uma aliada, mesmo que o Brasil ainda precise avançar em garantias e proteções básicas, anteriores.

    Lei Maria da Penha - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

    Cartilha para registro de BO online - https://www.policiacivil.sp.gov.br/portal/imagens/GUIA_DEL_ELETRONICA_VIOLENCIA%20DOMESTICA.pdf

    O Desfinanciamento da Proteção às Mulheres - https://lab.thinkolga.com/violencia-contra-as-mulheres/
    ONG Think Olga - https://thinkolga.com/


    Telefone da Polícia Militar (para pedir ajuda no momento da agressão): 190
    Telefone do Ligue Direitos Humanos (para registrar a denúncia): 180

    Aplicativos e plataformas:
    Todos por Uma - https://todasporuma.com/ / @todasporumaapp (Instagram)
    Projeto Justiceiras – Whatsapp: (11) 99639-1212 / justiceiras.org.br / @justiceirasoficial (Instagram)
    Mete a Colher - meteacolher.org / @appmeteacolher (Instagram)
    Instituto Glória – https://www.eusouagloria.com.br/ @eusouagloria (Instagram)
    Elas com Elas
    ptSeptember 01, 2021

    #110 - Mulheres que Investem

    #110 - Mulheres que Investem
    Em 2020, a Bolsa de Valores brasileira viu o número de pessoas físicas cadastradas crescer 92%, chegando a três milhões e 200 mil investidores. As mulheres são minoria, mas uma minoria crescente: subiu de 179 mil para 924 mil o total de CPFs femininos inscritos entre 2018 e março de 2021, hoje elas são 26% do total. O acesso à educação financeira, o alcance de mais postos de liderança, a conquista de remuneração melhor, a autonomia são alguns dos fatores que ajudam a explicar este aumento. A presença de mais mulheres trabalhando no mercado financeiro – ainda que devagar - e os bons resultados que elas trazem, também. Um estudo do banco Goldman Sachs mostrou que os fundos de ações geridos por mulheres tiveram desempenho melhor durante 2020 do que aqueles geridos por homens. No entanto, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais diz que só 6% das pessoas que tiraram a Certificação de Gestores de Carteiras, direcionada para quem quer trabalhar com carteira de investimentos e gestão de fundos, são mulheres.
    A vida daquelas que querem ingressar nesse universo não é fácil, não. Levantamento da Women In Banking and Finance, uma organização sem fins lucrativos, e da London School of Economics constatou que os gestores tendem a fingir empatia ao gerenciar mulheres. E que elas precisavam mostrar excelência contínua para progredir, enquanto os homens têm mais espaço para cometerem erros. O relatório foi construído a partir de 79 entrevistas: mulheres que trabalham em bancos, consultorias, fintechs, gestoras de ativos e seguradoras de Londres. Neste episódio do podcast Elas com Elas, falamos sobre mulheres que investem e atuam no mercado de investimentos.

    #109 - Quem tem medo de conflito?

    #109 - Quem tem medo de conflito?
    Um choque ou um enfrentamento que vem da diferença, da falta de entendimento, da ausência de consenso. O conflito nos acompanha desde que nascemos. Ele vai mudando de forma, de intensidade, de dimensão, mas está sempre ali, como um sussurro constante que nos lembra que tudo precisa ser negociado: nosso espaço, nossos limites, nossos objetivos. Essa tensão, ora entre o outro e eu, ora entre os outros e eu, ora entre nós e os outros, ora entre mim e mim mesma dá uma exaustão danada. Mas pode ser construtiva, se conseguirmos desenvolver e aprimorar ferramentas para isso. Quem tem medo de conflito? Talvez mais fácil seria perguntar: alguém não tem? A palavra assusta, remete a ruptura, destruição. Mas precisa ser assim? Neste episódio do Elas com Elas, duas mulheres nos ajudam a pensar de que maneira e em que contextos o conflito pode ser positivo, pode trazer transformações, melhorias.
    Elas com Elas
    ptAugust 18, 2021

    #108 - 15 anos de Lei Maria da Penha

    #108 - 15 anos de Lei Maria da Penha
    A cada minuto do último ano, 25 mulheres foram ofendidas, agredidas física e/ou sexualmente, ou ameaçadas no Brasil. Estes são números da pesquisa realizada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), que mostrou que 15% das brasileiras com 16 anos ou mais relataram ter experimentado algum tipo de violência psicológica, física ou sexual por parentes, ou companheiros e ex-companheiros durante a pandemia. São 13,4 milhões de brasileiras que encontraram em casa um risco à vida e à dignidade. Os índices são maiores entre mulheres de 35 a 44 anos (8%), pretas e pardas (7%) e com ensino fundamental (11%) – o que coincide com o perfil das vítimas de feminicídio no país, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

    Apesar dos números alarmantes, a projeção de quem estuda o tema é de que estaríamos em um cenário ainda mais grave caso não existisse a Lei Maria da Penha, que foi um marco na conquista dos direitos das mulheres no Brasil. A lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, foi construída com amplo debate público, com a participação de grupos diversos da sociedade civil. Neste episódio do Elas com Elas, fazemos um balanço dos 15 anos de Lei Maria da Penha, debatendo os avanços conquistados nesta década e meia e os desafios que ainda temos pela frente para que a lei, considerada pela ONU uma das três melhores do mundo no combate à violência contra a mulher, ainda saia integralmente do papel.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

    https://www.policiacivil.sp.gov.br/portal/imagens/GUIA_DEL_ELETRONICA_VIOLENCIA%20DOMESTICA.pdf
    Elas com Elas
    ptAugust 11, 2021

    #107 - Trabalhadoras do Transporte Público

    #107 - Trabalhadoras do Transporte Público
    Este episódio do Elas com Elas conta a história de trabalhadoras do transporte público brasileiro em várias regiões do Brasil. A reportagem é um convite para você mudar os óculos. Porque muito provavelmente você que nos ouve faz ou já fez algum deslocamento usando veículos públicos, coletivos. Mas quantas vezes nestes espaços você foi guiada, conduzida, orientada por mulheres? Especialmente em algumas funções, como aquelas que propõem assumir o volante – ou a condução – do veículo, o ambiente ainda é muito masculino. Você já pensou sobre estas trabalhadoras? Profissionais que não costumam ser lembradas – a menos quando os ônibus, os trens, o metrô... têm problemas. Apesar da invisibilidade, no entanto, estas mulheres estiveram desde o início da pandemia na linha de frente, conduzindo um serviço essencial, que não parou. Neste episódio, falamos sobre representatividade, sobre assédio, sobre ocupação de espaços com as trabalhadoras que nos levam pra cima e pra baixo nos veículos coletivos. Vem!

    #106 - As Mulheres e os Negócios de Impacto

    #106 - As Mulheres e os Negócios de Impacto
    Desde 2017, a Pipe.Social, organização que desenvolve estudos sobre o setor de impacto socioambiental no Brasil, publica a cada dois anos um mapa deste ecossistema por aqui. A edição de 2021, a terceira, mostra uma diferença quantitativa não muito significativa entre os negócios fundados por mulheres e por homens. 27% dos empreendimentos sociais foram criados apenas por homens e 23% têm apenas mulheres entre suas fundadoras. Mas a análise qualitativa da jornada dos empreendedores deixa clara que homens e mulheres chegam a pontos diferentes do processo e também encontram obstáculos diferentes pelo caminho. Apesar de haver maior equidade de gênero (as mulheres estão presentes em 67% dos negócios mapeados), elas recebem menos investimentos e têm mais dificuldade em ver o negócio amadurecer. Das empresas fundadas apenas por mulheres ou as que têm maioria de mulheres no quadro societário, apenas 25% conseguiram investimentos. Neste episódio do Elas com Elas, falamos sobre o cenário dos negócios de impacto para as mulheres brasileiras.

    https://mapa2021.pipelabo.com/

    #105 - Trabalho Escravo Contemporâneo

    #105 - Trabalho Escravo Contemporâneo
    O Elas com Elas te convida hoje para um olhar cuidadoso para o tema do trabalho escravo contemporâneo. No Brasil, entre 1995 e 2020, mais de 55 mil pessoas foram libertadas de condições de trabalho análogas à escravidão, segundo o Radar da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, vinculada à Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. A maioria migrantes internos ou externos. Os dez municípios com maior número de casos de trabalho escravo do Brasil estão na Amazônia, oito deles no Pará. Em 2013, houve uma virada. Pela primeira vez, a maioria dos casos de trabalho análogo à escravidão ocorreu em ambiente urbano, principalmente em setores como a construção civil e o de confecções. O episódio reúne mulheres para refletir sobre onde precisamos avançar e o que podemos fazer para romper este ciclo.

    Se você desconfiar de uma situação de trabalho escravo, pode denunciar por telefone no Disque 100. Na página do Sistema Ipê, da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho do governo federal, também é possível denunciar de maneira anônima (https://ipe.sit.trabalho.gov.br/).
    Elas com Elas
    ptJune 02, 2021

    #104 - Violência contra Crianças

    #104 - Violência contra Crianças
    "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."

    O artigo 227 da Constituição brasileira é bem claro ao atribuir a responsabilidade pela bem-estar das crianças a todos nós. Mas os números da violência mostram que não temos sido assertivos e eficientes em assumir este compromisso. Depois da morte de Henry Borel, no Rio de Janeiro, vítima da violência dentro de casa, o tema ganhou espaço e as reflexões viraram pauta. No caso de Henry, o padrasto, Jairinho, até aquele momento vereador carioca, e a mãe dele, Monique, são suspeitos pelo crime. Na última década, de acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, as agressões por meios não especificados foram causa de 451 mortes de crianças até 4 anos de idade, como Henry. 254 morreram por agressões com objetos contundentes. 164 foram mortas com objetos cortantes ou penetrantes e 190 foram vítimas de síndromes de maus-tratos. Um ponto em comum? A cronicidade da violência. As mortes de crianças vítimas de agressões, de maus-tratos e de negligência não costumam vir em episódio pontuais, pelo contrário. Vêm depois de um longo período de abusos. Em mais de 80% dos casos os agressores são os pais e as mães, que deveriam ser os guardiões primeiros destes sujeitos tão vulneráveis. Se considerarmos crianças e adolescentes de até 19 anos, a estatística é devastadora: entre 2010 e 2020, foram 103.149 mortes por agressões de tipos variados.
    Ouvindo as especialistas deste episódio, o convite que fica é o encararmos a violência como algo estrutural, só assim poderemos enfrentá-la de maneira efetiva. Também fica evidente a necessidade de virar uma chave, para que deixemos de pensar a violência como uma questão de segurança pública e passemos a enfrenta-la com a complexidade que ela merece, como uma questão de saúde pública, de assistência social e de tantas outras competências. Em especial no caso de crianças e adolescentes, que estão se formando física e mentalmente, as agressões de toda natureza têm o efeito de uma doença crônica.

    Importante: se você suspeita que uma criança está sendo vítima de maus-tratos, você pode denunciar o caso aos conselhos tutelares, às polícias Civil e Militar, ao Ministério Público, aos Centros de Referência Especializados em Assistência Social (CREA) e também pelo canal Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Nos municípios menores, um desafio: a rede de assistência é pequena, às vezes inexistente, mas as delegacias também têm o compromisso de acolher e encaminhar as denúncias.
    Elas com Elas
    ptMay 26, 2021

    #103 - Eu não sou o meu trabalho (ou sou?)

    #103 - Eu não sou o meu trabalho (ou sou?)
    Quando você se apresenta, o que você diz às pessoas? Se você fosse uma convidada do Elas com Elas e eu te fizesse a pergunta que faço a todo mundo que passa pela mesa – quem é você?, o que você diria? Quanto da sua apresentação costuma ser dedicada à sua ocupação profissional? Você conta o que faz profissionalmente em todos os ambientes? Sempre foi assim ou isso foi mudando? Você repara a mesma coisa nas outras pessoas? Muitas perguntas, né... é que no episódio de hoje vamos tentar responder se somos ou não somos o nosso trabalho. Dado que estamos em um mundo capitalista, que o trabalho tem centralidade em nossa vida, será que dá para desassociar a nossa identidade do que está no nosso crachá? Bem, e quando fazemos um trabalho que não é reconhecido como trabalho, inclusive nem crachá tem, o que nos define? Acrescento ainda mais uma camada: em um país com 14 milhões de desempregados e desempregadas, em que a informalidade é crescente e poder escolher o trabalho, a profissão, é um baita privilégio, o que significa ser definido pelo que fazemos? Bem, eu não tenho as respostas, não. Mas tenho outras tantas perguntas. E convidei mulheres que, essas, sim, trazem respostas.
    Elas com Elas
    ptMay 19, 2021

    #102 - A pandemia e as desigualdades na universidade

    #102 - A pandemia e as desigualdades na universidade
    A ampliação do acesso ao ensino superior, a que o Brasil vinha assistindo nas últimas décadas, retrocedeu na pandemia. As desigualdades também se agravaram na universidade. O ensino remoto e a crise econômica, que obrigou mais gente a cortar despesas, deixou pelo caminho jovens que já tinham ingressado na faculdade. E bloqueou as perspectivas de outros, que não conseguiram concluir o ensino médio ou, ainda que tenham concluído, adiaram o desejo de completar o ensino superior pela necessidade urgente de sobrevivência. O episódio desta semana do podcast Elas com Elas fala sobre a pandemia e as desigualdades na universidade. Convidamos mulheres envolvidas de várias maneiras na educação superior para trazerem suas perspectivas. Você vai ouvir professoras, estudantes, pesquisadoras, gestoras, representantes de categorias - de universidades públicas e de universidades privadas.

    #101 - Fome e Insegurança Alimentar no Brasil

    #101 - Fome e Insegurança Alimentar no Brasil
    O Brasil voltou para o mapa da fome. A Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional apontou mais de 116 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar ou passando fome no Brasil em 2020. Deste total, cerca de 43 milhões não tinham alimentos em quantidade suficiente e 19 milhões de pessoas estavam passando fome - é maior taxa desde 2004 e quase o dobro do registrado em 2018, quando o IBGE identificou 10 milhões de brasileiros nessa situação. Uma pesquisa coordenada pelo Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça: Poder, Política e Desigualdades Alimentares na Bioeconomia, da Freie Universität Berlin, da Alemanha, em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de Brasília (UnB) entrevistou famílias brasileiras e encontrou 59% dos domicílios em situação de insegurança alimentar. Há as pessoas que estão passando fome e aquelas que estão reduzindo qualidade e quantidade nas refeições. Na pesquisa, por exemplo, parte dos entrevistados contou ter diminuído o consumo de alimentos importantes para a dieta regular: 44% reduziram o consumo de carnes e 41%, o consumo de frutas. A extrema pobreza brasileira tem cara: são mulheres de periferia, chefes de família, negras e com baixo nível de escolaridade. Apesar de estarem em todo o país, nas regiões Norte e Nordeste há mais gente passando fome. O problema é histórico, mas o Brasil já soube como evitar o cruzamento da linha da segurança alimentar. Durante a pandemia, andamos para trás. Neste episódio do Elas com Elas, é disso que falamos, de quem está com dificuldade de colocar comida na mesa.
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